Muitas pessoas ficam arrepiadas e angustiadas quando o assunto é finanças. Não é para menos. Hoje, a cada dez famílias brasileiras, seis estão endividadas. A situação econômica do país, movida pelas crises constantes e a pandemia, motivaram um desemprego recorde e uma queda abrupta de renda.
Com a falta de educação financeira, falar de dinheiro causa pânico, quando na verdade é a solução para obter sucesso na carreira, estabilidade e realizar sonhos. Possível para todas os bolsos, economizar é mais simples do que parece, mas para isso é preciso entender o valor real do dinheiro e conhecer melhor os tipos de finanças para fazer a coisa certa.
A educação financeira e a gestão de finanças
As dívidas que parecem não ter fim, não são consequência apenas de um salário baixo, mas sobretudo da dificuldade em lidar com dinheiro. Por muitas décadas, falar sobre dinheiro em família era uma espécie de tabu, já que era visto como sinônimo de dificuldades e dívidas. Há ainda os que acreditavam que falar sobre dinheiro levava a uma ambição desregrada ou a avareza.
Na prática, a educação financeira pode e deve ser iniciada ainda na primeira infância, quando a criança começa a ter seu primeiro contato com valores, trocas e aquisições do que deseja. Ela pode aprender de forma lúdica, que economizar pode ajudá-la a conseguir alçar desejos maiores e a evitar gastar com o que não vale a pena.
Dar valor ao dinheiro, em educação financeira, é fazer com que ele aja para o seu próprio benefício. Trazendo a estabilidade financeira, proporcionando conforto, saúde, educação, diversão e a cabeça tranquila, sem se preocupar com as contas básicas do mês. Parece um sonho e é. Mas totalmente palpável para todos.
A palavra “finança” significa “a ciência da gestão do dinheiro”, que em resumo é um conjunto de ações econômicas necessárias, para atingir objetivos que precisam de dinheiro para acontecerem. Na prática, é a forma de gerir recursos para pessoas físicas e jurídicas, desde como obter os recursos, os gastos e como investir.
Por ser uma palavra de origem francesa, de finance, o termo foi historicamente atrelado ao Estado. Era dele o provimento financeiro, onde por séculos a população não tinha acesso ao conceito de finanças, voltado a nobreza e em seguida a burguesia. O acesso da população a utilização das moedas e a métodos de fazer com que o dinheiro rendesse e proliferasse, fez com que novas formas de economia surgissem.
Como a economia doméstica não pode e nem deve ser idêntica a economia empresarial, é preciso entender que foram criados tipos de finanças pertinentes ao mundo atual, para cada segmento. Mesmo que o termo finanças seja abrangente, ele pode ser bem delimitado pelos principais tipos: as finanças comportamentais, finanças pessoais, finanças experimentais, finanças públicas e finanças empresariais.
Os cinco principais tipos de finanças
Todos, sem distinção, podem ter o conceito de finanças aplicado em sua vida. Mesmo com similaridades, a maneira de lidar com a gestão financeira precisa ser individualizada e, por isso mesmo, estratégica.
Ao explorar um pouco mais sobre os principais tipos de finanças, é possível aprender um pouco mais sobre sua gestão e a ter uma visão mais aperfeiçoada sobre a sua própria. Afinal, o progresso financeiro pode e deve ser uma conquista para todos.
1 – Finanças Pessoais
É relativa a pessoa física e engloba sua renda, gastos, custos, posses e investimentos. É a base dos outros tipos de finanças, já que pode ser iniciada desde a infância e permanece até o fim da vida do cidadão.
Ela trata da organização financeira ao longo dos anos, proporcionando o planejamento não só das contas mensais, mas da aquisição de bens materiais e do desejado conforto em manter as contas em dia e sem dívidas.
Para aprender a gerir de forma saudável suas finanças, é preciso disciplina para não sucumbir as tentações. Afinal, mesmo que o cálculo seja simples, de ter menos gastos do que renda, a maior parte das pessoas acabam se descontrolando exatamente nesse quesito.
Para evitar cair em tentação, faça uma planilha contendo tanto a sua renda quanto as despesas. Anote sempre tudo que gasta, primeiro para entender onde vem usando o dinheiro, para que nos próximos meses seja possível fazer os cortes necessários para manter sobras no fim do mês.
Outra atitude importante é fazer um planejamento financeiro com metas viáveis a curto, médio e longo prazo. Esse planejamento ajuda a fazer os investimentos adequados para atingir suas metas, sem sacrifícios mais pesados. E não esqueça de sempre ter uma reserva de emergência, afinal imprevistos sempre acontecem para todos e ter um valor adicional para suprir essas necessidades, evita pedir dinheiro emprestado ou usar o crédito, que sempre vem acompanhando de juros.
2 – Finanças comportamentais
É uma área mais voltada para estudiosos da economia e do meio acadêmico, já que os especialistas avaliam as condições e ambientes do mercado, antecipadamente. Suas descobertas e perspectivas permitem tomar decisões que podem influenciar os rumos da economia ou de algum setor da mesma.
Uma das ações desses especialistas é de fazer simulações de negócios, visando compreender melhor todas as possibilidades e consequências. E com isso, dar respostas mais objetivas a gestão dos outros tipos de finanças.
3 – Finanças experimentais
Uma sequência das finanças comportamentais, também voltada a teoria das condições de mercado, mas com maior abrangência para criar novos cenários e experiências. Voltado para pesquisadores econômicos, é capaz de prever impactos econômicos nas mais variadas situações, a partir de suas projeções.
4 – Finanças públicas
É a gestão financeira do Estado, seja ele municipal, estadual ou federal. É através dessa área que são definidos os orçamentos anuais de cada setor, para pôr em prática o planejamento em prol do desenvolvimento do país.
É também nas finanças públicas que ocorrem os ajustes e reajustes dos impostos e suas aplicações.
5 – Finanças corporativas empresariais
Apresenta toda a gestão financeira de uma empresa, capaz de melhorar seus lucros, diminuir os prejuízos, expandir seus serviços e instalações, organizar de forma mais eficaz seu orçamento, criar e produzir novos produtos, manter um fluxo de caixa saudável, estar em dia com o pagamento de impostos, etc.
As finanças de uma empresa é o cérebro de toda a corporação. Afinal, com um sistema financeiro saudável e bem organizado, é possível ter projetos, lucros e abrir novas frentes de trabalho. Uma dessas ações benéficas é exatamente antecipar os problemas para agir de forma mais adequada.
Para que isso aconteça, é preciso estar sempre atento a saúde financeira da empresa, através de planilhas e relatórios que explicitem todos os passos dados em todos os setores, que impactam nas finanças. Tal como monitorar toda a logística da empresa, deixando fundamentalmente separadas as contas de pessoa física e jurídica de seus gestores.
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