A maioria da população, não consegue separar uma fatia de seu salário para economizar, mesmo que seja uma porcentagem mínima. Na verdade, ela se desdobra para equilibrar o orçamento doméstico, porque as contas sempre parecem maiores que os ganhos.
Hoje em dia, a média salarial do brasileiro não é alta, o que poderia justificar a dificuldade em honrar os compromissos e ainda consumir e economizar.
Mas especialistas afirmam, que a causa da maior parte dos problemas são pequenos descuidos, que se transformam em grandes prejuízos sem que se deem conta de como eles surgiram. Contas de luz, água ou telefone muito mais altas do que deveriam, idas ao mercado que destroem o orçamento, entre outras situações cotidianas que poderiam e deveriam ser revisitadas.
Eduque-se agora mesmo!
A educação financeira deveria ser matéria escolar para todos os brasileiros, desde a infância, já que ela não aborda apenas o dinheiro, mas a busca pela liberdade. O desequilíbrio nas finanças vem sendo passado por gerações, e os jovens perdem a referência sobre como ter planejamento e disciplina, e eleger prioridades no seu dia a dia.
Mas nunca é tarde para aprender a cuidar do seu dinheiro, independentemente do valor do salário. Apertar o cinto e gastar apenas o que realmente pode pagar, é o começo para uma vida mais próspera nas finanças. É totalmente possível, para qualquer um, aprender economizar e poupar dinheiro desde os gastos domésticos.
O orçamento financeiro doméstico é um método para saber como o dinheiro está sendo usado, se há financiamentos, empréstimos ou créditos a serem pagos e por que eles estão sendo utilizados, valores das contas e tudo o que pode ser desnecessário e cortado. Ter um planejamento do orçamento doméstico só é viável quando se tem uma visão clara do que é supérfluo ou exagerado do necessário.
É preciso mais do que boa vontade, mas também conhecimento para saber como fazer. As expressões “organize-se”, “seja realista com a renda” e “diminua agora seus gastos” nunca soaram tão necessárias quanto agora. Abaixo, listamos 13 dicas para ajudar a gastar menos, sem dor na consciência, para que seja possível poupar e ter mais segurança financeira no futuro:
1 – Anote tudo!
Para começar a controlar o dinheiro, antes é preciso saber tudo o que vem acontecendo com ele. Anote simplesmente tudo, desde as contas fixas até a compra de um doce. Para ajudar, junte as notas fiscais de compras e recibos de cartão de crédito ou utilize aplicativos específicos para essa função.
2 – Acabe com as dívidas
Ter pendências financeiras é um grande transtorno e pode prejudicar muito o planejamento. Busque parcelar pagamentos atrasados, negocie parcelas que ainda estão pendentes, busque um desconto para pagamento à vista e só use o cheque especial em uma emergência, já que os juros são os maiores do mercado.
3 – Tenha consciência de sua renda
Se o seu salário bruto vale R$ 3.000, por exemplo, não é possível contar com esse valor por inteiro, sem considerar todos os descontos sofridos no contracheque. Muitas vezes, há tantos valores a serem descontados que o valor pode cair até pela metade.
É preciso incluir recebimentos fixos além do salário, mas não ganhos eventuais que não vão se repetir mensalmente.
4 – Liste todas as contas
Quais são as contas fixas que precisam ser pagas mensalmente? Aluguel, água, luz, condomínio, telefone, internet, TV por assinatura, escola dos filhos são algumas das contas mais comuns. Faça uma lista de todas, com seu valor anexado, para saber quanto está comprometido por mês.
5 – Liste as despesas extras
Além das despesas fixas, há também as que ocorrem eventualmente, e que podem surpreender se não estiver preparado. Taxas, pagamento de impostos, cota extra do condomínio e valores cotidianos como a compra de um café ou lanche, até mesmo as happy hours devem estar incluídas.
6 – Crie categorias para os gastos
Dividir as pendências por categorias, ajuda a saber qual delas está mais pesada. É importante saber, por exemplo, quanto se gasta com alimentação, moradia, transporte, saúde, lazer, incluindo a porcentagem da renda que é gasta com cada um.
Faça o mesmo com os gastos menores, como baladas, salão de cabeleireiro, roupas e bebidas. Eles podem surpreender e se mostrarem os mais caros do orçamento.
7 – Analise as possibilidades de economizar
Substituir os gastos com taxi, pode aliviar bastante o orçamento, assim como mudar o hábito de tomar café da manhã em lanchonete e levar comida de casa para não gastar almoçando em restaurantes. Ao começar a cortar supérfluos, logo no primeiro mês já será possível ver o dinheiro sobrando.
8 – Compare preços
A comparação de preços funciona muito, principalmente na hora das compras. Busque encartes de supermercado e vá fazer uma pesquisa pelo bairro antes de comprar. A compra por impulso é um péssimo hábito, e leva a prejuízos pelas grandes variações de preço entre o comércio.
9 – Evite os impulsos
Ceder, eventualmente, a um impulso pode não ser algo tão grave, mas em geral, os desejos acabam sendo uma rotina. Anote tudo aquilo que deseja fazer ou ter, por ordem de prioridades, como comprar um eletrodoméstico novo, iniciar uma academia, fazer um curso de dança, viajar no feriadão.
Diante dessa lista anotada, muitos podem ficar menos interessantes quando ainda estavam em nuvem. E o melhor, ajuda a identificar coisas mais importantes do que gastar por impulso.
10 – Economize
Tirar uma porcentagem do salário para economizar é uma regra pétrea para a economia doméstica. Já o valor disponível, dependerá do tamanho das metas a serem traçadas.
Lembre-se, não é para guardar as sobras do mês, mas sim, incluir esse valor como fixo, separado assim, que o dinheiro entrar na conta.
11 – Metas de economia x meta de gastos
Enquanto se determina uma meta para organizar todo mês, é preciso também, estabelecer uma meta de gastos. O salário nunca pode ser totalmente gasto com contas fixas, por exemplo, e tudo pode ser melhor definido, dividindo-se o valor de recebimento em porcentagem de gastos.
O ideal é que os gastos fixos nunca ultrapassem 50% do salário e deve ser incluído nessa lista a porcentagem para lazer, gastos extras e economia.
12 – Despesas anuais
Todos os anos, especialmente no mês de janeiro, algumas contas batem na porta, como o pagamento do IPTU, IPVA e material escolar. Essas contas são esperadas, ou seja, não há surpresa sobre elas, por isso, também não deveria ter desculpas para atrapalhar as finanças.
A dica é economizar todo mês durante o ano, para realizar o pagamento integral e ainda conseguir descontos.
13 – Peça ajuda!
Ter a orientação de um especialista ou alguém experiente na arte de economizar, pode ajudar muito a conseguir dicas e tirar dúvidas. Mas hoje, há aplicativos capazes de fazer a diferença para otimizar as contas. Eles podem anotar os gastos, fazer contas, saldo da conta bancária, limites de cartão de crédito entre outros, sempre com gráficos e receitas.
Aprender a poupar dinheiro com os gastos domésticos pode parecer impossível para muita gente, que acredita que sempre falta dinheiro para dar conta de todas as pendências. Mas independentemente do salário, é viável para todos não só cortar gastos, mas também economizar. Conheça as 13 dicas que temos para melhorar sua vida agora mesmo!
A matéria de finanças deveria ser obrigatória para todos, desde a infância, já que o brasileiro, em geral, tem muita dificuldade de lidar com orçamento doméstico.
