Vários fatores podem levar ao endividamento. A falta de planejamento financeiro, desemprego e a má gestão dos negócios são os principais motivos do acúmulo de dívidas. Seja qual for a razão, o que importa é buscar a melhor estratégia para sair do vermelho o quanto antes. É um processo que exige um enorme esforço pessoal para colocar as finanças em ordem e limpar o nome na praça.
8 dicas que ajudarão você a ficar livre das dívidas
1. Analise a situação com calma e objetividade
Não entre em desespero ao analisar a sua planilha financeira, com saldo negativo, muitas contas vencidas e lançamentos futuros. Você só precisa entender qual é a sua real capacidade financeira para sair do vermelho. Os cálculos são necessários para que você tenha um panorama da situação, saiba como lidar e sanar suas dívidas no menor prazo possível. É essencial conhecer qual o valor disponível para planejar a renegociação com os credores.
Mesmo que você esteja desempregado, não deixe de analisar a situação financeira. Verbas rescisórias, seguro-desemprego e FGTS, obviamente, são recursos que precisam ser utilizados com planejamento para não comprometer ainda mais a sua situação. Se você tem um negócio próprio e as contas estão no vermelho, avalie o que é possível fazer para não precisar fechar as portas e ainda ficar com dívidas.
2. Não empurre as dívidas com a barriga
Se você chegou ao final do mês sem dinheiro para quitar todas as contas, não fique à espera de um “milagre financeiro” para resolver o problema. A inadimplência torna a dívida mais cara e, consequentemente, é difícil pagá-la. Portanto, reserve um tempo para fazer a lista de todas as despesas fixas com moradia, alimentação, transporte, saúde e educação e a lista das dívidas.
O ideal é organizar os valores em uma linha de tempo, ou seja, mês a mês, conforme os prazos dos boletos vencidos e lançamentos futuros. Dessa forma, é possível calcular o seu déficit orçamentário atual, visualizar as dívidas mais caras (cartão de crédito e cheque especial), prazos dos contratos e as despesas que podem ser reduzidas. Ao subtrair de sua renda o valor total das despesas fixas, você saberá qual o valor disponível para renegociar as dívidas.
3. Reorganize o orçamento e mude hábitos de consumo
Uma maneira de aumentar a capacidade financeira é reorganizar o orçamento doméstico, reduzindo o valor das contas de água, luz, telefone, internet e gás. Também é possível diminuir as despesas do supermercado, padaria e feira. Basta eliminar os supérfluos, abrir mão das marcas, não estocar produtos e mudar hábitos de consumo para diminuir o desperdício de alimentos.
Outra medida é cortar os gastos com restaurantes e lanchonetes, bilhetes de cinema, teatro, shopping center, viagens. Reduza ou elimine todas as despesas que não comprometem a qualidade de vida. Nas compras futuras, pesquise preços e acompanhe as ofertas. É importante que a família também saiba como lidar e sanar suas dívidas. Não adianta você fazer um esforço para equilibrar o orçamento doméstico, enquanto os familiares continuam esbanjando dinheiro.
4. Planeje a renegociação das dívidas
Depois de reorganizar o orçamento doméstico e saber qual o valor mensal disponível para o pagamento das dívidas, você deve fazer uma lista decrescente, ou seja, em primeiro lugar a dívida com maior taxa de juros e, assim sucessivamente, até a fatura com juro menor. Dívidas bancárias e cartão de crédito, com certeza, são as que têm juros exorbitantes. Em seguida, entre em contato com os credores para renegociar os contratos. É importante ter em mente que a soma das parcelas mensais dos contratos renegociados não ultrapasse o valor que você tem no bolso para efetuar os pagamentos mensais.
Avalie se compensa quitar uma dívida de cada vez, no menor prazo possível ou até mesmo à vista, se a empresa oferecer uma proposta imperdível. Só tome decisões após analisar as propostas de todos os credores e confrontá-las com a sua renda mensal. Se possível, evite contratos de longo prazo, pois imprevistos podem levar você à estaca zero, com novas dívidas.
5. Aproveite as ofertas dos “feirões” para limpar o nome
Bancos, empresas e órgãos como o Serasa costumam realizar campanhas para reduzir o nível de inadimplência. Nestes momentos, o consumidor tem a chance de sanar suas dívidas, com a isenção parcial ou total de juros, no pagamento à vista, ou com taxas de juros mais baixas quanto ao contrato inicial, caso opte pelo parcelamento do saldo devedor.
Em geral, a renegociação é online ou por telefone. Ao informar os dados solicitados, o sistema apresenta o demonstrativo das dívidas e as condições para pagamento à vista ou parcelado. Em alguns casos, os descontos nos juros chegam a 90%. Portanto, fique de olho nestas oportunidades para sair da inadimplência.
6. Tente aumentar a renda, com outros trabalhos
Quando o orçamento está muito apertado, o jeito é buscar uma fonte extra de renda. Portanto, avalie a sua vida profissional e a rotina diária para saber se é possível encaixar algum serviço extra remunerado. Diante de uma crise financeira é fundamental que você saiba como lidar e sanar suas dívidas, com criatividade e esforço pessoal.
É claro que uma atividade secundária não pode comprometer a saúde nem prejudicar o rendimento no trabalho principal, porém, contar com uma renda extra é um meio para sair do vermelho o mais rápido possível. Novamente, é fundamental o suporte da família e dos amigos. Ao buscar uma saída para os problemas financeiros, muita gente acaba desenvolvendo o espírito empreendedor e criando negócios mais rentáveis.
7. Considere fazer um empréstimo pessoal para quitar todas as dívidas
Outra possibilidade é trocar todas as dívidas por apenas uma, ou seja, obter um empréstimo para quitar os débitos à vista. Verifique se é viável obter um empréstimo bancário ou, por intermédio de uma financeira, que seja suficiente para quitar todas ou, pelo menos, as dívidas mais caras. Assim, em vez de gerenciar vários contratos, você só terá uma fatura mensal para pagar, a do empréstimo.
Faça a simulação de empréstimo, mas evite uma decisão impulsiva, sem planejamento. Mantenha-se no controle da negociação, buscando condições de pagamento mais vantajosas para você. O objetivo é colocar as contas em dia e não precisar lidar com tantos credores ao mesmo tempo. Só não troque seis por meia dúzia!
8. Se necessário, busque ajuda profissional
Caso você não consiga ver uma luz no fim do túnel, não hesite em buscar ajudar para negociar as dívidas. Existem grupos de apoio e programas realizados por órgãos do Poder Judiciário e Defesa do Consumidor que auxiliam as pessoas altamente endividadas a sanar as finanças pessoais, a partir da renegociação com credores e da educação financeira.
Informe-se sobre os canais de atendimento disponíveis em sua região, como o Procon, Defensoria Pública, Serasa, SPC, Conselho Nacional de Justiça, entre outros. Não fique de braços cruzados, afundando em dívidas! Por pior que seja a sua situação, com orientação e assistência profissional, é possível sanar suas dívidas.
Um ponto importante desta jornada é compreender as causas do endividamento para que você consiga adotar uma nova postura em relação ao dinheiro, passando a poupar mais ao invés de gastar sem planejamento e controle financeiro.
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