Conheça o RDB, modalidade de investimento criada pela Nubank

A Nubank é uma empresa startup brasileira fundada em 2013, sendo inclusive, a primeira empresa startup financeira. Sediada em São Paulo, a Nubank opera com cartões de crédito e fintech de operação no Brasil. No ano passado, já contava com pouco mais de mil funcionários na sede.

Além de ser uma nova empresa no segmento, existem outros motivos da Nubank ter crescido tanto em tão pouco tempo. Seu cartão de crédito, por exemplo, não tem anuidade, é feito através de uma conta virtual que pode ser acessada a qualquer momento através de um aplicativo da plataforma, consultando as últimas compras e fechamentos de faturas. Além disso, ainda no app, também é possível gerar a próxima fatura e até mesmo pedir aumento do limite do seu cartão.
Outra questão muito elogiada pelos usuários, é o atendimento. Tudo feito diretamente pelo aplicativo, desde solicitações a reclamações, o atendimento é humanizado. Os problemas, além de serem resolvidos rapidamente, também se tornam mimos. Alguns clientes relataram até mesmo o recebimento de cartinhas feitas à mão pelos atendentes.
São várias as pequenas vantagens do cartão de crédito roxo. Inclusive, antecipação de parcelas, que pode gerar descontos no momento do pagamento. A grande sacada do cartão de crédito Nubank é a praticidade. Por isso, foi tão facilmente aderido ao cotidiano dos brasileiros. É fácil encontrar um cartão roxinho em todos os cantos da cidade.
Mas além do cartão de crédito, a Nubank ainda conta com a Nuconta. É como uma conta corrente de um banco tradicional, mas como era de se esperar, ainda é completamente diferente dos serviços já conhecidos. A Nuconta rende mais do que uma poupança, não conta com papeladas ou agências físicas. Além disso, a conta pode ser aberta de forma rápida e você pode começar usar na mesma hora.
As transferências são gratuitas e ilimitadas entre Nucontas, mas também permite o agendamento de transferências entre bancos, os já conhecidos TEDs (Transferência Eletrônica de Valores).
O rendimento é diário, de acordo com a taxa CDI (Certificados de Depósito Interbancário). CDI são títulos emitidos por instituições financeiras, que tem como objetivo transferir recursos entre as instituições que tem uma reserva e as instituições que necessitam de capital para repor caixa. A taxa acompanha de perto a famosa taxa Selic, e muda mensalmente, em fevereiro estava em 0,49%. No ano passado, o acumulado no ano chegou a 6%.
Nos primeiros meses deste ano, já era estudada a possibilidade do cartão Nuconta se tornar débito. A função foi liberada aos poucos, para os clientes que já estavam inscritos em uma lista de espera previamente programada.
A Nuconta ainda não tem nenhuma taxa. Seja de manutenção, transferência, depósito via boleto ou emissão de cartão débito. A única pequena tarifa é a de saque, R$ 6,50. Devido ao uso de redes externas que não estão ligadas diretamente ao Nubank.
E agora a Nubank apresenta mais uma novidade, RDB – Um investimento na Nuconta com proteção FGC.

RDB, modalidade de investimento da Nubank

O RDB, modalidade de investimento criada pela Nubank, é sigla de Recibo de Depósito Bancário e funciona assim: O RDB é, basicamente, um título com renda fixa, que tem a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). O cliente pode decidir se seus depósitos vão para o RDB ou para títulos do governo. Os dois contam com um rendimento de 100% do CDI, ainda superior a poupança. A tributação do RDB acontece da mesma forma dos títulos públicos, ou seja, existe a incidência de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre os juros, quando o dinheiro é usado menos de 30 dias depois da primeira aplicação. Além do Imposto de Renda, que vai diminuindo de 22,5% a 15%, de acordo com o tempo passado entre a data inicial do depósito.
Antes, a Nubank lançava os investimentos diretamente em títulos públicos. Ou seja, o patrimônio ficava separado e protegido pelo Banco Central. E não podia ser utilizado pela Nubank, uma empresa privada. Apesar de ser uma forma de investimento segura, dessa forma a aplicação de dinheiro não era feita pelo CPF do cliente e nem coberto pelo FGC.
O Fundo Garantidor de Crédito, é uma entidade sem fins lucrativos, que administra uma proteção para correntistas e aplicadores. Isso porque o FGC pode recuperar até R$ 250 mil em depósitos ou créditos de instituições financeiras. Em caso de falência, liquidação ou intervenção de qualquer natureza. Ou seja, ter a sigla FGC em um investimento bancário, significa segurança de que seu dinheiro ainda vai ter retorno, mesmo em casos extremos como a falência da empresa financeira. O limite de R$ 250 mil reais vale por CPF dentro da instituição.
A última atividade do FGC foi quando o Banco Neon, antigo Pottencial, teve suas atividades interrompidas pelo Banco Central, que encontrou diversas irregularidades e determinou a liquidação extrajudicial da empresa financeira. Os clientes do Neon foram notificados, via aplicativo, de como poderiam resgatar os investimentos.
Os futuros clientes da Nubank, com uma Nuconta ativa, poderão escolher agora entre os investimentos em títulos públicos, sem a FGC, e o RDB, modalidade de investimento criada pela Nubank, que está coberto com a proteção do FGC. Os antigos clientes, vão continuar com os fundos indo diretamente para os títulos públicos. Em caso de transferência para o RDB, aconteceria a incidência do Imposto de Renda, com alíquota dependendo da época em que a aplicação foi feita – vai diminuindo com o passar do tempo.
Mas a alíquota ainda é gerada de acordo com os ganhos, não o valor total da conta. Mesmo pagando o Imposto de Renda, os rendimentos são maiores do que uma poupança tradicional. No aplicativo da Nuconta, os valores são sempre atualizados em ganhos líquidos, com o Imposto de Renda já deduzido da conta.
A Nubank também deixa claro em seu site que todas as movimentações que podem ser feitas na conta, são feitas de forma a minimizar os impostos cobrados em cima dos rendimentos. A Nuconta seleciona, de forma automática, a melhor opção para que o cliente pague menos impostos.
Mas a grande diferença entre os títulos públicos e o RDB é a ligação direta com a Nubank. Com o sistema RDB, a empresa poderá utilizar emprestar o seu dinheiro. Ou seja, os valores investidos pelos clientes ficariam disponíveis para a instituição financeira, no caso, à Nu Financeira, o braço de operações de crédito da Nubank, que no fim do ano passado, teve sua autorização através do Banco Central.
Depois do empréstimo, a empresa pagará ao cliente o valor somado com juros equivalente a 100% do CDI. É exatamente por esse motivo que o RDB conta com a proteção do FGC.
O dinheiro que a Nubank vai pegar emprestado poderá servir para outros fins. Como por exemplo, oferecer empréstimos para outra categoria de clientes. A Nuconta tem testado o recurso de empréstimo para alguns clientes. No mês de maio foi cobrada uma taxa de 4,38% ao mês.
Milhões de clientes Nubank já contam com a opção entre RDB e títulos bancários. Mas a novidade ainda continua sendo optativa. Os clientes que preferirem se manter nos moldes do investimento em títulos públicos, poderão continuar dessa forma.

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