Comprar a casa própria é um desejo da maioria dos brasileiros. Para quem já possui moradia própria, sempre é preciso fazer alguns retoques, manutenção ou mudanças importantes para proporcionar mais conforto para os moradores. O problema é o alto custo de uma obra, mesmo se ela for de pequena dimensão.
Trocar o piso do banheiro, ampliar um cômodo, pintar as paredes, mudar a fiação e encanamentos, assim como outras obras possuem custos que possa não se ajustar ao orçamento. Mas a boa notícia é que as instituições financeiras oferecem várias opções de empréstimos para reforma da casa e até mesmo os bancos públicos disponibilizam créditos especiais.
É preciso pensar bem antes de reformar
Antes de buscar informações sobre os tipos de empréstimos oferecidos pelas instituições financeiras, é preciso avaliar se ele é mesmo a melhor opção. Afinal, o compromisso de um empréstimo repercute nas contas mensais por um bom tempo e pode prejudicar valores destinados a outros projetos como viagens e economizar para aposentadoria.
Tudo depende do planejamento financeiro e do tamanho da obra a ser realizada. Nem toda a obra precisa de um empréstimo, basta ajustar as contas mensais para investir em pequenos ajustes. É o caso de pintura, por exemplo, que além do material, precisa de mão de obra, mas possui um valor acessível para ser pago a vista.
Contudo, há reformas muito mais custosas e elaboradas, cujo orçamento pode se aproximar a aquisição de imóvel e as prestações podem durar décadas até serem cumpridas, sendo mais vantajoso vender o imóvel e adquirir outro maior e mais completo. Vender o imóvel atual e ir para outro é uma situação mais radical e só vale a pena se as necessidades familiares do momento foram bem maiores do que a capacidade do imóvel. Uma venda possui investimentos, mesmo que seja dada como entrada o imóvel atual, assim como pode ser necessário pequenas reformas.
Há proprietários que buscam realizar obras para valorizar ainda mais o imóvel antes de colocá-lo a venda. Essa opção é interessante quando são feitas alterações estéticas, como troca de pisos, azulejos, louças e cor de paredes. Caso seja a área hidráulica ou elétrica, veja se o problema é muito grave. Se não for, deixe que o futuro proprietário arque com o custo.
Obras estruturais que vão modificar muito a planta do imóvel pode fazer o possível comprador desistir da compra. A maioria das pessoas que querem adquirir um imóvel deseja que ele fique mais próximo do seu gosto e da sua necessidade. Arcar com uma obra de grande dimensão pode ser em vão, se após comprar o imóvel o dono deseje mudar o que foi feito.
Nesses casos em que a reforma será feita para vender o imóvel, não vale a pena realizar um empréstimo. O custo pode ficar muito elevado, superior à margem de lucro da venda. E se o imóvel demorar a serem vendidas, as parcelas pagas podem comprometer o orçamento.
Quem ainda está pagando um financiamento de imóvel, pode refinanciá-lo e com a quantia obtida usar para reformar. É comum usar essa possibilidade se há parcelas em atraso, dando o imóvel como garantia de empréstimo. Essa modalidade não fere as economias e investimentos, mas só deve ser escolhida se o orçamento estiver enxuto. Essa é uma ótima opção quando o assunto são os juros e prazos, que chegam até 16,7% em até 20 anos. Empréstimos pessoais podem chegar a até 80% do valor. O valor do refinanciamento chega até 60% do valor total do imóvel e, no caso de reforma, deve incluir os materiais, a mão de obra e o acabamento.
Se a opção for mesmo de realizar um empréstimo, é preciso buscar as melhores taxas de juros e economizar ao máximo para evitar um valor muito alto. As instituições financeiras possuem uma linha de crédito especial, só para a reforma de imóveis.
Para empréstimos governamentais, há a opção do Fimac do FGTS e o Construcard, ambos da Caixa Econômica Federal. O Fimac FGTS é específico para quem tem carteira assinada no esquema CLT com depósitos mínimos de três anos do FGTS e com pelo menos 5% do valor total a ser requisitado. Há um teto máximo para empréstimo de reforma nos âmbitos rural ou urbano, mas o valor total do imóvel não pode passar de R$ 500 mil.
A Construcard é um empréstimo para compra de materiais de construção. Após a sua liberação, é criado um cartão de débito que só pode ser usado em lojas credenciadas, onde serão comprados não só as necessidades da obra, mas outros itens como piscinas, elevadores, aquecedor entre outros. As parcelas apresentam duas fases, sendo a primeira, de utilização, onde seu valor é apenas de juros e duram até seis meses. Em seguida, as parcelas são do valor acordado.
Como economizar dinheiro com a reforma e diminuir os juros do empréstimo
Toda reforma, por menor que seja, sempre dá uma dor de cabeça e no bolso. O barulho, a bagunça e a sujeira são apenas um dos empecilhos de obra em casa. Quando uma obra começa, ela geralmente vai puxando outros gastos que podem duplicar o valor total programado.
Essas ciladas devem ser vistas antes que possam surgir, através de um planejamento. É preciso saber bem o que é preciso ser feito e nada melhor do que contratar um profissional para identificar material a ser gasto, mão de obra e tempo. O investimento em um profissional vai ser muito útil para evitar gastos superficiais e perda de material. Além disso, o planejamento precisa ter uma planilha de custos, com valores pesquisados dos custos e incluir os imprevistos. É importante também negociar custos, que pode ajudar muito no valor final.
Quando escolher a mão de obra, procure profissionais de qualidade e não os mais baratos. É claro que economizar é importante, mas ter alguém com pouca experiência e que não conseguem cumprir prazos, pode prejudicar muito o valor da obra.
Ao fazer a reforma, procure métodos que valorizem a natureza através da sustentabilidade. Aproveitar a luz solar, a corrente de ar, economia de energia e materiais mais fáceis de limpar vão ajudar muito a cortar custos cotidianos e deixar o orçamento mais equilibrado junto com o valor do empréstimo. Materiais reciclados também são bem-vindos, com portas se transformando em mesas ou portões e outras ideias.
Todo imóvel requer manutenção e muitas vezes os reparos são bem maiores do que o esperado. Mas todas as obras, por menores que sejam, acabam sendo mais custosas do que o previsto e não caber no orçamento. Será que vale a pena contrair um empréstimo para reforma? Vá até o site da AnjoCred e conheça os prós e contras, para evitar surpresas e prejuízos.