Entenda de uma vez por todas o que é o CET

O CET (Custo Efetivo Total) é um termo muito usado na hora de recorrer a um empréstimo e que deixa a maior parte dos clientes em dúvida sobre seu significado e importância. Trata-se de uma taxa sobre todos os encargos e despesas das operações de crédito e arrendamento financeiro. Ela é estipulada tanto para pessoas físicas quanto para micro e média empresas.

Esse custo deve ser sempre informado ao cliente, antes que sejam efetivadas contratações de empréstimos ou outras modalidades de crédito, mas nem sempre isso acontece. A maior parte dos clientes ou não sabem do que se trata esse valor descontado, ou sequer imaginam que terão essa taxa acrescida no valor.

Por isso, é fundamental entender bem sobre essa taxa, para evitar se sentir lesado pelas instituições financeiras.

O que é o CET e o que engloba

Para quem não sabe muito de economia e finanças, pode ser bastante complicado se deparar com as taxas, tarifas e encargos cobrados pelas instituições financeiras sobre movimentações e créditos. Apesar do susto que podem provocar, na maioria das vezes, as cobranças são devidas e estão amparadas por leis pelo Banco Central.

O CET engloba uma série de encargos e tarifas em um só valor, onde a instituição financeira repassa ao cliente que formaliza um empréstimo. Esse valor vai integralmente para a empresa e corresponderá a uma porcentagem a partir do valor final requisitado. A sigla corresponde a um valor devido que as empresas que fornecem empréstimo possuem, mas que se tem pouco conhecimento sobre os detalhes.

O problema é que só há alguns anos as empresas passaram a ser obrigadas a informar o CET aos clientes, que antes eram cobrados sem sequer ter ideia do que se tratava.

A resolução 3.517 do Conselho Monetário Nacional, instituída em 2007, foi inserida no ano seguinte em todas as instituições financeiras de crédito do país. Apesar de mais de dez anos sendo utilizada, é bastante comum que essa informação seja passada rapidamente ou sequer mencionada ao fechar um acordo de empréstimo, embora seja obrigatório que ela esteja bem clara no contrato.

Elementos englobados pelo CET

O CET, em geral, engloba os seguintes elementos:

  • IOF (Imposto sobre Operações Financeiras);
  • Taxa de juros da instituição (remuneração);
  • Taxa de análise de crédito;
  • Tarifa de abertura do cadastro do cliente;
  • Seguro, caso a dívida não seja quitada pelo credor;
  • Despesas em cartório;
  • Taxa de manutenção de cadastro;
  • Outras tarifas e taxas que variam de acordo com a instituição.

A cobrança do CET deve ser incluída na publicidade das operações, assim como especificada pela gerência antes que seja finalizado o contrato.

O cliente deve ter acesso a planilha de cálculo do CET, onde todos esses elementos são discriminados de forma objetiva, com as respectivas porcentagens e valores em reais. O valor específico é calculado com a taxa percentual anual que estiver vigente na data de fechamento.

Como é feito o cálculo do CET?

O valor do CET de uma transação financeira precisa incluir a taxa percentual anual, na qual estão inseridos todas as despesas e encargos que a envolve e não apenas taxas de juros. Como é uma fórmula complexa e que envolve vários dados, é preciso estar atento a matemática financeira e ao uso da calculadora científica para uma maior precisão.

Para quem não tem acesso a essas ferramentas e capacitação, não deve se preocupar, já que há aplicativos que ajudam a demonstrar cada detalhe do cálculo do CET, por meio de uma planilha automatizada. A calculadora de custo efetivo total, do Procon, é a mais utilizada para esse fim.

Exemplo de cálculo

Para entender didaticamente como é feito o cálculo, precisamos de um valor base de exemplo:

Valor do empréstimo: R$ 10.000;
Taxa de juros: 0,95% ao mês e 12% ao ano;
Prazo de parcelamento: 5 meses;
Prestação de cada mês: 2.050,73.

Em uma planilha de Excel, é possível fazer esse cálculo, usando a fórmula = PGTO(X,Y,Z). O X são os juros cobrados, o Y as parcelas e Z o valor total do empréstimo concedido, somados ao valor das parcelas para encontrar o total final do empréstimo.

Porém, ao assinar o contrato, o cliente encontraria um valor a mais do que o resultado do cálculo, que é o CET. Inclusive, esse diferencial faz com que as parcelas do empréstimo não sejam iguais em todos os meses, com pequenas variações de valores.

Ciente de como é realizado o cálculo, é possível entender se está sendo feito um bom negócio com o empréstimo da instituição. Isso porque cada uma tem uma variável na cobrança do CET, que é muito mais destacada que as famosas taxas juros.

Isso significa que a falta de conhecimento sobre o CET faz com que os consumidores não averiguem o valor cobrado e não façam comparação entre as empresas, optando pela diferença entre taxa de juros, sob o risco de fazer uma escolha menos vantajosa.

Na prática, enquanto um determinado banco oferece uma taxa de juros menor, outro com valor médio possui um CET mais barato e se torna uma opção mais econômica e inteligente. Esses detalhes provocam uma franca influência no valor final e no orçamento familiar mensal.

Portanto, não avalie apenas a taxa de juros por não ser um bom reflexo sobre o custo integral do empréstimo. Fique atento aos encargos extras disponíveis na planilha do empréstimo e observe se não estão sendo cobrados em duplicidade, ou seja, discriminados como taxa e inseridos no CET.

O CET é discriminado com porcentagem mensal ou anual, sendo fundamental que possua esse detalhe na informação.

Diante das opções de crédito, sob análise do CET, é hora de rever suas próprias finanças e evitar iniciar um endividamento prejudicial. Afinal, enquanto pessoas mais focadas no dinheiro que recebem não fazem despesas que não podem pagar, há os que agem com impulsividade diante de uma situação financeira mais complexa e acabam piorando o quadro.

A importância de saber a hora de pedir empréstimo

Empréstimos devem ser realizados quando as parcelas cabem nos custos mensais, sem causar prejuízo nas contas fixas e nas economias.

O conhecimento sobre finanças não se atém à realização de cálculos, mas em entender o dinheiro para poder lidar com ele da melhor forma. Isso inclui buscar mais informações, saber sobre impostos, investimentos e mais assuntos que envolvam o ambiente econômico, para evitar ser enganado ou tomar decisões equivocadas.

Conhecer definitivamente o que é o CET em um empréstimo, ajudará a fazer a melhor opção dentre as instituições bancárias. Avaliar o CET num empréstimo faz grande diferença no bolso. Para encontrar mais informações sobre finanças, cobranças e impostos, navegue na página da AnjoCred e saiba mais!