Terminar o segundo grau e iniciar uma universidade fazem parte de um rito de passagem para a maioria dos jovens. Afinal, é um momento de decisão sobre qual o melhor caminho a seguir, para conquistar seus objetivos e sonhos. E muitos passam a assumir a responsabilidade sobre suas escolhas, inclusive a respeito de suas finanças.
Ainda com pouca ou nenhuma renda, os desafios para o universitário só aumentam, já que ele se depara com a necessidade de arcar com os cursos, congressos e livros que almeja, com festas e viagens que exercem um grande atrativo nessa faixa etária. É fundamental aprender a fazer um bom planejamento financeiro para evitar uma cadeia de problemas no futuro próximo.
A educação financeira como princípio
A educação financeira ainda é um projeto distante para a maior parte das pessoas. Mas é cada vez maior a procura sobre o assunto e o interesse em organizar suas finanças, especialmente diante dos sucessivos impactos econômicos que vêm ocorrendo no país.
Enquanto falar sobre dinheiro ainda é um tabu no Brasil, os índices de inadimplência só sobem, reflexo das flutuações econômicas, da pandemia e, principalmente, da dificuldade em lidar com sua renda e poupar.
Em geral, é mais comum gastar mais do que se ganha e não conseguir assumir os seus empréstimos e acordos financeiros. Se antes o motivo era a desorganização das finanças, hoje o desemprego e a inflação se tornaram o principal vilão para a inclusão do CPF nos serviços de proteção ao crédito do país.
Mesmo que a economia do país e até do mundo estejam colaborando com a inadimplência, ainda assim ela é um reflexo da dificuldade que o brasileiro tem em manter suas contas em dia e se endividar somente até um teto base mensal, de acordo com os seus rendimentos.
Se é difícil fazer o que parece tão simples, é ainda mais complexo fazer com que alguém, que já tem dificuldades para honrar seus compromissos, ainda consiga fazer uma economia regular para ter uma reserva financeira disponível em momentos de aperto.
O processo de economizar e valorizar beneficamente o dinheiro, é um processo que pode começar de casa e com as crianças. Mas exerce um peso grande quando começa a vida universitária. O mundo real, fora da proteção total dos pais, pode ser bem difícil quando o dinheiro é curto e as necessidades ultrapassam suas posses.
É a hora de começar a pensar em poupar, organizar suas finanças e fazer os primeiros passos serem prósperos para colher bons frutos num futuro próximo. Afinal, os erros e acertos dessa fase são importantes para definir um perfil econômico e ser determinante para o sucesso na carreira escolhida e até na vida pessoal.
Como organizar suas finanças
Os bancos começaram a olhar com mais atenção para os universitários, criando facilidades para esse perfil de cliente e até ofertando mimos como taxas menores, crédito mais facilitado e acesso a programas parceiros para estágios, entre outros benefícios.
Claro que os bancos não investem tanto num perfil para perder. Considerados como “minas de ouro”, o público jovem é a renovação da carteira de clientes das agências. O início da vida adulta, com acesso a créditos e investimentos, com perspectivas de crescimento progressivo, de acordo com o desenvolvimento da própria carreira.
Mas o investimento no público universitário, embora ainda seja muito importante para os bancos, perdeu parte do incentivo diante das dívidas que começaram a surgir. Sem o aprendizado cotidiano sobre educação financeira, o acesso a crédito fácil e até cheque especial levou pessoas jovens a terem seus nomes incluídos nos cadastros de proteção ao crédito.
Perder o controle sobre os gastos e recebimentos é bem comum na população, sendo natural que o jovem acabe repercutindo esse tipo de comportamento quando tem acesso ao crédito. Por isso, é fundamental aprender a fazer um planejamento financeiro para universitário, para aproveitar o benefício a seu favor.
Para ajudar nesse processo, separamos 5 dicas de planejamento financeiro universitário, para serem postos em prática o quanto antes!
1 – Crie uma conta universitária
Hoje há bancos públicos e privados que oferecem contas específicas para universitários, com vantagens específicas e até orientações personalizadas para usufruir dela da melhor forma. É importante apresentar toda a documentação básica para a abertura de uma conta, assim como a declaração da faculdade especificando o período e detalhes da matrícula.
2 – Baixe aplicativos de controle de gastos
Há aplicativos relevantes sobre controle de gastos, bastante fáceis de manuseio e que vai ajudar a organizar recebimentos e gastos. Ter tudo anotado que entra e sai na conta, ajuda a não se perder com futilidades e não esquecer das datas de vencimento.
3 – Economize
A conta e o aplicativo de controle de gastos vão permitir uma melhor visualização de como utiliza seu dinheiro. Isso significa que será mais fácil entender quanto é gasto com detalhes que poderiam ser diminuídos ou cortados e como isso pesa negativamente no orçamento. Gastos como cafezinho, lanches, doces e consumo em bares, feitos regulamente, ganham um peso grande quando colocados detalhadamente no papel.
Com esse olhar mais atento aos gastos desnecessários, é possível entender que parte desse dinheiro pode e deve ser reservado para economizar. Manter uma porcentagem dos recebimentos reservados para investimentos, permite oferecer uma maior segurança em situações emergenciais e a possibilitar a realização de sonhos como viagens, cursos e até investir no próprio negócio após a formatura.
4 – Tenha fonte de renda
Muitos universitários vivem de mesadas, enquanto outros precisam trabalhar para se manter. Enquanto muitos estágios não têm remuneração ou a bolsa só atende aos gastos diretos com o trabalho, é preciso pensar que só é possível manter as finanças quanto há entradas financeiras.
Fazer estágios ou conseguir bolsas da universidade é uma forma de ampliar seus estudos, colocar em prática o aprendizado e manter ganhos financeiros. Sem contar que estar no mercado é ser visto, o que pode influenciar nas futuras vagas de trabalho que podem surgir.
Outro tipo de rendimento são os trabalhos temporários, normalmente realizados nas férias. Há também trabalhos autônomos, sem horários rígidos, assim como outros que aproveitam o seu talento pessoal como forma de ganhar dinheiro. Não por acaso, é bastante comum ver estudantes universitários vendendo doces e salgados, bijuterias e outros tipos de trabalhos feitos por ele mesmo.
5 – Não faça dívidas
Para o estudante universitário, o foco principal é com os estudos. Portanto, evite fazer dívidas, adquirir empréstimos e arcar com pendências financeiras em médio e longo prazo. Isso pode impactar negativamente no seu orçamento e dispersar sua organização.
Muitas vezes, é muito mais vantajoso juntar dinheiro para comprar à vista, do que entrar em um crediário interminável e cheio de juros embutidos.
6 – Exercite a disciplina e a motivação
Assim como é preciso manter a motivação para estudar e terminar os estudos, esse sentimento também é necessário para manter as finanças em dia. Perder o foco pode ser definitivo para o caos financeiro e difícil e reverter positivamente. Evite esmorecer nas dificuldades e mantenha seu foco para seus objetivos finais.
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