Para um cidadão comum, que nunca se aventurou no mercado de ações, esse tipo de investimento pode parecer complicadíssimo e específico para quem tem muito dinheiro para aplicar. Considerado um risco alto, mas também de grande rentabilidade, os iniciantes se perdem nas siglas e evitam arriscar na bolsa de valores.
É natural esse medo de mergulhar num mundo repleto de siglas, que muitas vezes envolve quantias relevantes e está sempre no noticiário, movimentando a economia. Mas na prática, qualquer cidadão pode colher frutos com o investimento no mercado de ações, basta ficar mais atento as dicas de economistas para desmitificar esse tipo de investimento e lucrar com ele.
A Bolsa de Valores
Após a decisão de investir nesse meio, a primeira dúvida é como analisar o mercado de ações e fazer a melhor escolha para o valor que tem para investir e com o atual momento da economia. É preciso entender que agir por impulso e fazer opções baseadas em informações globais, não ajudam em nada a ter mais segurança de retorno. Ao contrário, pode prejudicar bastante o seu investimento e causar perdas astronômicas.
Na prática, estudar é a palavra-chave para ter sucesso no mercado de ações. A lógica do ambiente da bolsa de valores é bastante específica, mas muito mais fácil de compreender do que se imagina. Uma delas é que uma ação corresponde a menor parte do capital de uma determinada empresa e ao adquirir ações dela, está também adquirindo direitos e deveres de sócio.
As ações que são negociadas na Bolsa de Valores são registradas na Comissão de Valores Mobiliários (a CVM), por pertencerem a uma companhia aberta. Há diversos interesses e vantagens de ser um acionista de uma empresa, mas a mais procurada é obter benefícios com os bons resultados que ela provém.
Isso significa que se uma empresa aberta obtém lucro, os sócios recebem dividendos de acordo com a proporcionalidade de suas ações. A valorização do preço dos papeis dessa companhia, baseado em fatores como seu crescimento financeiro e da perspectiva do setor que ela atua, pode fazer com que esse mesmo acionista venda seus papeis por uma porcentagem muito acima da que adquiriu. O que pode gerar imensas fortunas.
A bolsa de valores é o local onde essas ações são negociadas, estando lado a lado quem quer comprar e quem quer vender. Os sistemas que provocam essa negociação são bastante sofisticados, para assegurar a maior transparência e maior liquidez para as partes. As plataformas apresentam listas das ações disponíveis, o registro, sua compensação e liquidez, assim como a divulgação das ações disponíveis e as consequências das vendas para a economia.
Há apenas uma Bolsa de Valores atuante no Brasil, fusão da Bovespa, BM&F e Cetip, em São Paulo. Chamada de B3, além de compra e venda de ações, ela também atual em derivados de ações, títulos públicos federais, títulos de renda fixada, moedas à vista, commodities agropecuários, derivados financeiros, gerenciamento de riscos entre outros.
Só assim o investidor posse sentir segurança em se desfazer de suas ações, no momento que acharem melhor. E principalmente, estimulando ao mercado de investimento, a partir para a compra de ações sem medo de cometer erros e ter grandes perdas financeiras.
O ambiente da Bolsa de Valores é regulado por entidades como o CVM – Comissão de Valores Mobiliários, o CMN – Conselho Monetário Nacional, o Bacen – Banco Central, a SUSEP – Superintendência de Seguros Privados entre outros.
Aprenda a analisar o mercado de ações
Não é possível dar uma garantia total de que um negócio será bem-sucedido a longo prazo. Por isso, o investimento em ações é considerado de risco. Como a tecnologia e a ciência avançam consideravelmente, algo que é considerado moderno atualmente, pode ficar obsoleto rapidamente num futuro próximo.
Por isso, empresas que olham para o futuro estão sempre buscando novas oportunidades de expandir seus negócios. E isso é um dos pontos a serem avaliados, para quem decide investir no mercado de ações. Há empresas que iniciam seu negócio com um produto impactante e mesmo com absoluto sucesso no mercado, abre espaço para alternativas que vão não só abrindo espaço para novas possibilidades de público, como também dá suporte a venda principal.
