A inflação diminui com o tempo?

Os preços dos produtos e serviços sobem sem parar e a cada mês o salário parece não dar conta dos pagamentos que precisam ser feitos, não é mesmo? Esta sensação que muitos brasileiros sentem no bolso, de que tudo está caro demais, mas somente o salário que não aumenta, é chamada pelos economistas de inflação.

A inflação não é estável e é calculada mensalmente. Ela também pode ser anunciada com o seu valor acumulado, que considera os meses anteriores ou até o quanto subiu, ou diminuiu em um ano todo. Para quem sente na pele as dificuldades de viver e realizar os pagamentos em dia quando este índice está em alta, a dúvida que fica é: afinal, a inflação diminui com o tempo?

Antes de responder a esta pergunta, é preciso conhecer tudo sobre este termo que interfere tanto no poder de compra das famílias. A inflação é um daqueles assuntos que envolvem diversas variáveis econômicas e sociais, políticas e até internacionais. Por esse motivo, quanto mais se conhece a respeito deste e de outros termos utilizados na economia, melhor podemos programar nossos gastos e até, quem sabe, conseguir guardar algum dinheiro extra para o futuro.

O que é inflação e como ela é medida?

A Inflação é o nome técnico que se dá ao aumento dos preços de bens de consumo. No Brasil ela é medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que leva em consideração o custo de produtos que fazem parte da chamada “cesta básica” e garantem o mínimo para que os brasileiros tenham uma vida digna. Nela, estão compreendidos itens que fazem parte dos seguintes grupos:

  • Produtos alimentícios
  • Habitação
  • Vestuário
  • Saúde
  • Transporte
  • Despesas com educação
  • Comunicação

Quem calcula e divulga estes dados, é o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e o valor pode ser consultado diretamente no site do órgão ou páginas que divulgam índices e variáveis econômicas. Os itens que fazem parte do IPCA, também podem mudar. Ou seja, a inflação diminui com o tempo em situações específicas.

Os produtos da cesta são definidos conforme a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada anualmente e levantam dados de gastos, rendimentos e até perfil de consumo das famílias brasileiras. É importante salientar que o IPCA não mede somente a variação dos preços dos produtos de um período para o outro, mas também considera qual é a carga que representa no orçamento das famílias.

Onde encontrar informações sobre a inflação?

Quer saber se a inflação diminui com o tempo , ou aumentou nos últimos meses? Estas pesquisas, seus gráficos e informações divididas entre macro regiões do país, podem ser encontrados nas páginas do site do IBGE na internet.

Nele também é possível encontrar uma calculadora de inflação que mostra o quanto o custo que se tinha com algo mudou com o passar do tempo. Basta acrescentar as datas de comparação o valor total do gasto. A calculadora de inflação do IBGE pode ser encontrada aqui: calculadora de inflação do IBGE.

Você ainda pode acompanhar informações sobre a economia, índices e investimentos aqui mesmo, no site do AnjoCred. Há uma seleção de conteúdos e postagens feitas para ajudar você a compreender melhor a economia e o quanto afeta o seu cotidiano.

Como a inflação afeta as famílias?

O índice de inflação é uma média que leva em consideração o gasto que famílias que possuem renda entre 1 e 40 salários mínimos apresenta com esta gama de produtos e serviços listados anteriormente. E sim, a inflação diminui com o tempo , mas infelizmente na maioria das vezes, ela aumenta.

Esta flutuação afeta diretamente o cotidiano das famílias e o quanto conseguem comprar ou até guardar dinheiro. De maneira bem didática e direta podemos exemplificar da seguinte forma: imagine que o índice de inflação do mês de janeiro foi de 0,2%. Na prática, isso significa que, em média, o valor do custo mensal de uma família foi 0,2% maior do que o mês anterior.

Se a renda desta família não apresentou nenhum aumento, este valor também revela que será preciso gastar 0,2% a mais para se comprar ou pagar pelas mesmas coisas. No final do mês, este aumento resultará em um menor rendimento desta família.

Mas a influência do aumento da inflação não para por aí. Caso a tendência de aumento de inflação se mantiver por um longo período — sem agir uma correção na renda — este cenário poderá acarretar empobrecimento e, com isso, uma maior dificuldade econômica em todo o país.

