Brasil e os novos empreendedores na crise

Os empregos de carteira assinada já estavam em franca queda ao longo da última década, mas os índices aumentaram sensivelmente a partir de 2020, desde o início da pandemia de covid-19.

empreendedores na crise

A velocidade com que o vírus se propaga e, principalmente, o seu poder letal, fez com que grande parte das cidades tomasse medidas emergenciais para conter a situação. A mais drástica foi o fechamento de tudo que não fosse essencial, seja empresas, indústrias e comércios, fazendo com que muitas fechassem as portas.

Sem o funcionamento normal, muitas empresas precisaram demitir parte dos seus funcionários ou mesmo fechar as portas. Dessa forma, o número de desempregados explodiu e a falta de opção para manter a renda fez com que muitos usassem a criatividade para não sucumbir à crise e sustentar a sua família. Os novos empreendedores na crise estão surpreendendo o mercado de empreendedores, propondo novas formas de ganhar dinheiro e crescer.

O fantasma da pandemia

Os momentos mais críticos da história da humanidade, também foram onde surgiram grandes ideias. Como é o caso das guerras, que além de destruição, dor e morte, provocam nos sobreviventes uma profunda necessidade de reconstruir suas vidas com um novo olhar, com as poucas condições existentes.

Todas as crises são capazes de desestabilizar, trazer insegurança sobre o futuro e até mesmo o momento atual, causar ansiedades e outros transtornos psicossociais. Mas também acentua a criatividade e a inovação. O famoso “tirar leite de pedra”, onde o vazio de possibilidades parece reinar, mas ainda assim é possível encontrar um caminho.

Quando o Covid-19 começou a ser notícia no Brasil, havia uma esperança que o vírus seria controlado e não afetaria o país. Mas locais como a Itália e a França, rapidamente começaram a perder parte de sua população para a doença e precisou fechar as portas, com as fronteiras e até mesmo as ruas. Só assim, com a ausência da circulação de pessoas, poderia ser possível não propagar ainda mais a doença.

Afinal, se um número muito grande de pessoas fosse contaminado, seria inviável dar a todas elas os cuidados de saúde necessários, vagas no hospital e todo o tratamento disponível. As mortes, com isso, seriam incontroláveis. Por isso, logo que acabou o Carnaval, a população brasileira ficou em alerta e viu chegar até nosso território, a temida doença, que rapidamente se espalhou.

O chamado lockdown era a solução, tal como nos países europeus. Tudo fechado, até mesmo os transportes que levavam para outras cidades e Estados, pararam. Enquanto a doença parecia estar minimamente contida, a economia naufragava a olhos vistos. Empresas fechando ou demitindo a maior parte dos seus funcionários para se manter, fez inflar o número de desempregados e a jogar no chão a renda familiar.

A única solução imediata era buscar a luz no fim do túnel. E não faltaram novidades surgindo para inovar o mercado e fazer a economia reagir. E não foram só os desempregados ou autônomos que tiveram que usar a sua imaginação para sair da crise, as empresas também precisaram mudar seu modo de operação, criar novos produtos, abrir novas frentes e ficar atento ao mercado para encontrar brechas de atingir em cheio o seu público.

O mundo estava alterado, as necessidades também se modificaram e o foco foi atender pessoas em casa, criar para elas mais conforto, praticidade, diversão, organização e atenuar a falta de segurança para o dia de amanhã. Enquanto a vacina não chega para todos, produtos e serviços se renovaram e se adaptaram a nova situação.

A criatividade a favor da sobrevivência e do sucesso

O saldo de 2020 não foi dos melhores e o mesmo vem acontecendo com 2021. Mas foram os criativos que deram uma nova esperança e percepção, por apresentarem um novo mundo de oportunidades diante de sua determinação.

Muitos desses novos empreendedores não tinham ideia de que precisariam arregaçar as mangas e virar donos de seu próprio negócio. Foram impostos pelas circunstâncias e decidiram não se entregar ao pessimismo. Um dos exemplos foi de cerimonialistas que começaram a criar eventos como casamentos, aniversários e outras comemorações, de forma virtual. Festa cheia de gente, mas cada um em sua casa, com diversão garantida.

Muitos casamentos precisaram adiar suas bodas, mas outros não desistiram de realizar seus eventos, onde uma bela mesa era montada com bolo, doces e espumantes, enquanto os convidados assistiam online a cerimônia de casamento. Tudo de forma segura e cheia de emoção.

Para outras festas, os organizadores passaram a oferecer kits fechados para convidados, que eram entregues na casa de cada um, perto do horário marcado para o evento. DJs mantinham a música da festa e animação era garantida com comes e bebes, papo, paquera e dança.

Nesse mote, as lives fizeram com que artistas famosos ou ainda desconhecidos, mantivessem seu trabalho em dia. Com shows ao vivo, grandiosos ou discretos, trouxeram inúmeras pessoas para frente de seu celular ou notebook. O mesmo ocorre com teatros e apresentações de dança, que começaram a cobrar ingressos e se apresentar online, com horário agendado, tal como as apresentações ao vivo.

Mas foi o ramo alimentício que mais cresceu no novo empreendedorismo. Bares e restaurantes criaram ou ampliaram seu serviço de delivery, para levar seus pratos para os clientes, diretamente em casa para não correrem risco e nem perderem seu sabor predileto. Os desempregados e autônomos decidiram aproveitar o dom para o fogão, reviram suas receitas e elaboraram cardápios criativos, dos mais diversos tipos, para fazerem entregas em casa.

Esse ramo fez com que muitos conseguissem o sucesso, não só pagando as contas mensais, mas abrindo novas frentes de negócio. Alguns até mesmo abriram lojas em meio a pandemia, aproveitando os preços mais em conta dos imóveis e o sucesso nas vendas. Pontos para que o cliente pudesse pegar sua encomenda, sem precisar parar para saborear as comidas.

Um dos produtos mais populares foi o bolo de pote. Recheado e dos mais variados sabores, nada melhor do que a guloseima para aplacar a ansiedade com as restrições de circulação e o medo do futuro. O mesmo aconteceu com os brigadeiros e salgadinhos.

Na área de saúde, psicólogos expandiram seu atendimento para a forma online. O número de pessoas buscando atendimento psicológico e psiquiátrico aumentou bastante com a pandemia, já que as restrições trouxeram a tona problemas imperceptíveis no dia a dia.

Projeto de paisagismo online para incluir mais plantas em casa, artesanato com criações charmosas para objetos cotidianos, delivery de um salão de beleza, venda de produtos eróticos e íntimos online, comprador para escolher produtos no mercado e entregar, organizadores de casa, não faltam ideias e projetos necessários e bem sucedidos.

Considerações finais

O fato é que para conseguir encontrar um novo caminho, é preciso também estar atento ao mercado. Descobrir brechas no mercado, mas também identificar seus próprios talentos, mesmo que saia do previsível. No momento da pandemia, advogados se transformaram em motoristas de aplicativos, jornalistas em doceiras e muitas outras situações surpreendentes se tornaram rentáveis pela visão além do óbvio.

Procure também sites que possam ajudar a montar seu negócio, busque história de pessoas vitoriosas e entenda melhor o caminho percorrido para chegar ao sucesso e mãos à obra!

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