5 truques para ter uma boa educação financeira

A educação financeira é muito mais do que uma matéria na base curricular de um aluno, cujo fundamento é ensinar a lidar com dinheiro. A orientação é ampla, cabe para pessoas de qualquer idade e fala muito mais sobre qualidade de vida do que como investir suas finanças. Tudo porque aprender a lidar com dinheiro permite ter uma relação muito mais harmoniosa e inteligente com ele, fazendo com que seja usado em seu próprio benefício.

educação financeira

Como conhecimento não se obtém de repente, é preciso instituir uma reforma no cotidiano para uma mudança de hábitos onde o dinheiro está inserido. Com foco e paciência, as ações vão sendo moldadas a sua realidade até serem incorporadas integralmente ao dia a dia. Como não há um método específico de aprendizado, muitas pessoas têm dificuldades em iniciar o processo e se veem vulneráveis a picaretas.

A importância da educação financeira para todas as idades

O Brasil não tem uma cultura que estimule a educação financeira desde a infância. Ao contrário, em muitas situações o dinheiro é considerado um tabu e quando abordado pode causar a impressão de dívida e prejuízo. Nas famílias, os filhos se deparam com pais cada vez mais endividados, reclamando das contas e com dificuldades em manter o status que teimam em ter.

Muitas crianças são criadas com a ideia de que o dinheiro é que pode comprar tudo e ser capaz de atribuir julgamento ao caráter das pessoas. A geração da meritocracia não entende a necessidade de economizar e pode ser levada a acreditar que juntar dinheiro pode ser sinônimo de fraqueza social.

Esses conceitos parecem assustadores para quem sabe o papel do dinheiro, mas na prática todos conhecem as crianças mimadas, que se tornam adultos descontrolados e endividados. A síndrome do consumo não poupa ninguém e se não houver limites, nenhum salário será adequado o suficiente para suprir essa necessidade.

Toda criança e adulto precisam entender o real papel do dinheiro, que começa pelo custo e benefício do que ele deseja, até a compreensão de se obter apenas o necessário, evitando os exageros e desperdícios. Como as crianças imitam os pais, o ideal é que esse processo seja de toda a família.

A definição do dinheiro na teoria econômica fala como meio de troca, reserva de valor e unidade de conta. Ou seja, o dinheiro foi concebido para ser trocado por algum bem, produto ou serviço que possa ser uma necessidade ou interesse de alguém. Também pode ser guardado, para que o seu acúmulo permita a aquisição de algo que requer uma maior quantidade. Já a unidade de conta é a atribuição de valores para bens e tudo o que pode ser mensurado através do dinheiro. Dessa forma, foram atribuídos distinções entre eles, através de relações de quantidade.

Ao se deparar com uma educação financeira consistente, é possível estabelecer metas, controlar orçamentos e usufruir melhor dos ganhos ao evitar dívidas. Saber lidar com o que se recebe sem fazer dívidas extras desproporcionais é uma forma de trazer qualidade de vida ao dia a dia. Menos estresse com a preocupação em pagar contas e saber como fazer o salário render até o final do mês, é uma forma eficaz de ter mais saúde.

Há quem acredite que educação financeira relaciona-se com saber cálculos e planilhas. Esses dados são importantes, mas não essenciais. O foco principal é dar a todos a possibilidade de formar um patrimônio e ter uma vida mais tranquila com a família. Na prática, independente do valor do salário, sem uma organização e mudança de hábitos o dinheiro nunca é suficiente.

Não é fácil para ninguém conseguir ganhar dinheiro, guardá-lo e ainda pagar todas as contas em dia. Fica ainda pior falar sobre educação financeira para quem recebe um salário mínimo e é provedor familiar. Mas a verdade é que ela serve para todos, proporcionando a todos os grupos a possibilidade de se organizar para manter uma reserva financeira e conquistar projetos que dependem de dinheiro.

Para começar agora mesmo a mudar sua visão sobre dinheiro, listamos 5 truques para ter uma boa educação financeira:

1 – Obedeça a trilogia do trabalho, economia e investimento

Toda atividade profissional remunerada gera dinheiro e a partir desse valor, é preciso reservar uma parte dele para economizar e investir, antes mesmo de pagar as contas e usá-lo. Sem uma fonte de renda não é possível suportar o consumo diário e nem prover as necessidades básicas. Assim como criar o hábito de economizar uma parte seja de qual for o valor recebido, de forma disciplinada e que não permita exceções.

2 – De um real a um milhão

Comece com pouco, até que o ditado “ de grão em grão a galinha enche o papo” se torne realidade. Afinal, é economizando sempre que se tem muito, basta ter foco, disciplina e paciência.

3 – Menos é mais

Um dos erros mais comuns é gastar mais do que se ganha por mês. O acúmulo de contas fixas e variáveis se une a pendências financeiras de cartão de crédito e empréstimos, basicamente usados para o consumo, como se algo pudesse acontecer e trazer um dinheiro extra para pagar todos os valores necessários. É preciso encarar a realidade e rever todas as contas, limpar os excessos, cortar gastos e separar o valor a ser investido. Só assim se terá o valor real recebido e a possibilidade de mantê-lo por mais tempo no mês.

4 – O futuro depende do presente

Suas ações atuais refletirão no futuro próximo. Se o uso do dinheiro é feito de forma controlada, economizando e consciente do seu valor, o futuro será de oportunidades, capacidade de conquistas e tranquilidade. Mas se, ao contrário, ele é de gastos descontrolados, salário menor do que as contas e zero de fundo de reservas, dificilmente o futuro não será de dívidas, dificuldades e restrições.

5 – Foque na qualidade de vida

Há que não entenda onde o dinheiro pode ser atrelado a qualidade de vida. Na prática, é impossível viver bem com dinheiro sem saúde e paz. A busca desenfreada de acumular riquezas, sem ter tempo para aproveitar a vida, curtir a família e ter um tempo para si mesmo, faz com que essa ação se torne mais uma doença do que uma necessidade.

A educação financeira fala sobre saúde, em manter a forma física através de exercícios, ter o cérebro sempre ativo e estimulado por leituras, criar um hobby com outras pessoas e estar sempre curioso sobre o mundo, as pessoas e a vida. Como o dinheiro é uma “atividade meio”, seu fundamento é contribuir para a longevidade e a qualidade da vida, sem torná-lo o centro do universo.

Falar sobre economia financeira é o primeiro passo para transformar pessoas em mais conscientes sobre o uso do dinheiro. Equilibrar o orçamento e usar o salário com disciplina, não é ótimo apenas para a pessoa, mas também para toda a sociedade. Conheça outros artigos da Anjocred, que abordam o assunto e se torne craque no controle de sua própria renda.