A crise econômica pode se agravar nos próximos anos?

Desde o início de 2020, o mundo entrou em um dos períodos mais conturbados de sua história, em decorrência da pandemia causada pelo Covid-19, o Coronavírus. Além de todo o prejuízo sanitário e das muitas vítimas que esse período gerou, ainda existe a consequência da grave crise financeira desencadeada, uma vez que foi necessário suspender todas as atividades na busca por um controle do avanço da doença.

No caso do Brasil, o momento econômico anterior à pandemia já poderia ser caracterizado como conturbado, longe de uma estabilidade, e foi ainda mais afetado por esse período. O resultado disso é que há muitas dúvidas a respeito de como essa crise e os seus efeitos podem ser sentidos no futuro.

Ou seja, tanto para especialistas econômicos quanto para a população em gera, há uma preocupação de que a crise, ao invés de se reduzir, seja ainda maior nos próximos anos. Infelizmente, a expectativa não é das melhores para o futuro da economia brasileira, e há uma espécie de preparação para que se possam atravessar os próximos anos com o mínimo de prejuízo possível, uma vez que não há grandes previsões de ganhos e melhoras.

Porém, é preciso mais do que apenas saber que a expectativa é de que a crise irá se agravar nos próximos anos. É preciso que se saiba quais são os fatores que constroem esta expectativa, bem como os que levam a uma espera por uma economia ainda mais conturbada para o futuro próximo.

Assim, confira a seguir quais são alguns dos fatores que permitem prever que a crise econômica pode, sim, se agravar nos próximos anos, especialmente para os brasileiros:

Desaceleração da economia mundial

Não é apenas no Brasil que os efeitos da crise são sentidos, pois de certa forma, todas as nações foram afetadas pela pandemia, e apenas agora algumas delas começam a dar pequenos sinais de recuperação. Isso significa, por exemplo, que importações, que são responsáveis por grande parte da economia nacional, não serão normalizadas em períodos curtos.

Assim, os efeitos são sentidos em escala, pois desde as grandes empresas até os pequenos produtores são afetados pela diminuição da demanda de seus produtos, o que leva a uma diminuição de preços, menores ganhos e, consequentemente, um agravamento da crise para o Brasil.

Outro fator que deve fazer com que isso aconteça nos próximos anos é que os incentivos de reabertura do comércio mundial após a pandemia não existirão, de modo que se tenha a volta de maiores dificuldades nos próximos anos até que haja, de fato, alguma normalidade.

Crescimento diminuto do PIB

A expectativa de crescimento do PIB brasileiro é outro fator que faz com que haja uma grande preocupação com o agravamento da crise nos próximos anos. Já em 2020, com a chegada da pandemia, a previsão era de que o PIB brasileiro fosse de apenas 1,5%, um número bastante reduzido em relação a anos anteriores.

No entanto, em 2021 essa expectativa se tornou ainda mais baixa, e grandes bancos já esperam que o aumento do PIB não seja superior a 0,5%. Isso significa que as expectativas de retomada da normalidade sejam ainda menores para os próximos anos. Desta maneira, é natural que se espere que fatores como o desemprego e a diminuição de renda sejam sentidos a longo prazo no país.

Aumento da inflação e de taxas de juros

A inflação é um dos maiores pesadelos econômicos para os brasileiros, e é um dos fatores que podem fazer com que crise econômica se agrave pelos próximos anos. Segundo alguns especialistas, é possível que ainda entre os anos de 2021 e 2022 a inflação já atinja níveis próximos aos 9%.

Isso faz com que o Banco Central precise aumentar taxas de juros para tentar controlar a economia nacional, mas que reflete negativamente para muitas empresas e famílias brasileiras, que podem ter o seu poder de compra ainda mais diminuído.

Caso isso não seja solucionado para os próximos anos, é possível que a crise se torne ainda maior, especialmente em um futuro próximo. Desta maneira, investidores e empresários já passam a apostar em posturas mais contidas com relação ao uso de seu dinheiro, o que, por sua vez, impede a abertura de novas vagas de emprego e crescimento da renda de famílias brasileiras.

Falta de recursos e crise hídrica

Para complementar os fatores que indicam um agravamento da crise econômica para o Brasil, há ainda a crise hídrica e a escassez de recursos naturais. Embora possa parecer um fator distante da economia, isso está diretamente ligado a esse cenário.

Isso porque a falta de recursos e a crise hídrica podem fazer, por exemplo, com que haja a necessidade de racionamento de energia em todo o país. Isso inclui empresas, que poderiam ter que atuar em horários limitados, sem a quantidade de recursos necessários para o seu trabalho, de forma que haja novamente cortes de gastos e a possibilidade de aumento de desemprego.

Para a população em geral, além do risco de racionamento, é possível que o impacto seja maior por conta de contas mais caras, especialmente de água e luz. Com uma renda já diminuída em relação a anos anteriores, esse gasto a mais pode fazer com que se tenha maiores dificuldades com o seu orçamento.

Agora que você já sabe quais são os fatores que indicam uma crise econômica maior nos próximos anos, passe a acompanhar com atenção ainda maior a esses pontos, para que esteja preparado para o futuro sem que seja surpreendido.

Além disso, a preparação para alguns anos mais difíceis pode ser algo muito positivo desde já, como o melhor controle do seu dinheiro, diminuição de gastos excessivos, além do controle no uso de recursos naturais, os quais podem ajudar a agravar a crise hídrica existente no país.

No entanto, é importante saber diferenciar a preparação para momentos difíceis, de crise econômica, com o desespero e calamidade. Neste momento, a preocupação é necessária, mas o ideal é que se mantenha sempre a calma e busque economizar para que se possa enfrentar possíveis dificuldades com maior tranquilidade até a retomada da economia nacional.

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