O ano de 2020 foi surpreendido pela pandemia do coronavírus. O mundo parou para tentar minimizar os efeitos devastadores do covid 19, que já causou a morte de milhares de pessoas e que ainda se mantém refém da doença, na expectativa de vacinar a maior parte da população. Além da doença e suas consequências inesperadas, o covid 19 desestruturou a economia mundial.
Afinal, cidades passaram por lockdown, com a paralisação de lojas, transportes e serviços, eventos foram cancelados por tempo indeterminado, empresas fecharam as portas e inúmeras pessoas perderam sua fonte de renda, aumentando a já abarrotada fila de desemprego. Mesmo que a pandemia ainda permaneça e as perspectivas de novas ondas da doença estão cada vez mais concretas, é preciso se reinventar financeiramente para superar o baque.
As consequências imediatas da pandemia na economia
No fim de 2019, e início de 2020, o coronavírus começou a atingir a população da China e de alguns países asiáticos. Por ser do outro lado do mundo, a perspectiva dos expectadores era de que a doença fosse contornada e não se espalhasse como previsto. Baseado nessa avaliação, os países europeus não tomaram precauções para evitar o vírus na sua população e o que foi visto eram países como a Itália, Espanha e França com milhares de pessoas infectadas e morrendo.
O lockdown foi inevitável e medidas emergenciais foram tomadas para evitar que as mortes continuassem. Com o fechamento das cidades e do grande número de mortos, a economia de toda a Europa ficou em suspenso e logo repercutiu para o resto do mundo. Nos Estados Unidos, país com o maior número de mortos, seguido pelo Brasil, é grande o caos econômico e a dificuldade em criar condições adequadas para que sua população consiga se reerguer.
Após atingir a Europa e chegar aos Estados Unidos, o Brasil também foi atingido pelo vírus, que rapidamente se propagou em sua população. Em meados de abril, as cidades entraram em lockdown como forma de frear a propagação da doença e evitar o caos no serviço público de saúde.
Logo no início da pandemia, as ruas pareciam cenários de filmes de terror e suspense. Centros urbanos sem ninguém trafegando pelas ruas, pouquíssimos carros passando, nenhum transporte coletivo funcionando, comércios fechados e só serviços essenciais ainda se mantinham na atividade – e mesmo assim com muitas ressalvas.
Muitas empresas conseguiram manter suas atividades realocando seus funcionários em home office. Essa alternativa, que cabe para alguns tipos de negócios, foi uma saída que refletiu positivamente na sua economia e na sua produtividade. Porém, há muitos tipos de negócios que só sobrevivem presencialmente, inclusive profissionais que precisam do público para se manter.
A pandemia tem sido cruel também para os profissionais autônomos, os microempreendedores individuais (MEI) e para os que já estavam desempregados e se viram sem perspectivas de conseguir uma recolocação. Alguns conseguiram participar de programas do governo para manter suas contas básicas, mas a maior parte precisou buscar novas formas de sobreviver.
Se a pandemia derrubou a economia global em 2020, não seria diferente no Brasil. As restrições impostas, a diminuição abrupta de renda das famílias, assim como o adiamento ou cancelamento de investimentos, fez com que os principais setores econômicos do país entrassem em queda livre. Desde que as paralisações começaram, houve uma brusca redução de demanda, impactando de imediato as indústrias e reverberou em todos os setores.
O setor de serviços foi o mais prejudicado de todos. O turismo, bares e restaurantes, sequer puderam funcionar nos primeiros meses e muitos tiveram que fechar as portas em definitivo. Outros buscaram se reinventar, cortando gastos, encontrando outras formas de manter seus clientes e até mesmo encontrar outros.
Mesmo com a chegada da vacina, que promete ser o início da retomada da economia, ainda há uma previsão de queda efetiva de renda e dificuldade para reorganizar os setores.
É hora de se reinventar!
O desafio de sobreviver à pandemia não foi só pelas consequências da doença, mas para se adaptar a uma nova configuração social que se iniciava. Executivos de grandes empresas logo se debruçaram em pesquisas e projetos, para encontrar novas soluções estratégicas. O mesmo aconteceu com o microempreendedor e até o autônomo, que precisaram encontrar alternativas de manter sua renda.
A maior dificuldade é a falta de previsibilidade do que acontecerá na economia nos próximos meses. Com isso, os planejamentos passaram a ser feitos para um menor tempo, em média três meses, assim como é preciso adotar alguns comportamentos baseados na resiliência e flexibilidade para superar bem essa fase.
Outra dificuldade é a retomada econômica que não linear, já que a qualquer momento há a possibilidade de uma nova onda e mais lockdown. Até que a vacina já tenha atingido a maior parte da população, a instabilidade é a tônica dos projetos.
Abaixo listamos 13 dicas para se reinventar financeiramente, mesmo na pandemia:
1 – Identificar oportunidades no seu próprio negócio, abrangendo todas as etapas que ele possui. Inclusive, avaliando o ambiente off-line e o virtual.
2 – É hora de utilizar sua experiência adquirida em outros mercados, buscando a colaboração de outros profissionais. Afinal, todos estão na mesma situação de pandemia e é necessária uma união de forças. Parceiros, clientes e fornecedores podem dar boas dicas e indícios de soluções para a situação.
3 – Muitas ideias podem surgir, mas é preciso identificar o que é possível e o que melhor vai se posicionar no mercado. De nada adianta ter uma boa ideia, sem que ela seja funcional para o cliente em tempos de pandemia.
4 – Mantenha-se motivado. Não permita ser contaminado pelas dificuldades e perder a chance de novas oportunidades. Em momento de isolamento social e crise financeira, manter o foco, o otimismo e a energia, permite ter disposição e a visualizar melhor as possibilidades.
5 – Mesmo que seja difícil manter um planejamento a médio prazo, ser estratégico é fundamental. Trace planos e caminhos alternativos, para obter o sucesso almejado.
6 – Avalie seu negócio antes da pandemia e liste horários, as ações que eram feitas e as que podem ser feitas agora, assim como o que não é mais viável.
7 – Ser claro sobre suas finanças é importante para projetar suas entradas em, pelo menos, três meses. Mesmo que a economia comece a expandir, o processo será gradual e ainda com altos e baixos, sendo muito arriscado manter projetos mais ousados.
8 – Cuidado com os empréstimos. Mesmo necessário para muitos casos, as entradas poderão não ser como antes, pelo menos por um tempo. Há muitos riscos envolvendo o pagamento dos empréstimos, que pode prejudicar ainda mais uma situação que já está difícil. Busque seu gerente para avaliar as possibilidades, com valores e prazos, para tomar uma decisão mais assertiva e menos impulsiva.
9 – Para quem paga aluguel, busque negociar valores diretamente com o dono. A maior parte tem aceitado manter um valor mais baixo, acompanhando a situação de pandemia do momento.
10 – Caso tenha contas atrasadas, procure priorizar as mais urgentes e que vão manter o seu negócio funcionando. As outras, procure parcelamentos e novos prazos.
11 – Com os fornecedores, tentar negociar prazos e valores para manter o estoque em dia. Em geral, a postura tem sido a mesma que os alugueis e bancos.
12 –Reavalie o seu próprio negócio, identificando as novas formas de consumo do seu produto e as necessidades que o momento está possibilitando. Não se esqueça que o número de pessoas nas ruas mudou, as pessoas estão mais em casa, buscando delivery e uma série de demandas que antes não existiam.
13 – Mantenha o contato com seus clientes. Ofereça alternativas e soluções para o momento atual, com mais flexibilidade para entender as suas necessidades e apresentar opções.
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