A imagem de vários homens gritando em frente a computadores, negociando milhões, é emblemática e até poucos anos, definiam o entendimento do que era o mercado de ações. Afinal, investir na bolsa de valores era coisa para quem tinha poder aquisitivo para tal. Inatingível para meros mortais, o mercado de ações parecia um labirinto de números e cálculos que só entendidos poderiam se sair bem na investida.
Quando a educação financeira passou a ser comentada mais abertamente e as pessoas passaram a compreender melhor os tipos de investimento, a bolsa de valores deixou de ser um bicho de sete cabeças, para se tornar uma opção real de lucratividade para qualquer mero mortal, interessado em economizar. O fascínio sobre a bolsa de valores tem encantado principalmente os Iniciantes em investimentos, que passaram a pesquisar mais sobre o assunto, para ver na prática seus sonhos de crescimento financeiro serem realizados.
A origem da bolsa de valores
Quando o assunto é investimento, é inevitável pensar no mercado de ações e na bolsa de valores. Há uma tendência a acreditar que esse tipo de investimento reserva uma maior rentabilidade e reais chances de crescimento financeiro mais rápido, porém é preciso conhecer o mercado para conseguir fazer boas aplicações.
Considerado de médio a alto risco, o mercado de ações pode levar a grandes lucros, mas também a grandes perdas, caso as escolhas tenham sido feitas sem embasamento e organização. Assim como todos os outros investimentos, o conhecimento sobre suas movimentações e se eles estão de acordo com a sua necessidade, fazem toda a diferença no resultado final.
A origem da bolsa de valores gera controvérsias, já que muitos afirmam ser oriunda do Collegium Mercatorum Romano, outros contam como seus primórdios os tipos de negociações realizadas nos bazares palestinos, chamados de Fundacks. Ou ainda o Emporium Grego. Todos com um ponto em comum: eram locais em que negociadores se encontravam para comprar e vender mercadorias, a partir de uma espécie de pregão, quando há a exposição de ofertas e a melhor leva.
Esse tipo de negociação foi se adaptando as necessidades das populações, até que em 1487, em Bruges na Bélgica, foi fundada a primeira bolsa de valores dos tempos modernos. A expansão comercial estimulou a criação dessa forma de negociação e a lapidou para as suas necessidades. Além disso, quando surgiu a palavra “bolsa” para definir o mercado de ações. A origem mais aceitável é de que os mercadores e comerciantes de reuniam numa casa, cujo brasão da família continha três bolsas desenhadas.
Esses encontros permitiam a compra e venda de moedas, metais preciosos como ouro, letras de câmbio e outros. Com a expansão das navegações e o princípio da industrialização, foram criadas novas bolsas de valores, na sequência a da Antuérpia, também na Bélgica, em Amsterdam, na Holanda, Lyon, Marselle e Bordeaux na França e a Royal Exchance em Londres.
A bolsa de valores de Nova Iorque foi fundada em 1792, por um grupo de vinte e quatro corretores. Como a primeira reunião foi realizada num plátano, ao ar livre em Wall Street, assinaram o primeiro Acordo do Plátano, que criou um grupo fechado de investidores, que só podiam negociar entre eles. A primeira sede física foi fundada em 1817, a New York Stock Exchange, expandindo os trabalhos para a cotação de ações bancárias e seguradoras.
Até o fim do século XIX, o mercado de ações era tímido sobre os investimentos. A maior parte dos valores financiados eram vindos do governo, sendo basicamente de bancos e construtoras. Como as indústrias ainda não possuíam grande porte no período, os proprietários de terra tinham mais poder de compra e lideravam as negociações.
Só no século XX que a bolsa de valores ganhou as características conhecidas até hoje, como o famoso pregão com viva-voz, operadores gritando e salas de negociações. Só com o surgimento do pregão eletrônico o quadro foi sendo modificado lentamente, já que os sistemas começaram a ser acessados diretamente pelos corretores de valores.
Bolsa de Valores para iniciantes
A bolsa de valores é um mercado onde o produto comercializado são ações. As ações são títulos de empresas, que representam uma porcentagem do seu capital a ser comercializado. Quando alguém compra ações de uma determinada empresa, ela passa a se tornar sócia dela e a receber os lucros e também dividir os prejuízos, de acordo com a parte que lhe cabe.
