Os jogos, sejam eles eletrônicos ou de mesa, exercem fascínio para crianças e adultos. Um dos motivos é a possibilidade de exercitar a criatividade, a perspicácia e a análise lógica para finalizar e ganhar a tarefa. Além disso, ajuda a manter uma competição saudável entre os amigos, onde há o desejo de se tornar melhor e mais atento a cada nova rodada.
As empresas já perceberam as vantagens dos games e estão colocando em prática um novo conceito de gestão, chamado de gamificação. Ela ajuda a despertar o desejo de participar e engajar, sempre voluntariamente, em tarefas que divertem, mas também contribuem para o bom funcionamento das tarefas diárias.
Tão bom que parece diversão e não trabalho e eis o pulo do gato!
A ludificação é um conceito que utiliza as técnicas de jogos para estimular o pensamento dos jogadores para as tarefas do seu dia a dia no trabalho. Há os mais variados tipos de contextos, a maior parte não relacionada a jogos, mas que visam a tornar a tecnologia mais atraente para os profissionais e estimular qualidades que nem sempre são observadas.
Através dessa técnica, é possível observar um comportamento de maior autonomia e domínio, sem se distrair com superficialidades. Até mesmo tarefas consideradas mais chatas entre os funcionários, se tornam mais agradáveis quando inseridas num contexto de game.
Porém, engana-se quem associa o processo de gamificação a uma diversão extra para os funcionários. É claro que ela ajuda a tornar o ambiente e as tarefas mais agradáveis e leves, mas seu intuito é estimular e motivar a equipe a ter mais gás e a extrair o seu melhor em prol da empresa.
O conceito de gamificação foi iniciado na década de 1970, junto com o desenvolvimento dos primeiros softwares. Há estudiosos que identificam Nick Pelling como o criador do termo. Sua proposta era criar métodos que tornassem mais interessante as tarefas, trazendo games para tornar essa experiência real.
A partir de 2010 o conceito da gamificação foi ganhando formas e se tornou mais popular, através de livros e palestras sobre o tema. Foi neste período que startups do Vale do Silício, nos EUA, começaram a utilizar a técnica para ilustrar apresentações de projetos para possíveis investidores.
A gamificação também teve um papel importante em estatais da antiga União Soviética, fazendo com que equipes de trabalhadores competissem e recebessem medalhas, bonificações, pacotes de viagens e outros prêmios. Isso causava um excelente impacto na produtividade e no envolvimento dos trabalhadores com a empresa, além de aprimorar suas técnicas.
O processo não é usado apenas no desenvolvimento de qualidades entre os profissionais, mas também uma estratégia de marketing e fidelização de clientes, uso em apresentações, treinamentos e até em processos seletivos para novos funcionários. Inclusive, o processo de maior expansão do conceito e exatamente na gestão de mudanças.
Os jogos tradicionais e games eletrônicos possuem, em grande parte, um aspecto social forte e que vale a pena ser explorado. Por exemplo, quando há uma mudança na estrutura do grupo, inserção de novos aplicativos e outras questões internas que provocam rejeição nos funcionários, com a gamificação os processos mais difíceis se tornam lúdicos e acessíveis.
Como colocar em prática a gamificação na sua empresa
O espírito competitivo dos games é perfeito para o perfil do brasileiro típico. Afinal, no Brasil a média é de 82% de jovens com idade entre 13 a 59 anos, que jogam games regularmente. Não precisa ser um console típico, mas há os mais variados tipos de jogos para PC e Smartphones disponíveis para acesso imediato.
Independente da sua complexidade, os jogos fazem parte do cotidiano da maior parte das pessoas. Enquanto muitos focam em jogos de alta complexidade e competitividade, outros os utilizam para uma pausa para diminuir o estresse. Segundo a escritora Cassie Gotto, os games conseguem ser tão populares porque ajudam a ressaltar a capacidade de realização de seus usuários. Para pessoas com dislexia e muito tensas, os games ajudam a ter mais controle sobre suas próprias vidas e carreira.
Jogos como o RPG, os participantes são estimulados a tomarem decisões que vão modificar o desenvolvimento do jogo e também a condução dos colegas. Para os gestores é um estímulo e tanto, já que é preciso aprender a lidar com ambientes caóticos, problemas de última hora, humores diversos, apatias e competitividades.
Já games que precisam de estratégias para ultrapassar obstáculos são ótimos para aumentar a flexibilidade cognitiva do profissional. Assim, ele assume compromissos com mais envolvimento, consegue ter decisões mais rápidas e utiliza diversas partes do cérebro para suas ações.
Independente do tipo de game proposto, é fato que ele vai proporcionar uma vasta possibilidade aos funcionários, em lidar com um leque de possibilidades, de forma mais rápida e segura em suas decisões. Essa flexibilidade cognitiva é um detalhe muito importante, já que o funcionário é atingido por inúmeras informações diferentes, internas e externas, que precisam ser peneiradas adequadamente.
A gamificação proporciona um maior engajamento do time, principalmente quando inclui recompensas para cada projeto ou tarefa realizada no prazo indicado. A motivação para chegar ao objetivo faz com que todos possam se unir num mesmo propósito de forma mais entregue e rica em qualidade.
O processo também ajuda a diminuir a rotatividade de funcionários e colaboradores, o que permite manter uma saúde financeira mais pujante da empresa. Afinal, a gamificação também proporciona a satisfação com o trabalho, os colegas, o meio ambiente e tudo em torno.
Para implementar essa inovação na sua empresa, é preciso começar com a elaboração de um diagnóstico sobre os processos e sua equipe, identificando gargalos e objetivos que podem ser abordados na gamificação. Portanto, para identificar o melhor tipo de jogos, é fundamental conhecer as qualidades e dificuldades da equipe diante das suas tarefas.
Diante desse diagnóstico vem os objetivos a serem conquistados com a implantação da gamificação. Quais os resultados esperados, as mudanças desejadas e os problemas que podem ser abolidos com esse processo. Se a gamificação é melhor implantada em treinamentos ou nos processos seletivos? Pode até mesmo ser usada para dinamizar o tempo, ajustando melhor os prazos.
Considerações finais
Com isso, já é possível partir para a escolha de um tipo de game, seja algum já existente ou a criação de um novo. É importante saber as regras, os objetivos, os resultados e que tudo seja passado com a máxima clareza para aqueles que irão participar dele. As missões e desafios precisam estar bem explícitos, assim como as recompensas diante das metas atingidas.
Para estimular ainda mais o processo, os participantes podem adquirir avatares, para serem utilizados no cenário proposto e criarem características peculiares dos personagens propostos. Como exemplo de jogos, além do RPG há os que apresentam adivinhações são bem vindos para os colaboradores, assim como os que possuem detetives e quis.
Para identificar a melhoria do processo, depois de sua implementação é importante mensurar os resultados, sem deixar de lado os feedbacks dos participantes. Por tudo isso, os games podem ser muito benéficos para os jogadores, tanto no item educacional quanto na sua criatividade, que vão ajudar a aprimorar as tarefas do dia a dia e tornar até mesmo uma marca mais competitiva no mercado, pelo engajamento proposto pelos games em ação.
Quer saber mais sobre o assunto? Entre agora mesmo na página do acesse o site da AnjoCred e acesse também assuntos sobre gestão de finanças e aprimoramento profissional.