Há pessoas que ainda acreditam que o melhor investimento é a poupança e perdem ótimas oportunidades de ver seu dinheiro render mais e com a mesma segurança. A falta de informação sobre os vários tipos de investimentos que existem, reflete uma falha na educação financeira do brasileiro.
Não precisa ter um salário e um capital alto para ser um investidor, qualquer pessoa pode e deve fazer uma reserva de dinheiro com rentabilidade. Não importa o motivo, seja para realizar sonhos futuros ou se preparar para emergências, guardar dinheiro é uma prática que deveria ser comum a todos e que só proporciona benefícios. O mercado financeiro hoje está muito mais acessível e pode proporcionar ótimas alternativas para quem ainda é inexperiente no assunto.
A importância de investir
Ficar rico ou confortável financeiramente é um sonho comum de todos que desejam não se preocupar com as contas em atraso, aluguéis e outras restrições. Ter dinheiro na conta sobrando pode parecer algo distante e até impossível para quem recebe um salário que mal dá para pagar as necessidades básicas, mas é muito mais real do que pode parecer.
Assim que o salário entra, separar uma porcentagem dele para um investimento é a ação mais positiva que pode ser feita para a própria vida. Mesmo que não seja um valor alto, se entrar na sua rotina financeira a médio prazo já será possível colher seus frutos.
A educação financeira mostra exatamente como é possível ajustar os gastos e economizar uma parte de seus ganhos mensais, mesmo que não tenha um objetivo claro em um primeiro momento. Guardar dinheiro é se preparar para o futuro, pode adquirir um produto à vista com desconto, fazer viagens, ter como se manter se surgir uma emergência e até mesmo comprar um carro, a casa própria ou iniciar um negócio próprio. Ou seja, é fazer o dinheiro trabalhar para você!
Concebida em 1861 por Dom Pedro II, a poupança era a única forma de manter o dinheiro reservado no banco com rendimentos. Ela passou por várias transformações ao longo dos anos e até hoje é o investimento mais utilizado pelos brasileiros, mas é também o que apresenta menor rentabilidade. Sua popularidade é estimulada pelos bancos, que oferecem abertura de conta poupança com muitas facilidades, não tem cobrança de impostos, além da garantia para o investidor que ele pode retirar o valor a qualquer momento que desejar.
Mas quando a poupança é comparada a qualquer outro investimento, ela demonstra a sua fragilidade. Se o investidor decidir depositar o seu dinheiro no Tesouro Selic, por exemplo, que é considerado conservador, ele se mostra muito mais seguro, rentável e com liquidez que a poupança. Assim como ele, todos os outros possuem vantagens inexistentes nessa modalidade de investimento.
Renda fixa ou variável: qual a mais adequada ao seu perfil
O mercado financeiro oferece uma grande variedade de investimentos financeiros, alguns mais rentáveis que seguros e vice-versa. As opções também variam de acordo com o valor disponível e o tempo necessário para manter o investimento. Antes de escolher algum investimento, é preciso saber bem qual o seu perfil, objetivos, valores a serem disponibilizados para que seja definido o mais apropriado.
Antes de listar os tipos de investimentos, é preciso entender que eles se dividem entre renda fixa e renda variável. A renda fixa apresenta rendimentos já determinados na sua contratação. Seu funcionamento é o investimento em títulos de dívidas, em o depósito financeiro serve como uma espécie de empréstimo e recebe os juros acordados anteriormente.
Os investimentos de renda fixa têm a variação de pré-fixados e pós-fixados. No pré-fixado o valor da rentabilidade é informado no ato do contrato, enquanto no pós-fixado o acordo é sobre a forma em que será calculado, com base na variação de um índice. Alguns tipos desses investimentos são assegurados pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), órgão que protege o investidor caso a instituição financeira passe por algum problema e não tenha como retornar o dinheiro.
Abaixo os investimentos mais acessíveis de renda fixa:
- Poupança: o mais popular e que possui a menor taxa de rentabilidade que varia cerca de 0,5% + Taxa referencial (TR)
- Tesouro Direto: vem se popularizando muito nos últimos anos e foi criado pelo Governo Federal para que pessoas físicas possam negociar títulos públicos. É um empréstimo de dinheiro ao Governo, com o fornecimento em troca de um título de crédito com vencimento fixo. Na data determinada, o dinheiro retorna com juros que já haviam sido acordados.
- CDB e RDB: Semelhante ao Tesouro Direto, o dinheiro é emprestado a um banco por um período determinado e no final do contrato ele retorna com juros. Porém, no CDB (Certificado de Depósitos Bancários), os valores depositados podem ser resgatados a qualquer momento, mas sem a totalidade dos juros acordados e no RDB (Recibos de Depósito Bancário) a retirada só pode ser feita ao fim do prazo estipulado.
- LCI e LCA: a LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito Agrário) são títulos emitidos por instituições financeiras, com o intuito de captar recursos para investimentos no setor imobiliário e agrário. têm rentabilidade semelhante ao Tesouro Direto e ao CDB e isenção de imposto de renda.
- LC: as LC (Letras de Câmbio) são títulos de crédito ao consumidor oferecidas pelas instituições financeiras.
A diferença entre a renda fixa e variável é a formação dos preços, a rentabilidade e os mercados disponíveis. Os investimentos de renda variável não possuem cálculo de rentabilidade definidos em contrato e podem variar muito de acordo com o mercado financeiro. As possibilidades de lucro sempre são altas, desde que se saiba bem qual a melhor opção a ser escolhida e o seu período, mas os riscos também são maiores.
O investimento em renda variável apresenta três níveis de riscos, que ajudam na análise do que pode ser mais viável no momento. O conservador valoriza a alta liquidez aliada à segurança, com retornos previsíveis e que ele possa controlar. Em geral, o tipo conservador tem a maior parte do dinheiro investido em renda fixa, mas disponibiliza parte dele para a variável.
O investidor de risco moderado investe um valor maior na renda variável, sem abrir mão da renda fixa que muitas vezes pode chegar à metade do valor. Tem dificuldade em reagir às oscilações negativas, mas deseja uma maior rentabilidade. Já o de risco agressivo costuma investir tudo nessa modalidade, em busca do máximo de lucro possível. É um investidor arrojado, com bastante conhecimento no mercado para buscar o mínimo de risco possível.
Veja a seguir os principais investimentos de renda variável:
- Ações: o mais conhecido investimento de renda variável, as ações se caracterizam pela aquisição de uma porcentagem de uma empresa específica. O investidor se torna um sócio da empresa e vai receber os lucros quando ela vai bem no mercado. As ações podem ser adquiridas na bolsa de valores pelas corretoras e os valores de aquisição e venda dependem da oferta e procura do momento. É considerado um investimento com alto poder de retorno, mas com risco equivalente.
- Fundos imobiliários: também são negociados na bolsa de valores, é o investimento em cotas de empreendimentos imobiliários comerciais e locais de alta qualidade.
- Câmbio: é o investimento numa determinada moeda, em geral dólares ou euros. Como há volatilidade grande na moeda, os lucros podem ser surpreendentes, mas se houver crises ele pode despencar.
Investir é a palavra de ordem da atualidade, uma atitude que visa beneficiar a si mesmo e se preparar para eventualidades e sonhos. Conheça os tipos de investimentos mais comuns e acessíveis no site da AnjoCred.
