Desenvolver bons hábitos de economia doméstica é fundamental para organizar o orçamento da família. Sendo assim, todos os integrantes da família devem se responsabilizar pelas despesas relacionadas à casa, o que envolve desde a conta de água até o seguro do automóvel. Para ajudar você nesse processo, reunimos a seguir algumas recomendações de economia doméstica. Confira!
7 passos importantes para a economia doméstica
1. Estabeleça um planejamento financeiro
O primeiro passo é sempre colocar todas as despesas em uma lista para visualizar melhor a sua situação. Aproveite o momento para comparar esse total com o quanto você ganha. Somente assim será possível começar o seu plano. Uma planilha detalhada será capaz de indicar para onde o seu dinheiro está indo.
Nesse contexto, você certamente identificará alguns gastos supérfluos, que podem ser reduzidos ou mesmo cortados. Portanto, não deixe de montar um planejamento financeiro, de preferência no computador.
2. Avalie cada gasto
Após executar o plano financeiro, verifique todas as despesas registradas e as dívidas entre gastos essenciais e gastos pontuais;
• Gastos essenciais: aluguel/condomínio, luz, gás, supermercado, impostos (IPTU, IPVA) e mensalidade escolar;
• Gastos pontuais: compra de um medicamento (exceto de uso contínuo), presentes para familiares, lazer, etc.
Aqui, reforçamos a importância de se registrar qualquer gasto diário, tendo em vista que muito do orçamento doméstico é direcionado para itens inúteis.
Uma diretriz popular no controle de finanças é a regra 50/30/20. Mas o que isso significa? Explicamos a seguir:
50%: Metade do orçamento deve ser dedicado ao pagamento de gastos essenciais ou fixos. Ou seja, refere-se àquilo com que você precisa arcar mensalmente, como: moradia, conta de luz, telefone, internet, transporte, financiamentos entre outros.
30%: Essa porcentagem serve para os gastos variáveis ou de estilo de vida. Geralmente, os 30% cobrem atividades de lazer como: cinema, alimentação em restaurantes e viagens.
20%: O restante deve ser investido para que possa gerar rendimentos no futuro, além de compor a sua reserva de segurança, tópico que abordaremos em detalhes mais adiante. O pagamento de dívidas também está incluso nos 20%, por se tratar de uma prioridade financeira.
3. Diminua as contas
No cotidiano, muitos gastos passam despercebidos até as dívidas se acumularem. Por isso, tentar diminuir o valor das contas é primordial para equilibrar as economias de uma residência.
Com a correria do dia a dia, é natural que às vezes não nos dediquemos o suficiente para cuidar do quanto gastamos. Mas fique tranquilo, existem etapas simples para mudar isso:
• Conta de água
Reutilize a água da máquina de lavar roupa para lavar o carro ou mesmo molhar as plantas;
Desligue a torneira enquanto escova os dentes;
Tome banhos mais rápidos.
• Conta de gás
Prepare uma quantia grande de alimentos de uma vez só;
Revise periodicamente as bocas do fogão para localizar pequenos escapamentos.
• Conta de luz
Ajuste o chuveiro para a posição verão;
Prefira lâmpadas de LED, que são mais econômicas;
Espere juntar mais roupas antes de usar a máquina de lavar ou o ferro;
Limpe regularmente o filtro do ar-condicionado;
Compras de supermercado;
Tenha sempre uma lista em mãos antes de fazer as compras;
Nunca vá ao mercado com fome e não leve as crianças com você.
• Outros gastos:
Negocie e simplifique ao máximo os planos de celular e TV por assinatura;
Cancele qualquer serviço que não esteja usando (academia, streaming, etc.);
Se possível, recorra ao transporte público e demais meios econômicos ou gratuitos para se locomover.
Apesar de básicas, essas sugestões contribuem para diminuir significativamente as suas despesas. O conteúdo pode – e deve – ser adaptado para as contas fixas que você precisa pagar, até aquelas que não citamos. Ajuste as orientações para a realidade da sua família.
4. Priorize o pagamento de dívidas
Se você está endividado com o cheque especial ou cartão de crédito, é necessário calcular o quanto de juros paga por mês. Sem dúvidas, débitos dessa natureza refletem na economia doméstica de modo direto. Para solucionar o problema, o objetivo deve ser eliminar por completo as dívidas.
Converse com os credores para renegociar os valores em questão. Outra boa medida pode ser pedir um empréstimo pessoal, contanto que os juros sejam inferiores aos que você já está pagando.
No cenário descrito, você substituiria uma dívida por outra, porém, pagaria menos devido às taxas praticadas. Uma alternativa ainda é empregar o seu 13º salário para quitar primeiro as dívidas que tenham os juros mais altos.
Usar aplicativos para organizar as contas fixas e agendar o débito asseguram que você nunca mais esqueça um pagamento. Isso é relevante porque juros desnecessários atrapalham muito o orçamento doméstico.
5. Tenha uma reserva de emergência
É imprescindível que todas as famílias disponham de uma reserva de emergência. Depois de quitar qualquer dívida, guardar algum dinheiro para imprevistos é o próximo estágio. Para tanto, busque poupar uma parcela do seu salário a cada mês. Mas note que essa reserva começa apenas após as contas estarem pagas.
Geralmente, os especialistas sugerem que o total da economia seja no mínimo equivalente a três meses dos seus gastos mensais. Outra orientação dos economistas é que você programe a automatização das economias. Dessa forma, uma parte do salário já vai para a poupança antes de cair na sua conta corrente. A estratégia traz uma série de vantagens, pois você se adapta a um orçamento menor e não fica tentado a gastar um valor que seria destinado à reserva financeira.
6. Reveja seus hábitos
Para rever os hábitos, o melhor caminho é sentar e conversar com a sua família inteira. Explique como essas novas práticas visam o benefício comum. Afinal, algumas pequenas mudanças darão maior tranquilidade para os envolvidos.
É essencial que os membros da família compartilhem de um mesmo propósito e assumam a responsabilidade pelo orçamento doméstico. Compartilhar caronas e levar comida de casa para o trabalho são algumas alternativas fáceis e bastante efetivas para equilibrar as contas no fim do mês.
7. Aprenda a investir o dinheiro
Caso você seja um iniciante no mundo das finanças, é provável que tenha dúvidas sobre como aplicar suas economias. Ainda assim, tenha claro que o seu dinheiro pode trabalhar para você, desde que você escolha os investimentos certos.
Atualmente, existem inúmeras fontes on-line que explicam os vários tipos de investimentos disponíveis, de acordo com os diferentes perfis de clientes. Vale a pena separar um tempo para pesquisar com calma as estratégias mais apropriadas para as suas metas e realidade financeira.
Como mencionado no começo do texto, engajar todos os membros da família nas finanças doméstica torna-se imprescindível para o sucesso da iniciativa. Então, sugerimos que você divida as dicas listadas acima com os outros moradores da residência.
Pronto! Agora você está apto para gerir o orçamento doméstico e lidar com os eventuais imprevistos. No começo, as mudanças podem ser desafiadoras, mas os resultados valerão a pena.
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