Quando o assunto é economizar dinheiro, a maior parte dos brasileiros se desespera e começa a listar as dificuldades em conseguir se organizar financeiramente. A principal desculpa é o salário baixo e os altos gastos, quase sempre desequilibrando a balança de entradas e saídas e deixando a impressão de que “o vento levou o dinheiro”. E como uma verdadeira ventania de contas e dívidas, com muito esforço, o brasileiro médio consegue apenas zerar suas contas, sem deixar nada para investimentos.
O principal motivo para esse desequilíbrio com o dinheiro é a falta de educação financeira. Longe das salas de aula e das conversas familiares, a visão sobre o dinheiro ainda é um tabu social, atrelado a status e dívidas. Desde cedo, a criança vê o pai imerso a dívidas e reclamando da falta de dinheiro, sem aprender a ter uma boa relação com ele e como é possível economizar sempre para usufruir depois. A boa notícia é que nunca é tarde demais para aprender a economizar!
Saia dos vícios e aprenda com as nossas dicas
Para entender como os vícios financeiros nos levam a ciladas, observe o gasto diário, mensal e anual de um simples cafezinho na esquina. Se ele custa R$ 4, em cinco dias da semana são R$ 20, em um mês R$ 80 e em um ano R$ 960. Mas se o gasto com o cafezinho incluir sábado e domingo, o valor anual sobre para R$ 1.500.
O exemplo do cafezinho ilustra inúmeros vídeos que prometem enriquecimento rápido e garantem que é a partir de pequenas economias como essa que se formam os milionários. Esse exemplo de fato pode ser bastante ilustrativo para entender como são feitos os gastos diários e como eles impactam em nosso dia a dia. Mas o que seria da vida sem os pequenos prazeres como um cafezinho? Enriquecer cheio de limitações e sem prazeres não parece ser algo estimulante e pode trazer frustrações que podem tirar do bom caminho do investimento.
Começar a investir é a maior dificuldade e não o investimento em si. Quando se inicia uma rotina e quando ela já demonstra seus pequenos frutos, em geral, se é estimulado a manter o mesmo ritmo ou a aumentar o valor visando algo maior a frente. Os economistas sempre orientam que é muito mais vantajoso ter um desconto em pagamentos à vista do que pagar juros de parcelamentos, ou seja, é melhor segurar o impulso da compra, economizar e ter mais vantagens sobre a compra.
É fundamental que as pessoas entendam que um aparente pequeno esforço pode surtir em grandes conquistas no futuro. O pensamento de que “O amanhã pode não existir e temos que aproveitar o dia de hoje” é bastante interessante para que não se viva na inércia, mas na prática, o amanhã chega e com ele também problemas e dificuldades financeiras que não acontecem com quem pensa no futuro.
Muita gente se surpreende ao ver uma pessoa com um poder aquisitivo considerado baixo, mas que consegue adquirir bens como um automóvel, dar uma boa entrada na casa própria e até viajar nas férias. Enquanto alguém com um salário acima da média, está imerso em dívidas e que mal consegue fazer um passeio com os filhos no fim de semana. Não é milagre e sim, organização.
Para chegar a esse ponto de equilíbrio e realização, é preciso alguns sacrifícios, mas muito menos do que se imagina. Ter uma visão real sobre a própria situação financeira, seus desejos para o futuro e necessidades do presente são o primeiro passo para iniciar uma estratégia para melhorar sua saúde financeira e aprender a economizar. Para ajudar a pensar diferente e se preparar para novas oportunidades, listamos 7 passos para começar a seguir, agora mesmo:
1 – Adequar-se ao seu padrão financeiro
Se o seu salário é de R$ 1.500, é preciso aprender a viver com ele, mesmo que seja considerado pouco para a atualidade brasileira. Isso significa que de nada adianta contrair dívidas, fazer compras e manter gastos mensais que superem esse valor. Ter consciência sobre o valor das entradas mensais e ajudar os gastos é fundamental para iniciar essa mudança.
2 – Comece a investir com pouco
Ninguém ganha tão pouco que seja impossível economizar. Assim que o salário entrar na conta e antes de pagar suas contas, reserve sempre uma porcentagem para a poupança ou outros investimentos. Crie um hábito, até se tornar automático e conte sempre com o salário sem esse valor economizado. Em médio prazo, já será possível realizar pequenos projetos como viagens e compras, que vão incentivar ainda mais a economizar.
3 – Corte supérfluos
Quando colocamos no papel todos os gastos mensais, é incrível como percebemos a quantidade de supérfluos que consomem grande parte do dinheiro. Compras por impulsos, dívidas desnecessárias, consumo desenfreado são como um vazamento de dinheiro no bolso. Organize suas contas de tal forma que até um ou outro supérfluo possa fazer parte de sua vida, sem que dominem seu salário.
4 – Tenha metas financeiras
Visualizar sua vida financeira em pequeno e médio prazo é uma ótima forma de entender como se gasta o dinheiro hoje. Com certeza, ninguém quer estar apertado financeiramente daqui a dez anos, e sim, aproveitando a vida sem preocupações. Crie metas, sonhos e projetos, para que cada dinheiro economizado tenha um fundamento e estímulo.
5 – Envolva a família
Criar novos hábitos financeiros não pode ser individual, mas familiar. Se todos não estiverem conscientes e envolvidos, não será possível conseguir avançar muito. Não ainda simplesmente cortar gastos sem conversar com os familiares e conquistá-los para agirem da mesma forma, com o pensamento voltado para o futuro de todos. É preciso uma consciência coletiva sobre os benefícios financeiros que essas ações trarão.
6 – Respeite o dinheiro
Um dos maiores erros é como se vê o dinheiro. Enquanto a maioria das pessoas trabalha para ele, os bem-sucedidos fazem o dinheiro trabalhar e crescer. Focar na sua qualidade de vida é essencial para conseguir potencializar a capacidade de fazer o dinheiro render, até mesmo focando no seu próprio desenvolvimento profissional e pessoal.
7 – Negocie dívidas e contratos
Uma fatura muito alta de televisão e internet pode ser negociada para um pacote mais econômico e dinâmico, que ajudará a diminuir os gastos mensais. O mesmo pode ser feito com inúmeras contas, até mesmo condomínio e aluguel. E, se há dívidas pendentes, procure negociar seu parcelamento, aproveite descontos à vista e diminua o impacto financeiro de sua vida. Tudo pode ser negociável.
É sempre muito importante pensar nas suas próprias finanças e fazer ajustes sobre entradas e saídas. Conheça o site da AnjoCred e leia outros assuntos que podem ajudar ainda mais nessa mudança em busca de melhorias financeiras. O importante é começar agora mesmo!