Mesmo quando a inflação diminui com o tempo , não afeta todas as famílias da mesma forma. Há diferentes níveis de renda, emprego e escolaridade que fazem a inflação ser sentida mais ou menos. Por exemplo, uma família cuja renda não ultrapassa 5 salários mínimos vai ter muito mais dificuldade em comprar produtos básicos de extrema necessidade caso a inflação suba muito de um mês para outro.

Ao mesmo tempo, no mesmo cenário, uma família com maior renda poderá simplesmente renunciar a produtos de não necessidade, diminuindo seu padrão de vida sem precisar passar por grandes dificuldades financeiras.

Há ainda outro ponto que faz com que inflação seja sentida de forma diferente em cada família brasileira. O índice é uma média, ou seja, alguns produtos podem apresentar uma inflação maior do que outros. E é assim mesmo que acontece no nosso dia a dia.

Podemos citar casos em que a energia elétrica é o serviço que mais apresentou aumento de preço, ou então os combustíveis, por exemplo. Uma casa maior ou com mais pessoas, vai sofrer mais, assim como aqueles lares em que precisam do automóvel para se locomover. Resumidamente, podemos dizer que o perfil de cada família muda e com isso, também a forma como sente os efeitos da inflação alta.

Quais são os causadores da inflação?

Há uma infinidade de fatores que causam aumento de inflação em um país. Por incrível que pareça, alguns deles podem até ser positivos, como, por exemplo, a retomada da economia depois de um período de recessão, o aumento da renda das famílias e a diminuição da pobreza e da miséria.

Mas de forma geral, entre os maiores causadores da inflação podemos citar:

  • Desvalorização da moeda;
  • Aumento da demanda por produtos;
  • Aumento dos custos de produção;
  • Diminuição de produção;
  • Secas, inundações ou perdas agrícolas;
  • Falta de mão de obra;
  • Aumento de taxas de juros.

As incertezas políticas e um cenário confuso também pode acarretar aumento da inflação, já que diminui o investimento no país. Conflitos externos, guerras e até incidentes ligados ao clima também podem interferir na inflação, já que vivemos em uma economia mundial globalizada.

Como a inflação diminui com o tempo ?

Agora que você já entende bem como o índice de inflação é calculado e quais são os fatores que fazem com que ele aumente, também deve estar desconfiando sobre qual é a resposta para a pergunta se a inflação diminui com o tempo .

Para que a inflação diminua, deve ocorrer o contrário do que o que foi citado anteriormente. Isto é, a moeda do país deve se valorizar, deve ocorrer uma maior oferta de produtos e serviços do que a demanda, um aumento dos investimentos externos, maior confiabilidade política e de governabilidade.

A inflação também diminui com o tempo quando há recorde de produção agrícola, por exemplo, já que boas safras aumentam a quantidade de produtos disponíveis e isso diminui o preço. O mercado internacional e a política de exportações também interferem, já que quando há mais produtos no país do que sendo enviados para outros, os valores também se mantém baixos.

Quando a inflação diminui com o tempo , chamamos deflação, e estas ondas de diminuição de preços podem causar um aquecimento na economia, através de maior consumo. Quando o consumo aumenta, as empresas sentem necessidade de produzir mais e contratar mais pessoas, o que gera um ciclo positivo de geração de renda e até maior pagamento de impostos.

Como se preparar para a inflação?

Quando a inflação diminui com o tempo a capacidade de guardar dinheiro das famílias aumenta, já que o custo de comprar os produtos de primeira necessidade fica menor. Neste de cenário, o melhor a se fazer é aproveitar o momento para investir dinheiro, guardar para possíveis emergências, e até adquirir produtos que possam melhorar a qualidade de vida da família.

Outra excelente dica para aproveitar a deflação é apostar na educação e na formação profissional. Assim, você poderá estar mais preparado para as situações negativas, como as de inflação muito alta. Apostar no lazer, na cultura e no entretenimento também são excelentes formas de aproveitar a deflação e garantir uma vida mais completa e feliz.

Ao mesmo tempo, em períodos de alta inflação, o segredo é diminuir custos desnecessários e manter um olhar atento à situação econômica atual e futura do país.

Para saber mais sobre estes assuntos, empréstimos, notícias e dicas, acesse outros conteúdos do AnjoCred. Aqui, você encontra uma seleção de publicações de qualidade para ficar sempre bem informado.