Abrir uma empresa é um dos sonhos mais recorrentes dos brasileiros. E em tempos de pandemia, onde muitas empresas fecharam e o número de desempregados está altíssimo, se tornou a única saída para sobrevivência e um desafio ainda maior o de ser um empreendedor. Diante da falta de experiência sobre como gerir uma empresa, há ainda o impacto da burocracia para conseguir os documentos necessários.
Cada tipo de empresa tem exigências específicas, que podem impactar no tempo de sua abertura e é preciso, na maior parte das vezes, da ajuda de profissionais especialistas para que tudo comece da maneira certa. Além disso, o investimento inicial do negócio requer muita determinação e foco para manter as contas em dia e não começar no vermelho.
Um momento atribulado
A pandemia pegou todos de surpresa. É verdade que o vírus surgiu ainda em 2019 e já vinha fechando cidades e países por onde chegava, mas o Brasil acreditou que passaria sem maiores consequências. O que se sucedeu a partir de março de 2020 foi o lockdown para evitar a proliferação do vírus, um assustador número de infectados e mortos, e uma economia em pane.
Muitas empresas acabaram fechando suas portas ou reduzindo drasticamente o número de funcionários. O home office se tornou uma realidade no país, com muitas empresas optando pelo trabalho na casa de cada funcionário, o que evitava o contato, aglomerações e os custos de se manter escritórios.
O chamado “novo normal” vem trazendo à tona como serão as empresas do futuro próximo, assim como as relações entre patrão e empregador e empreendedor com cliente. Mesmo com a vacinação em massa em curso, já há um entendimento que nada será como antes e é preciso encontrar novas formas de atuação empreendedora.
Mas assim como empresas fecharam, outras conseguiram se reinventar na pandemia. Atendendo a uma demanda mais específica, especialmente de delivery e e-commerce, muitos novos desempregados decidiram abrir seu próprio negócio e investir em seu talento.
É verdade que muitos desses talentos foram descobertos com a necessidade de se encontrar um novo caminho, mas a criatividade do empreendedor brasileiro fez toda a diferença para a economia continuar a circular. Novos negócios, principalmente no ramo alimentício e de serviços, foram surgindo para auxiliar quem evitava sair de casa, mas não queria perder a qualidade de vida.
Além dos recém desempregados, há os que continuavam economizando para iniciar um empreendimento próprio, apesar da pandemia. É importante salientar que antes mesmo da crise do covid 19, o país já possuía um alto índice de abertura e fechamento de empresas logo nos seus primeiros anos. Por isso, é ainda mais importante ficar de olho em todos os detalhes para evitar engrossar essa lista.
É fato que boa parte dos que abrem uma empresa, desconhecem tudo que deve ser feito para abrir e para gerir o negócio. Afinal, não basta ter o dinheiro para sua abertura, mas principalmente, é preciso ter conhecimento administrativo e financeiro para organizar a empresa adequadamente e fazer com que ela possa se tornar próspera.
É hora do nascimento da empresa!
Abrir uma empresa no Brasil ainda é um processo bastante burocrático, mas que tem sido facilitado por novas políticas. A primeira dúvida do novo empreendedor é quanto custa para abrir uma empresa. A resposta não é objetiva, já que tudo depende do Estado e Município onde ela será instalada, onde cada um possui suas próprias políticas e taxas.
Fazer uma pesquisa sobre todos os processos e valores para abrir o seu tipo de negócio, é essencial para construir um orçamento inicial e evitar surpresas desagradáveis. Se a empresa for aberta em São Paulo, capital, por exemplo, as taxas relativas a Prefeitura e a Junta Comercial ficam em torno de R$ 300,00. As mesmas taxas no Rio de Janeiro, saem em média R$ 1200,00.
A contratação de um escritório de contabilidade, que é indicado para não deixar nenhuma pendência, também onera o orçamento, já que em média o valor de é de um salário mínimo. Se quiser economizar esse valor, é preciso pesquisar bem todos os procedimentos e documentações necessárias para iniciar sua empresa.
A parte burocrática do CNPJ
Para obter um CNPJ e ter um alvará, é preciso já ter o nome da empresa e também o nome fantasia. Se optar pelo escritório de contabilidade, ele deve ser contratado logo no início, que ajudará a definir que tipo de empresa deverá ser aberta para sua necessidade e perfil, como MEI, ME, EPP, Média ou Grande Porte. Outro ponto também é o regime jurídico que a empresa se adequará, como EI, Eirele ou LTDA.
A atividade a ser exercida é outro ponto a ser definido logo no começo, como comércio, escritório de profissional liberal, alimentação entre outros. E diante das respostas, será definido o tipo de imposto a ser pago, dentre o Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real.
Todos os sócios devem estar presentes num contrato social detalhado e devidamente registrado. Assim como também os documentos para dar entrada no nome, na Junta Comercial e ser feito o seu registro. Em seguida, é preciso dar entrada no pedido de Alvará pela prefeitura em alguns casos, assim como de acordo com o tipo de empresa, também fazer a Inscrição Estadual.
A definição do modelo de negócios vem abrindo um leque de opções que ajudam a personalizar ainda mais o negócio. Como o modelo de franquias, onde o empresário adota a distribuição e comercialização de um serviço que já existe no mercado e deve seguir rigorosamente com todas as suas práticas de mercado.
Ou o modelo de Assinatura, onde o cliente adquire o produto após formalizar uma assinatura que pode ser mensal, anual, semestral ou bimestral, recebendo o produto ou serviço diretamente no seu endereço. Já o marketplace vem crescendo muito atualmente, onde um espaço físico ou virtual aluga os chamados players menores para empreendedores.
MEI
A escolha do tipo de empresa a ser aberta dependerá basicamente do seu porte. O Microempreendedor Individual chamado de MEI, tem a criação mais simples e rápida, mas há limitação na contratação de um a dois funcionários, assim como precisa ter um faturamento anual de até R$ 81 mil. Enquanto uma Microempresa pode ter de nove a 19 funcionários de acordo com seu segmento, é obrigatória a emissão de nota fiscal e faturamento máximo de R$ 360 mil por ano.
A escolha adequada do tipo de empresa impactará diretamente na forma de pagamento de impostos. É fundamental ter cuidado em todos os processos, para que sua empresa possa estar inscrita corretamente e economize o máximo possível em tributos. Escolhas certas são vitais para o pontapé inicial de sucesso.
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