Dentre todos os serviços financeiros disponibilizados ao público atualmente, o cheque especial é um dos que mais podem gerar dúvidas. Isso se deve, em especial, ao fato de que, muitas vezes, as informações falsas e verdadeiras se confundem, de modo que os clientes não saibam exatamente em que acreditar com relação a esse serviço.
Estas dúvidas e questionamentos podem fazer com que o uso do cheque especial não seja o melhor possível e pode até mesmo levar muitas pessoas a se endividar por conta disso. Justamente por conta desse risco é que se deve buscar saber o que é verdade – e o que não é – a respeito do cheque especial.
Para te ajudar com isso e permitir que você possa avaliar com segurança se o cheque especial é uma boa opção (ou não) para você, confira, a seguir, quais são alguns dos principais mitos e verdades sobre o cheque especial.
O cheque especial é uma modalidade de empréstimo? Verdade!
Embora tenha uma contratação e até mesmo uma utilização bastante diferente dos empréstimos pessoais e consignados, por exemplo, o cheque especial se encaixa, sim, como uma modalidade de empréstimo. Isso porque é um dinheiro liberado pelo banco para seus clientes, de modo que possam utilizá-lo a qualquer momento e pagar, posteriormente, com uma taxa de juros.
A principal diferença, entretanto, é que não é preciso solicitar esse empréstimo, aguardar a liberação do dinheiro e somente depois ter acesso ao valor. Diferentemente disso, o cheque especial é um valor que fica disponibilizado em sua conta corrente e pode ser utilizado a qualquer momento – e que terá a cobrança de juros apenas se houver a utilização desse dinheiro.
As taxas de juros do cheque especial são as mais altas do mercado financeiro? Verdade!
Algo que faz com que muitas pessoas tenham medo de utilizar o cheque especial é uma verdade sobre esse serviço, que são as elevadas taxas de juros aplicadas neste tipo de empréstimo. Mesmo nos bancos que possuem as menores taxas de juros sobre o cheque especial, esse valor pode chegar próximo a 10% ao mês, um valor muito acima dos empréstimos tradicionais, que podem ter taxas que variam entre 2% e 6%, por exemplo.
Porém, não é apenas o elevado valor das taxas de juros que faz com que o cheque especial seja uma forma muito fácil de se endividar e gerar problemas para a sua vida financeira. Além disso, ainda há o fato de que os juros compostos são aplicados a essa dívida, os famosos juros sobre juros.
Desta maneira, uma dívida de mil reais com o cheque especial, no início do ano, pode chegar a até quatro mil reais no fim do mesmo ano. Justamente por isso é que o ideal é, se você utilizar o cheque especial, cobrir esta dívida o mais rápido possível, para evitar esse acúmulo de juros.
As contas em débito automático não podem afetar o cheque especial? Mito!
Um erro bastante comum e que pode prejudicar muitas pessoas em decorrência da utilização de seu cheque especial é a imaginação de que as suas contas em débito automático não afetam esse serviço se não houver dinheiro em sua conta. Diferentemente disso, o valor do cheque especial é, sim, utilizado para cobrir pagamentos agendados em débito automático, caso o valor de sua conta não seja suficiente para a realização destes pagamentos.
Isso pode fazer com que o dinheiro deste limite seja utilizado sem que algumas pessoas saibam, o que gera um problema ainda maior pela falta de um planejamento e o início de uma nova dívida com juros mais elevados.
Assim, se você possui contas em débito automático, o ideal é sempre garantir que você tem o valor necessário para o pagamento destas contas na data de seu vencimento. Caso isso não seja possível, busque desativar o débito automático antes que o valor seja debitado, pois o cheque especial será utilizado e começará a cobrar juros sobre a sua utilização.
A dívida do cheque especial pode fazer com que uma conta seja bloqueada? Verdade!
As contas bancárias são um serviço essencial para qualquer pessoa, pois é por meio delas que salários e outros benefícios são pagos, de modo que todos os trabalhadores precisem destas contas. Essa necessidade faz com que o uso do cheque especial deva ser ainda mais cuidadoso, pois uma dívida muito alta – e em atraso – com o seu banco pode gerar o bloqueio de sua conta.
Isso, porém, acontece após um período muito grande e o acúmulo da dívida, de forma que pequenas utilizações do cheque especial e pagamentos dentro do prazo não significam grandes riscos.
No entanto, dívidas elevadas e não pagas que começam a gerar valores muito altos podem ter consequências ainda piores do que o bloqueio de sua conta bancária. Além deste problema, o banco pode, ainda, buscar a penhora de seus bens na justiça, como uma forma de quitar o seu débito pelo uso do cheque especial.
Assim, dívidas antigas e que seguem com o acúmulo de juros sobre juros podem fazer com que bens de alto valor, como carros e imóveis, sejam penhorados pela justiça para a quitação de seu débito. Essa, porém, é uma consequência extrema e não algo corriqueiro ou que aconteça com qualquer dívida do cheque especial.
Todas as pessoas têm direito a um cheque especial? Mito!
O cheque especial não é um direito garantido a todas as contas bancárias, mas sim um serviço disponibilizado pelos bancos para clientes com um crédito previamente aprovado. Ou seja, ter ou não um cheque especial é algo que depende do interesse da instituição financeira em lhe fornecer dinheiro emprestado.
Além disso, o valor do cheque especial pode ser mais alto – ou mais baixo – de acordo com a avaliação de crédito feita pelo banco para cada cliente. Assim, é possível que diferentes pessoas com contas em um mesmo banco tenham limites de cheque especial distintos, ou que uma delas sequer tenha esse serviço liberado em sua conta bancária.
Agora que você sabe um pouco mais sobre o cheque especial e sobre os mitos e verdades relacionados a ele, analise ainda melhor a utilização desse serviço em seu dia a dia. Esse cuidado pode evitar que você contraia dívidas elevadas e que sejam difíceis de serem pagas, o que comprometeria toda a sua vida financeira.
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