Inovação: a luz no fim do túnel para os empreendedores

Os empreendedores conservadores acreditam que investir em um negócio que já foi testado no mercado e possui bom desempenho, é o suficiente para alavancar seu negócio. Na prática, o empreendedorismo bem-sucedido vem atrelado a uma palavra muito dita atualmente: inovação. Mas não basta lançar novos produtos no mercado, mas sim propor uma inovação no próprio modelo de negócio.

Inovação

Nos tempos de economia em crise, inovação é uma palavra de ordem, fundamental para não sucumbir às dificuldades. É preciso criar novas oportunidades, modificar posicionamentos, incluir novas frentes e ver as perspectivas de forma mais aberta e além daquilo que já existe e é seguro.

Mesmo com o máximo de segurança possível, inovação também é investir no risco, apostar no diferente e para isso, é preciso se precaver ao máximo para encontrar a luz no fim do túnel e não se perder nele de vez.

A importância da inovação para o mundo

A partir de março de 2020, o país ficou em isolamento social e grande parte das cidades fechou as portas para serviços não essenciais, pelo menos por três meses. Um ano depois, muitas coisas ainda estão proibidas de funcionar, enquanto as permitidas precisam seguir regras para diminuir ao máximo o risco de contágio do Covid-19.

A pandemia pegou o mundo de surpresa. Um vírus, aparentemente inofensivo, já ceifou milhares de vidas pelo mundo e não para de causar mortes e estragos na economia. Mesmo com a vacina já atingindo boa parte da população, ainda falta muito para o mundo voltar a plena atividade.

Com isso, muitas empresas precisaram fechar as portas e o índice de desemprego nunca foi tão alto. Enquanto muitas empresas resistem às dificuldades, outras só conseguem se manter de pé e até lucrar com a pandemia, por terem seguido uma palavra mágica nesse momento: inovação.

Porque sim, é possível lucrar com a pandemia, sem com isso prejudicar as pessoas que estão confinadas ou restritas. Muitos caminhos novos surgiram com o impacto da crise, exatamente por novas necessidades terem aparecido no momento. Uma delas, por exemplo, são os restaurantes que expandiram suas entregas para manter seus clientes e até crescer.

Profissionais liberais e desempregados, resolveram buscar pela criatividade e oferecer produtos e serviços muito bem-vindos no momento. Seja no ramo da alimentação, como a fabricação de bolos de potes, brigadeiros, salgados e chocolates, ou no serviço de compra e entrega, beleza e estética e muitos outros.

O importante é conseguir encontrar um caminho para sair da escuridão das incertezas e chegar à luz. Só no mês de junho de 2020, o saldo de falências registradas no Brasil registrou 71% de crescimento sobre o ano anterior e o maior até hoje por período.

Esse foi o resultado logo dos primeiros períodos do isolamento, onde muitas empresas pararam de lucrar com as portas fechadas e não viram outra saída a não ser fechar e muitas se afogarem em dívidas.

Os números continuaram altos nos outros meses e as perspectivas para 2021 não são positivas. Com a falta de vacina para toda a população de forma mais efetiva, a vida comercial não pode ainda voltar à plena atividade. E isso impacta diretamente nos ganhos e no equilíbrio entre pagar as dívidas e as contas mensais.

Os especialistas afirmam que as crises oferecem medo, aprendizado e crescimento. Mas na prática, é muito difícil lidar com as perdas de uma falência ou desemprego, sobretudo quando a consequência é abalar a própria sobrevivência de sua família. Uma situação como a pandemia, mostra que há variantes que tiram do controle dos empresários sobre as consequências da situação ocorrida.

A única possibilidade de fugir dessas estimativas negativas é buscar a inovação. A adaptação de produtos ou serviços a novos tempos, sempre fizeram com que empresas e pessoas se superassem em tempos difíceis. Embora inovar seja algo necessário em qualquer época, é exatamente em crises que ela surge com mais força e eficácia.

A luz para as empresas

Para especialistas no ramo criativo, o empreendedor tem três funções essenciais na sua empresa: a primeira é a de detectar o problema, a segunda é entendê-lo e a terceira é encontrar a solução. E eles garantem que todo mundo, seja de qual ramo for, pode (e deve!) inovar seu negócio.

O pensamento rápido diante de uma crise pode ser determinante entre a falência e o sucesso. Enquanto empreendedores aproveitaram a necessidade do uso de álcool gel em todos os lugares e passaram a criar totens com o produto, dispostos na entrada de lojas e empresas, desempregados viram a dificuldade de idosos irem ao mercado o passaram a oferecer o serviço de compra e entrega.

No dia a dia, é fundamental olhar além da concorrência. Mesmo que os produtos e serviços sejam similares, especialmente pela globalização do mercado, o que garante o sucesso é a inovação que ele propõe. Mais até do que o preço do produto ou serviço.

A inovação parte do princípio da identificação do meio. É preciso observar o mercado e entender a oportunidade que se anuncia, algo que está faltando ou que faria toda a diferença para apresentar mais lucros, menos gastos e mais facilidade.

O processo de inovação pode ser bastante estimulante e atrai, não só lucro, mas também fidelização da clientela. É uma tendência cada vez maior, a de que o público busque cada vez mais empresas e produtos inovadores, que agreguem valores além do básico esperado. E nem precisa ser baseada em tecnologia! Ideias criativas e práticas eficazes e ágeis podem ser consideradas inovadoras e fazerem a diferença.

Muita gente não consegue encontrar o caminho para inovação, mesmo quando ele, aparentemente, está diante dos olhos. Afinal, é preciso sair da zona de conforto, se entregar a possibilidade de risco que o diferente carrega em si. Quanto mais conhecer o seu negócio e todo o mercado ao redor, maiores serão as chances de acerto. E mesmo assim, nada é totalmente certo de vitória.

Ela pode até mesmo surgir internamente, agilizando o gerenciamento, mudando a forma de administrar os funcionários e até de como eles trabalham. Pode-se ganhar tempo, agilidade e maior satisfação entre os pares, inclusive num período em que o home office ganhou força.

A sede de inovação é tanta, que as startups são a cara do momento, verdadeiras incubadoras de ideias, capaz de trazer propostas grandiosas em pequenas estruturas. Tanto que grandes corporações estão buscando essas mesmas startups para não perder mais espaço no mercado e, consequentemente, se inovar.

Considerações finais

Para quem acredita que para inovar seu negócio é preciso investimento financeiro, um bom exercício é pesquisar como as empresas encontraram novos caminhos para mudar os rumos negativos que estavam atingindo. Boa parte dessa inovação veio de propostas de apresentar algo novo, diante do que já existe. Ou seja, oferecer o mesmo produto de outra forma, para outra finalidade ou com um novo direcionamento.

Mas mesmo com a pressão das crises econômicas, sempre é preciso que ela faça parte de uma estratégia. Uma ideia solta, por melhor que seja, não vale nada. É preciso planejar, avaliar todos os processos para que ela seja realizada e as possíveis reações do seu cliente consumidor. E principalmente, qual o valor agregado a ela para que isso ocorra.

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