Ao abrir ações para serem comercializadas na bolsa de valores, a empresa tem como objetivo seu crescimento. Já que obtém mais dinheiro para investimentos, que permitem uma maior lucratividade e expansão de seus negócios.
Mesmo que a primeira bolsa de valores tenha sido a de Bruges, foi em Amsterdã que começou a ser emitidas e comercializadas as primeiras ações. Eram da Companhia Holandesa das Índias Orientais, cujo capital vinha da colonização da Ásia. Foi também na bolsa holandesa que ocorreu a primeira bolha financeira, que ao estourar provoca uma cascata de prejuízos.
Chamada de bolha das tulipas, em 1593 as tulipas começaram a ser plantadas na Holanda, sendo de origem de Constantinopla. A beleza e raridade das plantas incentivaram aos locais a começarem a furtar os seus bulbos para começarem a comercializar as flores. A fixação era tanta, que resultou em muita especulação no preço de sua venda. Na bolsa de Amsterdã, em apenas um mês houve um aumento de até 20 vezes a mais do valor das flores.
Tudo porque o processo de florescimento da tulipa pode demorar até doze anos, fazendo com que a venda da planta se tornasse muito restrita. Com isso, especuladores holandeses se aproveitaram da febre sobre a tulipa, onde inúmeras pessoas foram capazes de vender seus bens para adquirirem um bulbo de tulipa, e fizeram contratos futuros das plantas.
Quando um não conseguiu honrar o contrato e entregar a planta, os investidores se desesperaram e o preço despencou. Com isso, a depressão econômica se instalou e repercutiu em outros mercados internacionais. Ainda hoje, a tulipa é a flor símbolo da Holanda e outras tantas situações semelhantes causaram quebra de bolsa de valores, falência de empresas e pessoas e inúmeras crises mundiais.
O embrião da Bolsa de Valores no Brasil foi criado em 1843, no Rio de Janeiro, que logo se expandiu para mais 27 bolsas de valores espalhadas pelo Brasil. A sua base foi, até 1970, a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Porém, com a ditadura militar, a Bovespa, em São Paulo, foi dominando o mercado de ações, até que na década de 2000 as bolsas de valores brasileiras se integraram e a Bovespa se fundiu com a Bolsa de Mercadorias e Futuros, se tornando uma das maiores do mundo na época.
Chamada de B3 (Brasil, Bolsa e Balcão), a bolsa de valores oficial do Brasil hoje tem sede em São Paulo, com patrimônio que a leva a estar entre as mais importantes e maiores do mundo. Ela conecta todas as bolsas de valores brasileiras, que negociam apenas títulos e mantém a referência com a Bovespa.
Para quem quer começar a investir no mercado de ações, se beneficia hoje da tecnologia para melhor compreensão e manejo dos investimentos. Toda a movimentação da Bolsa de Valores hoje é online, o que agiliza a compra e venda, assim como permite que um número muito maior de pessoas possa participar desse processo.
Cada corretora tem acesso a uma plataforma, onde o investidor tem acesso até mesmo pelo seu smartphone, em qualquer lugar do mundo. Porém, há horários e dias específicos para os pregões online onde as funções começam a partir das 9h30 e vão até às 18h. Os investidores então compram e vendem ações, contratos futuros, derivados, tudo feito sem as antigas gritarias por telefone.
É muito importante acompanhar as oscilações do Ibovespa, que mostra os índices da bolsa de valores. Ele é um termômetro importante sobre como as ações reagiram as especulações do mercado e as alterações econômicas e políticas do país. Isso significa que noticias impactantes podem causar flutuações no mercado de ações, levando até mesmo pânico para os investidores ou empolgações.
Para decidir investir no mercado de ações, é preciso conhecer primeiro o seu próprio perfil. É preciso identificar onde quer chegar com seus investimentos, suas metas de aplicação e o prazo para retorno. Em seguida, é preciso abrir uma conta numa corretora de valores, que vai auxiliá-lo a tomar as primeiras decisões sobre seus investimentos com ações.
Para quem não sabe quais os ativos escolher e tem medo de arriscar muito, há empresas como a Petrobrás, Itaú, Vale do Rio Doce, Bradesco, Ambev, Banco do Brasil e Magazine Luiza, que estão entre as mais negociadas no momento e com maior rentabilidade. Mas como há uma flutuação no mercado, é preciso se aliar a boas parcerias nas corretoras, para ajudá-lo a fazer escolhas mais assertivas.
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