Dessa forma, empresas famosas como a Coca Cola, permanecem no topo das mais bem sucedidas no mundo, há décadas. Mas para o investidor, não basta pensar apenas em empresas desse porte para se dar bem no mercado de ações. Abaixo, listamos 8 passos para se tomar, ao analisar o mercado de ações e fazer escolhas assertivas:
1 – Sua urgência no mercado
O produto ou serviço oferecido pela empresa é realmente necessário? As pessoas estão precisando dele de fato? Essa observação também vale para como a empresa em questão está atuando para abranger o mercado que faz parte.
2 – Qual o mercado dessa empresa?
Há empresas que possuem um limitado campo de atuação, que pode ficar ainda menor diante da concorrência local. E com isso, perder o seu gás para futuros investimentos.
3 – Oferta e Procura
Quando o preço do produto é muito alto, a base de clientes fica bastante reduzida. O contrário também acontece, já que se os valores forem bem abaixo da média, o cliente pode ver o produto como inferior e não o adquirir.
Porém, se o mercado para esse produto é amplo e pouco desbravado, é possível cobrar um valor maior e obter lucro com isso, diante da urgência do produto ou serviço.
4 – Qual o custo de um cliente?
Há produtos que pouco precisam para divulgar seu produto, diante da própria necessidade dele. Porém, outros possuem custos elevados para obtenção e manutenção do cliente, principalmente diante da concorrência. Saber sobre isso é fundamental para entender o custo e o quanto é preciso dispor para que a roda continue girando e ascendendo.
5 – Custo de frete
O custo de frete normalmente é elevado, já que o Brasil tem um imenso território e na maioria das vezes é feito por via terrestre. O tempo de entrega, o valor e a mão de obra estão sempre incluídos em cada produto, direta ou indiretamente, fazendo com que caia sobre ele um peso que pode dificultar sua expansão.
6 – Há exclusividade?
A exclusividade do produto ou serviço é bastante relevante para valorizar os papeis da empresa. Afinal, se o produto é difícil de ser copiado pela concorrência e é essencial, suas ações adquirem um bom valor de mercado. Para as ofertas que não são exclusivas, é preciso focar no diferencial que possui, os pontos de destaque da concorrência entre outros aspectos.
7 – Entrada no mercado
Há empresas que precisam de um tempo para entrar com seu produto ou serviço no mercado, impactando a geração de retorno financeiro e lucros. Muitas não conseguem fôlego suficiente para manter o dinheiro em caixa até o retorno chegar, sendo assim, são consideradas frágeis no mercado de ações.
8 – Conhecer os indicadores de avaliação.
As ações são avaliadas com base na análise técnica, que usa gráficos para observar o desenvolvimento do preço das ações, e a análise fundamentalista, com base em dados econômicos e indicadores financeiros.
Para realizar uma boa análise fundamentalista, é preciso conhecer os indicadores usados para avaliação, tais como:
- Indicador Preço/Lucro (P/L) – é o mais usado no mercado de ações, já que permite determinar quando uma ação está barata ou cara para compra e venda. Inclusive, ele é muito eficaz na comparação entre empresas do mesmo setor;
- Cotação da Ação/Lucro por Ação – o cálculo é: lucro por ação = lucro total e número de ações que foram emitidas. As ações ficam mais atrativas para o mercado a partir do P/L menor, já que ficam mais baratas para compra.
- Indicador de Preço/ Valor Patrimonial Ajustado – esse indicador compara o valor de mercado da empresa que oferta as ações, com o valor contábil que ela possui. Uma empresa é “barata” se o seu P/VPA estiver baixo;
- Índice de distribuição – determina o valor líquido de lucro dado aos acionistas de uma empresa;
- Índice Dividend Yield – a análise é sobre os dividendos pagos;
- Retorno Sobre Capital Social – mede a lucratividade das empresas do mesmo setor, a partir da margem de retorno dado aos acionistas;
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