Descubra porque você deve falar sobre educação financeira com seu filho

A educação financeira dos filhos é um assunto que merece total atenção dos pais. Não importa o nível da renda familiar. Dinheiro é algo que se perde facilmente quando não se aprende a gastá-lo com prudência e fazer investimentos para o futuro. Para famílias de baixa renda ou classe média, as consequências podem ser mais drásticas, contudo qualquer pessoa está sujeita a altas perdas financeiras, algumas delas, irreversíveis.

Afinal, quantos filhos já perderam a fortuna herdada dos pais porque não souberam administrá-la adequadamente, não é mesmo? Outro exemplo são os ganhadores de prêmios milionários que, em pouco tempo, ficaram sem um único centavo e cheio de dívidas porque não tiveram capacidade para gerenciar a nova condição financeira.

Quantos pais, hoje, estão repletos de dívidas, justamente por falta de educação financeira, não é verdade?

Sem educação financeira, os filhos não aprendem a valorizar o dinheiro, economizar, sustentar as próprias vidas, construir um patrimônio, atravessar as dificuldades geradas pelo desemprego, entre outras situações previsíveis ou não. Daí a importância de incluir a educação financeira no cotidiano familiar.

5 motivos para os pais priorizarem a educação financeira dos filhos

1 Ensinar a importância do dinheiro para o sustento pessoal e familiar

A educação financeira é importante para que os filhos entendam o que é e por que o dinheiro é necessário. A explicação, claro, deve ser feita de um modo simples, considerando a idade dos filhos, e com exemplos que facilitem a compreensão. Cabe aos pais ensinar aos filhos a origem do dinheiro da família (salário, empreendimento próprio, benefícios ou outras fontes de renda) e o quanto ele é necessário para garantir moradia, alimentação, roupas, calçados, transporte, tratamentos médicos, escola, lazer, entre outros motivos.

É essencial que os filhos entendam o que pode acontecer se os pais ficarem sem dinheiro ou se a família gastar demais, gerando dívidas para o futuro. O ideal é mostrar o quanto essa situação pode afetar a vida dos próprios filhos (mudar de escola, cancelar cursos, lazer, viagens, presentes, entre outras perdas) para que eles assimilem melhor a necessidade do dinheiro e a importância de gastá-lo corretamente.

2 Preparar os filhos para enfrentar situações difíceis

A educação financeira motiva o controle de gastos. Os filhos precisam entender que antes de comprar um produto é necessário pesquisar preços e pagar à vista para evitar os juros. Que nem todos os desejos cabem no orçamento da família. Que é possível economizar dinheiro reduzindo gastos com água, luz, telefone celular, compra de produtos supérfluos, desperdício de alimentos, entre outras despesas que devem ser melhor controladas.

Diante de situações difíceis em consequência do desemprego ou mudanças bruscas na economia do país, que elevam o custo de vida, os pais terão menos dificuldade para explicar aos filhos a necessidade de cortes no orçamento doméstico. É importante que eles saibam que podem ajudar a família a superar as dificuldades. Ao iniciar a educação financeira dos filhos, na infância, os pais enfrentarão menos resistências no futuro.

3 Educar os filhos sobre planejamento financeiro

Ao inserir a educação financeira no cotidiano familiar, os pais estão formando adultos mais conscientes sobre a gestão do dinheiro. No futuro, quando os filhos começarem a ganhar o próprio dinheiro, terão melhor capacidade para planejar os próprios gastos, sem perder o foco em manter uma reserva financeira para realizar objetivos maiores.

Eles estarão cientes de que é preciso poupar para ter o próprio patrimônio, além de enfrentar épocas difíceis ao perder o emprego e não conseguir uma recolocação profissional imediata. A educação financeira prepara os filhos para a vida. Eles entenderão que planejamento e controle de gastos são essenciais para ter mais qualidade de vida. E, caso venham a enfrentar dificuldades, saberão como reorganizar as finanças antes de chegar ao endividamento.

4 Criar o hábito de poupar dinheiro e planejar investimentos

Um dos objetivos da educação financeira é gerar a reserva de capital para investimentos futuros. Filhos que aprendem, desde cedo, a definir objetivos e poupar o dinheiro necessário para realizá-los, tendem a manter esse comportamento. Na infância, o objetivo da criança pode ser a compra de um brinquedo. Na adolescência, um celular de última geração ou uma viagem com amigos, por exemplo. Ao chegar à vida adulta, os filhos, certamente, terão interesse em continuar economizando para fazer investimentos maiores como montar o próprio negócio, adquirir um veículo ou imóvel.

Poupar dinheiro é um hábito saudável. A criança pode aprender a economizar uma parte da mesada até atingir o valor necessário para comprar algo que ela deseja. No entanto, os pais devem tomar o cuidado para não estimular o consumismo, ou seja, os filhos precisam aprender quando realmente é necessário adquirir um produto. Conter o impulso de compras faz parte da educação financeira.

5 Incentivar os filhos a encontrar soluções para a falta de dinheiro

Desde cedo, os pais devem deixar claro que não podem atender a todos os desejos dos filhos, ou seja, que o orçamento familiar é para pagar contas e comprar o que é realmente necessário para todos.

Ceder aos caprichos dos filhos é um erro! Isso gera jovens e adultos mimados, egoístas, que acham que o mundo existe para servi-los. Além disso, filhos desse tipo terão muito mais dificuldade para gerir as finanças pessoais e superar eventuais crises financeiras.

Uma lição importante da educação financeira diz respeito a ensinar os filhos a encontrarem soluções para a falta de dinheiro. Ao negar um pedido, é importante incentivar os filhos a pensar em soluções que possam gerar a economia necessária. O que eles podem fazer? Economizar a mesada durante um período? Cortar alguma despesa com lazer (cinema, lanche com amigos, etc.)? Conseguir um estágio ou um trabalho que não prejudique os estudos? Pensar em ter um pequeno negócio? Enfim, esses são apenas alguns exemplos. Tudo, claro, depende da faixa etária dos filhos.

Entendeu porque você deve falar sobre educação financeira com seus filhos? Vivemos uma época difícil, com muita instabilidade econômica. Por isso, é essencial saber planejar o orçamento familiar e preparar os filhos, desde cedo, para valorizar o dinheiro e saber utilizá-lo corretamente.

Com educação financeira, os filhos aprendem a controlar os gastos com mais eficácia, a poupar uma parte da mesada ou salário, a pensar em soluções para ganhar o próprio dinheiro e têm mais vontade para conquistar o próprio patrimônio.

Além disso, a reação dos filhos é menos dramática quando os pais precisam fazer cortes no orçamento doméstico e a dizer não a despesas supérfluas. Os filhos que recebem educação financeira se adaptam mais facilmente à nova condição econômica da família.
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