Empréstimo consignado: entenda como funciona o seu cálculo

Criado em 2004 para incrementar o mercado financeiro, o empréstimo consignado é considerado a melhor opção por ter a menor taxa de juros em comparação às outras modalidades. Porém, ele é específico para servidores públicos, aposentados, pensionistas e algumas financeiras permitem também a contratação de funcionários da rede privada com carteira assinada.

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A falta de burocracia permite que existem diversas financeiras que disponibiliza a liberação do crédito pela internet. Caso seja comprovado e confirmado todos os dados, o dinheiro é liberado pela conta corrente com rapidez. Com essa praticidade e a segurança do recebimento pontual através do contracheque, é possível oferecer uma boa taxa de juros, sendo usado até mesmo para cobrir outros tipos de empréstimos mais caros.

A evolução dos empréstimos até o consignado

Quando uma pessoa pega algo emprestado, ela precisa devolver no prazo que foi determinado. O empréstimo é um tipo de contrato que sela esse prazo e as regras para a devolução e, quando se trata de dinheiro, inclui condições tanto para serem concedidos e juros para que não seja desvalorizado e acrescentem vantagens para a instituição.
A proposta do empréstimo existe desde que se tem notícias da troca de mercadorias, sendo utilizado como permutas. Na Grécia Antiga, os camponeses buscavam os grandes proprietários para obter um empréstimo de alimentos e sementes, que eram pagos com o que fosse produzido posteriormente e as terras eram a forma de assegurar o pagamento. Com o desenvolvimento dos bancos já na Idade Média, a elaboração do conceito de empréstimo fez com que encontrassem um caminho para ganhar dinheiro com as taxas e juros.
O conceito de contratos de empréstimos foi crescendo com a evolução dos bancos, variando de acordo com cada país e suas políticas monetárias – tudo para trazer mais equidade para todos, tanto pessoas físicas quanto jurídicas. O termo “empréstimo” não é equivalente a “crédito” ou “financiamento”, já que o empréstimo não tem valor fixo e não precisa que seu destino seja especificado, enquanto o financiamento é vinculado a algo concreto e o crédito satisfaz uma necessidade de curto prazo.
O empréstimo consignado é uma modalidade mais versátil, que exclui a necessidade de burocracia ou fiador, sendo descontado diretamente da folha de pagamento dos servidores públicos em geral, aposentados e pensionistas do INSS e, atualmente, também de trabalhadores da iniciativa privada desde que contratados pela CLT.
O Banco Central impôs a regra de que as parcelas devem comprometer, no máximo, até 35% da renda do usuário. Essa decisão visa proteger o cidadão, para evitar o acúmulo de empréstimos consignados, capaz de comprometer a renda para as necessidades básicas. Dessa porcentagem, 30% são do empréstimo em si e 5% do consignado.

Entenda a cobrança de juros

O prazo para pagamento das parcelas é diferente de acordo com o tipo de servidor. Para os federais ela é de 96 meses, e para aposentados e pensionistas de 72 meses. Já os juros variam de acordo com o valor e a instituição financeira contratada. O Banco Central disponibiliza uma lista mensal com as taxas de cada banco, para que o usuário possa avaliar qual a melhor oportunidade para seu perfil.
No empréstimo consignado para aposentados e pensionistas o limite de idade é de 80 anos e com taxa de juros de 2,08% ao mês em média. Ele pode pegar até 9 tipos de empréstimos consignados ao mesmo tempo, mas sem ultrapassar o limite máximo de 35% do valor da renda.
Já sobre os servidores públicos, nem todos pode pegar um empréstimo consignado. Ou seja, só os concursados federais civis e militares, com idade entre 21 a 80 anos. Os funcionários contratados pela CLT ou temporários, comissionados e fora da Unidade Federal não fazem parte desse benefício. Os servidores municipais, estaduais e militares obedecem às mesmas regras.
Os funcionários da iniciativa privada com carteira assinada também obedecem ao desconto máximo de 35% do salário e as taxas variam em média de 1,40% a 3,50% por mês. Caso ele seja demitido durante o prazo do pagamento das parcelas ou a empresa entra em falência, o cliente continua responsável pelo seu pagamento. Sua concessão depende de avaliação da estabilidade na empresa e da documentação.
O empréstimo consignado é famoso por ter uma média de juros menor no mercado. Antes de finalizar o contrato, é preciso conferir quanto cada instituição oferece naquele momento. Para entender o impacto que o valor das parcelas pode ter no salário, multiplique o valor bruto do seu salário por 0,34: se o salário é de R$ 2000,00 x 0,35, a parcela é de R$ 700,00.
Se o desconto máximo desse valor cabe no seu orçamento, o próximo passo é identificar a melhor taxa de juros. O primeiro item a saber é que quanto maior o prazo, maior também será o valor a ser pego. Mas o mesmo não acontece com a taxa de juros, já que quanto maior ela for, o valor a ser emprestado também diminui. O ideal é encontrar um equilíbrio entre essas duas partes para pagar menos juros e conseguir mais tempo de parcelas.
Um exemplo para ajudar a compreender é que se a taxa de juros é 2% ao mês, dentro de um prazo de 72 meses, o valor máximo liberado é de 26.588,00. Se o juros for de 2,5% ao mês, o valor total cai para R$ 23.270,00. O risco é que uma escolha impulsiva da instituição pode fazer com que pague juros tão altos que dobre o valor total do empréstimo no seu final.
A margem de 5% liberados para crédito consignado, que funciona como um cartão de crédito comum, mas a fatura é descontada no contracheque ou débito automático do usuário. Com taxas de juros também inferiores aos dos cartões tradicionais, o risco é a falta de controle no consumo, que pode desestabilizar o planejamento financeiro, mesmo tendo um limite máximo de descontos.
As instituições financeiras oferecem esse cartão para os aposentados e servidores, mesmo sem requisitarem um empréstimo consignado. Se houver interesse, o Banco Central oferece uma lista de instituições que oferecem o produto.
A fatura recebida pelo cliente é idêntica a dos outros cartões, discriminando o que foi usado e o saldo devedor, porém só 5% é descontado na folha de pagamento e se houver um valor adicional, ele deverá ser pago em separado. Se ele for pago até o vencimento, não tem juros, mas se for pago a parcela mínima os juros serão do valor que falta.
O empréstimo consignado tem tido muita procura, pela facilidade em sua liberação e a baixa taxa de juros. Quando bem utilizado, pode ser muito útil para organização financeira e até mesmo para quitar dívidas com alta taxa de juros. Saiba mais sobre outras modalidades de crédito e assuntos financeiros no site da AnjoCred.