Atualmente, a economia doméstica é um dos assuntos mais pesquisados, com o intuito de aprender a lidar não só com as finanças pessoais, mas também todo o orçamento familiar. A Revolução Industrial criou na sociedade uma necessidade de se organizar financeiramente para obter maior qualidade de vida e conseguir ter mais controle sobre a nova modalidade de consumo.
O foco do momento é praticar uma economia mais sustentável e a frear o consumo, especialmente no supermercado. E não basta apenas reservar uma parte do dinheiro para as compras, sem antes modificar atitudes viciosas que levam ao consumo desregrado e equivocado. Fazer um planejamento de compras no supermercado é essencial para obter tudo o que realmente precisa, com qualidade e sem gastar tanto dinheiro.
A necessária economia doméstica no dia a dia
Quando se entende que os recursos são finitos, é possível entender o fundamento da economia doméstica. Ela envolve a educação, administração, nutrição e o social, que servem para construir o hábito de poupar e com isso, ter capacidade de adquirir no futuro a desejada independência financeira.
Porém, o Brasil não tem o hábito de poupar e é grande o número de inadimplentes com o nome incluído em serviços de proteção ao crédito. A dificuldade de manter o equilíbrio nas finanças, a falta do hábito de poupar e desperdício que se refletem no grande volume de lixo são características negativas do brasileiro. A economia doméstica tem como objetivo transformar os hábitos e a visão sobre o dinheiro, envolvendo todos os setores do cotidiano.
Afinal, por menor que seja a economia, ela é sempre bem-vinda. Especialmente em situações de crise, desemprego e oscilações financeiras, cada moeda economizada pode ser utilizada para outras situações e evitar endividamentos. Ter bons hábitos econômicos está diretamente ligado à forma como se entende e lida com o dinheiro, assim como a disciplina para mantê-lo sobre controle.
Quando se fala em economia doméstica, o corte de gastos é um componente essencial. A ação não vale para contas de primeira necessidade, mas para limpar os exageros desnecessários e que podem ser reavaliados num olhar mais racional. Dessa forma, a economia pode acontecer com um menor tempo de chuveiro, onde se poupa energia e água, diminuição do pacote de TV por assinatura, evitar ficar muito tempo ao telefone, aderir a pacotes mais econômicos entre outras ações.
A maior parte da população tem dificuldade em lidar com as entradas e saída financeiras. E pior, quase sempre o salário é menor do que as contas ou não consegue ter fôlego para chegar até o fim do mês. Por menor que seja o salário, é possível manter controle sobre os custos mensais e ainda ser capaz de economizar para realizar projetos futuros.
Parece milagre, mas na verdade, trata-se de planejamento mensal. Mesmo que os custos fixos e variáveis caibam dentro do salário e outras entradas financeiras, a ida ao mercado pode colocar toda a disciplina em risco. As prateleiras estão sempre plenas de tentações, capazes de abarrotar o carrinho de compras supérfluas e que duplicam o valor final.
O supermercado é um capítulo muito especial na economia doméstica, por aplicar diretamente toda a educação teórica obtida. Não é nada fácil colocar em prática o planejamento doméstico, quando se está diante de preços que não possuem linearidade e podem surpreender negativamente. E, ainda pior, quando envolve outros componentes da família, especialmente crianças, que possuem expectativas e desejos diferentes.
De nada adianta saber administrar corretamente os gastos com energia, telefone e gás, se diante do supermercado, as atitudes são de esbanjamento. Sem sair de casa com controle, mesmo que os preços estejam em uma superpromoção, a impulsividade pode direcionar a gastos extremos.
Novos hábitos para fazer compras no supermercado
A economia doméstica tem uma complexidade que vai muito além da matemática financeira. Ela envolve atitudes cotidianas que levam a uma maneira equivocada de lidar com as finanças, assim como a forma de pensar sobre o dia a dia. A educação financeira e, consequentemente, o orçamento familiar, envolve uma análise profunda sobre tudo o que se gasta, que ganha e que deseja.
O supermercado pode se tornar um dos grandes vilões da economia doméstica, quando não é administrado adequadamente. Embora cada consumidor tenha seu próprio perfil de compras, há algumas regras essenciais para realizar boas compras e não estourar o orçamento.
Confira abaixo, as dicas:
1 – Defina o orçamento
É fundamental que os valores disponíveis para as compras do supermercado estejam definidos no orçamento mensal. Dessa forma, é possível determinar limites nos gastos com o cartão de crédito ou débito e não ir além do que foi estabelecido.
2 – Crie uma lista de compras
A lista de compras é o parâmetro para adquirir tudo o que é realmente necessário e não se deixar seduzir por itens supérfluos. Faça em casa, conferindo todos os produtos que ainda tem no armário e na geladeira, para entender o que é preciso para renovar o estoque. Coloque a quantidade desejada e até mesmo a marca, para evitar esquecer de produtos e levar a novas idas ao supermercado e, consequentemente, novas compras.
3 – Coma antes
Ir ao supermercado com fome é o estopim para comprar muito mais do que precisa. A fome leva a se distrair com o que não é essencial e a acumular guloseimas no carrinho, que tendem a levar ao arrependimento e ao excesso.
4 – Pesquise preços
Evite comprar tudo num só supermercado, sem antes fazer uma boa pesquisa na região. Com a prática, é possível identificar o preço médio de cada produto e perceber quando o valor na gôndola é mais alto do que deveria. A pesquisa pode levar a boas surpresas promocionais e a uma economia significativa no final.
5 – Aproveite as promoções
Os dias com menor movimento são alvo de promoções dos supermercados e oportunidades excelentes para adquirir produtos. Há supermercados que denominam cada dia da semana para oferecer bons descontos num setor como de laticínios, carnes, limpeza e hortifruti, enquanto em períodos do mês surgem preços gerais mais convidativos. Aproveite para fazer suas compras nesses períodos e aproveitar ao máximo.
6 – Saiba comprar os produtos certos
Frutas, legumes e verduras são produtos sazonais e possuem grande variação de preços quando estão no período de colheita. O preço bem mais em conta também serve para produtos típicos da região, que levam a economia do frete para o balcão do supermercado.
7 – Evite os impulsos
Os promotores que oferecem degustação de produtos nos corredores do supermercado são grandes sedutores para as compras por impulsos. O mesmo ocorre com brindes e prêmios, que fazem com que se compre algo que não é tão necessário ou mais caro do que a marca que se está acostumado a comprar.
8 – Olhe a validade do produto
A falta de atenção na data de validade pode levar ao desperdício. Procure comprar os produtos que estão na parte de trás das prateleiras, que apresentam mais tempo de vencimento e organize no seu armário do mais próximo para o mais distante para não perder o prazo.
Faça a sua ida ao mercado o mais proveitosa possível. Ao adquirir produtos de qualidade, mais saudáveis e menos supérfluos, não é só o bolso que agradece, mas também a saúde. Acompanhe a página da Anjocred e conheça mais dicas para equilibrar as finanças!