Aprenda agora: como fazer um plano de aula sobre educação financeira

Ter as contas em dia, poupar e ter uma vida mais tranquila pode parecer um sonho distante para muitos brasileiros, mas é uma realidade possível de ser conquistada. A educação financeira é a forma mais eficaz de se chegar a organização das finanças, espantando a possibilidade de endividamentos e das frustrações motivadas pela falta de dinheiro.

aula educação financeira

Voltada para pessoas de todas as idades, inclusive crianças, a educação financeira pode e deve ser oferecida através de cursos, como matéria aplicada em aula e posta em prática nas relações familiares e interpessoais. Mais do que aprender a lidar com dinheiro, a educação financeira tem como foco oferecer qualidade de vida.

Educação financeira: saiba como aprender

É um grande desafio estabelecer a cultura da educação financeira para a população brasileira, que ainda tem um pensamento equivocado sobre o dinheiro. Atitudes imediatistas e que levam ao consumismo desenfreado, fazem com que grande parte dos brasileiros não consigam se precaver para o futuro. Os pais de hoje cresceram numa sociedade inflacionária, com dificuldade em manter um planejamento orçamentário e que se deparou com a estabilidade monetária e crédito fácil, incrementado pelo marketing que incentiva o gasto excessivo.

Ainda tramita no senado e na Câmara dos Deputados um projeto de lei que inclui a educação financeira como matéria escolar. O Governo também estuda estratégias para incentivar a educação financeira para toda a população, não só as crianças como forma de incentivar o crédito consciente e diminuir o endividamento.

A cultura do endividamento vem passando entre gerações, seguindo padrões familiares. Os hábitos familiares são copiados pelas crianças, que se tornam jovens endividados ou poupadores, seguindo a tradição que aprenderam a seguir. Se o filho convive num ambiente onde os pais estão sempre reclamando da falta de dinheiro, estão sempre com dificuldades de pagar as contas em dia e cedem fácil ao consumismo, ele se torna um adulto com amplas tendências a repetir o mesmo caos orçamentário.

Mas se ao contrário, ele convive com pais que economizam parte de sua renda e procuram manter sua vida cotidiana dentro da sua realidade financeira, esse futuro adulto pode se tornar uma pessoa controlada e capaz de construir seus sonhos com a própria renda.

Independente do valor do salário, em todos os aspectos é possível poupar e manter as contas em dia. Como princípio básico, é preciso fazer contas dentro dos rendimentos, sempre atento a usar apenas uma margem dos ganhos e não ter mais contas do que salário. Como a média dos brasileiros não conseguem manter o salário até o fim do mês, ter as rédeas dos gastos permite conseguir um equilíbrio do começo ao fim. Três a cada quatro brasileiros sabem muito bem o que é isso, segundo o IBGE, em índices que vem aumentando anualmente.

A educação financeira direciona a pensar bem antes de usar o dinheiro, mesmo para pequenos gastos. A visão das consequências desse gasto é fundamental para controlar os impulsos e as tentações. Dessa forma, é preciso avaliar os benefícios que o gasto irá proporcionar, mesmo que seja puro prazer. Se ele terá consequências negativas, é melhor não concretizá-lo ou refletir ainda mais para fazer o que seja melhor e não gerar arrependimentos.

Muito além do dinheiro

Diante da realidade econômica do país e de como a sociedade reage a ela, é possível partir para a construção de um plano de aula de educação financeira. É fundamental que o conteúdo preparado seja de qualidade, motivador de transformações reais para o individuo e a sociedade. Além disso, mesmo que tenha uma linguagem informal e descontraída, deve ter uma abordagem bem estruturada e séria.

O primeiro tópico deve ser direcionado ao planejamento financeiro. Começar indicando a relevância em ter um planejamento e a consciência de cada detalhe do orçamento mensal, ciente de todos os ganhos e gastos. A criação de uma planilha virtual ou física, ajuda a descrever todas as entradas financeiras e cada valor gasto, desde contas fixas ou variáveis, até o lanche da tarde.

Com esse quadro com cada detalhe exposto, e possível entender onde existem falhas no controle financeiro, onde é possível cortar imediatamente e qual o gasto a ser negociado para diminuir ou ser totalmente cortado. Essa visão permite que se corte os cafezinhos diários na padaria da esquina, para consumir a bebida em casa ou no trabalho mesmo. Assim como uma conta de luz bastante alta, que pode diminuir até pela metade se objetos eletrônicos forem desligados, diminuir o tempo do uso do chuveiro e lavar as roupas na máquina de lavar juntas.

O planejamento financeiro age na psicologia do usuário. A criação de novos hábitos pode ser bem difícil para pessoas já acostumadas a vícios cotidianos, mas é importante para chegar a normas que estabelecem o sucesso da educação financeira. Controlar os próprios impulsos, visando a realização de objetivos muito maiores e gratificantes é a chave para chegar ao sucesso.

Outro ponto a ser abordado é a diferença entre preço e valor. Quando se tem consciência do que realmente importa de verdade, é possível pagar o seu valor real. Isso significa que há objetos caros, como roupas e calçados de grifes, mas que rapidamente perdem o valor por não causarem mais o impacto da marca. Enquanto uma viagem para um lugar especial tem um grande valor, embora tenha custado o seu preço para ser realizado. Saber dar valor ao que realmente importa faz toda a diferença para manter o bolso com dinheiro e as economias rendendo.

Criar o hábito de economizar, seja com qual o valor recebido, permite ter reservas emergenciais para suprir necessidades inesperadas como uma doença ou acidente. Pode parecer simples, mas é raro encontrar quem consegue ser fiel as suas economias mensalmente, sem se deixar influenciar por crises ou promoções.

O melhor caminho para que as reservas sejam mantidas e rendendo, assim como almejar a concretização de projetos e sonhos, é fugir das dívidas. Algumas são necessárias, mas quanto mais for possível escapar, mais distante será o risco de se endividar. Com a ajuda da reserva financeira, procure comprar mais a vista e evitar cartões de crédito ou direcioná-los apenas para compras parceladas e sem juros. O mesmo deve ser feito com outros tipos de financiamentos, como os tentadores empréstimos consignados.

Com a adaptação a rotina de economizar, é preciso buscar bons investimentos para fazer o dinheiro render. Há inúmeras possibilidades de investimentos com muito ou pouco risco, que podem fazer com que os valores multipliquem. Investir de forma inteligente pode ser uma atribuição para todos e não apenas para especialistas em economia. Para evitar se perder em números, conheça os artigo da Anjocred e saiba mais sobre finanças, educação financeira e muito mais!