Por que é importante procurar um curso de educação financeira?

Você já pensou na ideia de fazer um curso de Educação Financeira? É algo em que todos nós deveríamos pensar com carinho, uma vez que as finanças são fator essencial para a qualidade de vida das pessoas.

curso de educação financeira

O homem do século XXI tende a viver uma rotina intensa e estressante. É trabalho, estudo, família, planos para o futuro e finanças. Um pacote completo capaz de ocupar a maior parte do nosso tempo. Ninguém precisa conviver com problemas financeiros intermináveis, porém, infelizmente, é isso que acontece com grande parte das famílias brasileiras.

Tudo seria diferente, se as pessoas tivessem uma melhor Educação Financeira. O tema é tão importante que existe um programa governamental para disseminar o aprendizado de finanças pessoais entre a população. O Governo Federal instituiu, em dezembro de 2010, o programa “Estratégia Nacional de Educação Financeira”.

O programa “Estratégia Nacional de Educação Financeira”, oficializado pelo Decreto 7.397, de 22 de dezembro de 2010, vem sendo, desde então, implementado em parceria com a Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil).

O propósito do programa é educar os jovens para fazer a gestão consciente dos recursos financeiros. A estratégia é a criação de duas séries de livros, uma para o Ensino Fundamental, outra para o Ensino Médio.

Endividamento é a consequência visível da falta de Educação Financeira

Ao que tudo indica, o país precisará aprofundar muito suas políticas, nesse sentido. A prova disso é que o índice nacional de endividamento das famílias brasileiras alcançou a marca de 62,4% em março de 2019. Este índice inclui as famílias com dívidas em atraso ou não. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, desenvolvida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A marca de 62,4% é a maior na história do Brasil. Em março de 2018, o índice de famílias com dívidas em atraso chegou a 25,2%, sendo que 10% desse contingente afirmou não ter condições de honrar com as dívidas e despesas familiares. Em que pese a situação econômica delicada pela qual passa o país, com o agravamento do desemprego e da queda de renda, os números não deixam de ser alarmantes. Revelam uma população endividada, com todas as consequências que podem advir dessa condição.

O endividamento é o sinal visível e comprobatório da falta de habilidade das pessoas para lidar com o dinheiro. Ele está no limiar da falta de planejamento e dos maus hábitos financeiros, ainda que devamos considerar outras causas já citadas, como o desemprego e a queda de renda das famílias.

Isso não muda o fato de que a Educação Financeira precisa ter destaque no âmbito das políticas governamentais. Ela não se deve aplicar exclusivamente às finanças pessoais. Muitos empreendimentos naufragam, por falta de habilidade de seus gestores para lidar com as finanças. Não se pode esperar que empreendedores que têm dificuldades para lidar com as finanças pessoais obtenham êxito em lidar com as finanças empresariais.

Por essa razão, o investimento em Educação Financeira é, também, um investimento no crescimento econômico do país, por meio da formação de empresas mais fortes e financeiramente equilibradas. Ainda do ponto de vista econômico, é preciso que tenhamos a compreensão de que o endividamento tira o dinheiro do bolso do consumidor. Com o consumo desaquecido, a economia perde seu principal vetor de crescimento.

Por que procurar um curso de Educação Financeira

Diante de tudo que foi explanado, não é difícil concluir que a qualificação financeira precisa ser uma obsessão de todos, do Governo à sociedade e, em particular, do indivíduo.

Vivemos numa sociedade orientada para o consumo, que é incentivado pela oferta de crédito, o que naturaliza o endividamento. Uma das coisas que aprendemos num curso de Educação Financeira é que há poucas situações em que fazer dívidas se justifica. É o ensinamento oposto da propaganda.

A dívida só se justifica em duas situações, investimento e emergência. No caso do investimento, temos situações como:

  • Compra de equipamento para aumentar a produção da empresa;
  • Compra de um automóvel para trabalhar;
  • Investimento em um curso importante para melhorar o salário.

Em outras palavras, é quando a dívida é paga com os resultados do investimento.

Esse é um dos ensinamentos básicos sobre finanças, mas o que vemos é muita gente endividada com cartão de crédito e cheque especial. O cartão de crédito só se justifica quando para parcelar uma compra, contanto que as parcelas caibam no orçamento. O cheque especial não se justifica nunca, porque os juros são acumulativos, gerando o efeito “bola de neve”, e a tendência é de que você não consiga pagar nunca, exceto recorra a um empréstimo parcelado.

Essas são apenas algumas situações que explicam por que você deve procurar um curso de Educação Financeira o quanto antes. Por mais que você tenha acesso a muito conteúdo como esse, na internet, num curso de Educação Financeira você aprenderá de forma estrutura a cuidar de suas finanças.

Podemos dizer que o estudo sistemático e contínuo terá o mérito de reprogramar a sua mente para:

  • Ganhar, ao invés de gastar;
  • Economizar, ao invés de consumir;
  • Investir, ao invés de comprar;
  • Construir reservas financeiras, ao invés de dívidas.

Onde fazer um curso de Educação Financeira?

Da mesma forma que passamos por um processo continuado de aprendizado com relação às matérias tradicionais, como matemática, português, História e geografia, devemos pensar da mesma forma no que diz respeito à Educação Financeira.

Há cursos em todos os níveis que você pode fazer, inclusive gratuitamente. O ideal é que comecemos nosso aprendizado pelo básico e avancemos gradualmente. Temos desde os cursos básicos de finanças àqueles que ensinam a investir o dinheiro no mercado financeiro e a gerenciar as finanças empresariais.

Uma instituição que oferece um programa completo é a BM&F Bovespa. A boa notícia é que todos os cursos são gratuitos. Você pode montar um programa progressivo, que inclua:

  • Noções básicas de finanças pessoais e familiares;
  • Investimentos diversos.

O SEBRAE é outra instituição que oferece Educação Financeira gratuita. O público dos cursos do SEBRAE, online e gratuitos, são os empreendedores.

A Fundação Getúlio Vargas também oferece cursos gratuitos. Uma boa dica é fazer os seguintes cursos:

  • “Como Organizar o Planejamento Familiar”;
  • “Como Gastar Conscientemente”;
  • “Como Fazer Investimentos – Nível Básico”;
  • “Como Planejar a Aposentadoria”.

Outras entidades oferecem cursos voltados para a Educação Financeira, tais como:

  • CVM;
  • Banco Central;
  • B3.

Enfim, não faltam opções. É só reservar um tempinho para fazer algo que vai melhorar sua vida e, ao mesmo tempo, contribuir para a melhora da situação econômica do país.

Vale a pena, não vale?

Que bom que você leu este artigo até o final. Isso mostra que você está consciente do caminho a seguir para melhorar de vida, que é o conhecimento. Por isso, temos muitos outros artigos como este para você. Confira mais no nosso site!