Com apenas cinco anos de existência no mercado financeiro brasileiro, os bancos digitais vêm conquistando seu espaço, incentivados pela situação especial causada pela pandemia. Acessíveis para todos os perfis de cliente, inclusive os que nunca conseguiram ter uma conta corrente em bancos tradicionais, eles dinamizam as transações bancárias, oferecem baixo ou zero custo de manutenção entre outros benefícios sedutores.
Enquanto isso, os bancos tradicionais correm para não ficarem no prejuízo e abocanhar uma boa fatia do mercado da tecnologia. Mais dinâmicos e com muito mais funções que os digitais, quem ganha com essa disputa é o consumidor final, que vê nessa nova dinâmica maiores possibilidades de realizar bons negócios.
Aumenta a demanda para bancos digitais
A regulamentação dada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o surgimento dos bancos digitais no Brasil, ocorreu em 2016. Antes disso, só os bancos tradicionais eram procurados para fazer movimentações financeiras, pagamentos e recebimentos, restringindo as agencias físicas e ocasionais aplicativos a criação e acesso a conta.
Chamados de fintechs, os bancos digitais ou neobanks nasceram de startups, ideias inovadoras de tecnologia, com baixo valor de investimento e com potencial para movimentar uma grande quantidade de dinheiro. Afinal, para um banco digital não é preciso abrir várias agencias e manter um alto número de funcionários a disposição. Sem contar, uma infraestrutura de suporte para manter a máquina financeira girando.
Basta ter a tecnologia, de altíssima qualidade e o máximo de segurança, além de se estabelecer num espaço físico como sede e manter um número enxuto de funcionários, capazes de manter a qualidade dos serviços e dar suporte aos clientes. Diante desse baixo custo, fica muito mais fácil repassar essa vantagem ao cliente, com uma taxa de juros inferior a maior parte dos bancos tradicionais, excluir taxas bancárias e até de cartões de crédito.
Tudo é feito 100% online e o cliente só vai a uma agencia 24 horas, as máquinas de saque para várias bandeiras bancárias, se precisar de dinheiro vivo. Como hoje as transações são praticamente todas online, incrementadas pela implantação do PIX, é raro quando o cliente prefere andar com dinheiro em espécie.
Há alguns bancos digitais mais populares, que mantém centrais de relacionamento em grandes centros urbanos como no Rio de Janeiro e São Paulo. Não dispõe de um gerente de contas e todas as informações sobre operações, podem ser compreendidas no próprio aplicativo, por meio de informações fixas, chat, e-mail ou telefone. Há uma equipe de suporte que emite as respostas, geralmente em tempo hábil.
A segurança dos bancos digitais é a mesma de aplicativos e internet banking dos bancos físicos. É considerada alta, mas ainda assim não está isenta dos riscos pontuais do ambiente web. Com isso, é sempre importante evitar Wi-Fi de ambientes públicos, baixar aplicativos e e-mails com procedência duvidosa, sob o risco de estar ativando vírus, além de estar sempre em dia com o antivírus para evitar ao máximo os hackers.
Todas as transações realizadas nos bancos digitais recebem uma notificação via e-mail, SMS ou chamada de telefone, informando sobre a compra ou transferência. Isso evita fraudes, já que se for notificada uma compra não realizada, é possível buscar sua procedência e tomar as providências necessárias.
A maior parte dos bancos digitais não cobram para fazer TED ou DOC, muito comuns antes da implantação do PIX. Dessa forma, todos os bancos se aproximaram mais em dinâmica para transferência e custos para o cliente. A utilização do PIX é um sucesso para pessoa física e também jurídica.
Até mesmo os cartões, de débito ou crédito, possuem versões digitais, que se diferenciam do número do cartão físico. Essa numeração pode ser alterada constantemente, evitando o risco de serem clonadas. Assim como há contas para pessoas jurídicas, que facilitam muito as movimentações bancárias.
Mas sem dúvida, é a desburocratização do banco digital um de seus principais diferenciais. Até mesmo para abrir uma conta, não é preciso estar fisicamente num local, mas sim fazer um cadastro online, enviar os documentos requisitados e fazer uma análise de crédito em poucos minutos. As respostas saem rapidamente, e o usuário já pode começar a usar sua conta imediatamente após a aprovação.
Ainda vale a pena ter um banco presencial?
Será que com tantos benefícios e facilidades dos bancos digitais, as fintechs, ainda vale a pena manter sua conta num banco presencial? Podemos te dar algumas razões para continuar com sua conta, sem deixar de aproveitar os benefícios da tecnologia.
Uma dessas vantagens que os bancos tradicionais já oferecem inúmeras funções digitais para seus correntistas. Basta baixar o aplicativo, se cadastrar e ter acesso a praticamente todas as transações. Como já é comum que os correntistas possuam um crédito pré-aprovado, até mesmo para obter empréstimos, financiamentos ou requisitar um cartão de crédito, é possível requerer digitalmente.
Muitas agencias físicas vem sendo fechadas há alguns anos, reforçado pelo avanço da pandemia da covid-19. Como foi necessário fechar agencias para evitar aglomerações, muitos funcionários começaram a fazer suas tarefas em home office ou mesmo a serem demitidos por perderem suas funções.
Por ser fácil e dinâmico, os aplicativos dos bancos tiraram as pessoas das agencias, que continuaram a ir apenas para pagamentos que não conseguem efetuar online, sacar dinheiro ou conversar pessoalmente com seu gerente. Fora isso, tudo é realizado de onde estiver, apenas com poucos toques no smartphone.
Há quem resista bravamente a tecnologia e desconfie da segurança das transações digitais. Principalmente os mais idosos, ainda resistem a modernidade e procuram o contato pessoal para realizar suas tarefas bancárias. Sem espaço físico como dos bancos tradicionais, os bancos virtuais perdem o clássico cliente que têm dificuldade em confiar em qualquer coisa que venha de um celular.
Além disso, nem todos os bancos digitais oferecem amplitude de serviços aos seus correntistas. A maior parte se detém em receber depósitos, fazer transferências, pagamentos e alguns tipos de investimentos. Mas há os que buscam uma pluralidade de opções, capazes de entreter o cliente mais resistente, com taxas de juros mais tentadoras que as encontradas nos bancos físicos.
A pandemia acelerou esse processo de transição, por dificultar a presença física para os correntistas nas suas agências bancárias. Com isso, foi grande o número de pessoas que decidiram conhecer melhor os bancos digitais e a maior parte não têm se arrependido da escolha.
Para evitar uma debandada ainda mais volumosa, os bancos tradicionais estão a frente para oferecer ainda mais tecnologia, taxas mais convidativas, segurança, promoções, investimentos e ofertas que agradam seus atuais correntistas e possam ainda atrair os novos. Pode parecer uma tarefa difícil, mas os bancos tradicionais ainda estão no topo de negócios mais lucrativos do país e tem toda a infraestrutura para se renovar.
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