Consórcio de eletrónico? Saiba quais empresas oferecem esse modelo

Uma das formas de se obter bens materiais, mesmo com poucos recursos, é através do consórcio. Criado para tornar viável a obtenção de bens e serviços, ele reúne pessoas com o mesmo interesse em comum para contribuírem mensalmente com um valor onde todos poderão receber o produto.

É muito comum pensarmos em consórcio de imóveis e automóveis, os mais procurados no mercado. Mas vem crescendo a procura por consórcio de eletrônicos, motivado pela constante renovação tecnológica e a necessidade que a sociedade vem adquirindo sobre eles. Como em geral não são baratos, o consórcio pode ser uma ótima saída para se adquirir produtos mais atualizados no mercado.

A expansão do consórcio no Brasil

Até o fim do século XX, obter um empréstimo ou financiamento era muito difícil, com muitas burocracias, juros altos e limitações. Logo no início dos anos 1960, funcionários do Banco do Brasil formaram um grupo para a compra de automóveis novos, estimulados pela expansão automobilística no país.

Cada um do grupo pagava uma cota mensal, que correspondia a uma parcela do carro desejado. A soma de todas elas permitiria a compra de um carro novo, cujo dono era sorteado a cada mês. A organização de pessoas em prol de um bem comum deu tão certo, que a fórmula de consórcio foi expandida para empresas e outros bens de consumo.

Para a indústria automobilística, esse método de compra foi uma ferramenta importantíssima para sua consolidação, fazendo com que em 1967 houvesse 58 mil clientes com consórcio, a espera de seu carro zero quilômetros.

A dinâmica dos consórcios fez com que outros países criassem interesse em obtê-los, especialmente na América Latina. Rapidamente, foi criado a Associação Profissional dos Administradores de Consórcios no Estado de São Paulo, que foi o embrião do Sindicado Nacional dos Administradores de Consórcios.

Só na década de 1970 que o consórcio ganhou uma Lei, a de nº 5.768, organizando o desenvolvimento dos grupos e a legalidade dos prêmios. Um pouco depois, o consórcio começou a expandir seus produtos, iniciando grupos para caminhões, motocicletas e produtos eletrônicos como televisão e videocassete.

Na década de 1990, os consórcios passaram a ser de responsabilidade do Banco Central, como todas as atividades do mercado financeiro brasileiro. A presença em inúmeros segmentos fez com que os consórcios se tornassem a forma das pessoas adquirirem seus sonhos, inclusive iniciando do imobiliário.

Hoje os consórcios estão na vida do brasileiro de forma ampla, muito além de automóveis e da casa própria. Estão inclusos móveis, maquinário industrial, produtos agrícolas, aeronaves, tratores, ônibus, antenas, pneus, motos, bicicletas, construção, reformas e muito mais.

Mesmo com a maior facilidade em obter linhas de crédito, financiamentos e empréstimos, se tornando mais acessível a todos, os consórcios continuam tendo alta procura. Só em 2019, a arrecadação foi de R$ 121,5 bilhões, num crescimento de 26%. A perspectiva para 2020 é ainda maior, apesar da crise econômica gerada pela pandemia.

Porque e como ter um consórcio de eletrônicos

O consórcio de eletrônicos já figura entre os mais procurados, só perdendo para os clássicos imobiliário e de automóveis. Os televisores continuam sendo as estrelas dessa modalidade, mas disputam com computadores, smartphones e tablets a lista dos mais procurados.

Pequenos e microempreendedores também entram em consórcios para adquirir equipamentos para seu negócio, seja para abrir ou para incrementar a produção. O número de pessoas jurídicas cresceu muito ao longo dos anos, em busca da ausência de juros e outras taxas que engrossam o valor final.

Curiosamente, o auge dos consórcios de eletrônicos foi nos anos 1980, mas logo perdeu o fôlego com as facilidades que as empresas começaram a oferecer para a aquisição imediata de produtos. Outro ponto que inibiu esse tipo de consórcio foi a rápida evolução da tecnologia, que rapidamente torna obsoleto um produto, diante de outras novidades.

Depois das sucessivas crises econômicas do país, o consórcio de eletrônicos se tornou uma solução para quem sonha em obter objetos de consumo e não via como consegui-los. Com as baixas mensalidades, se tornou bastante acessível manter um consórcio de um smartphone ou uma TV, sendo vista até mesmo como um investimento. Quando sorteados, os consorciados recebem créditos, que podem ser trocados pelo seu produto desejado.

Há hoje diversas empresas oferecendo esse tipo de consórcio, sendo necessário apenas saber qual é o produto que se pretende adquirir. É sempre importante pesquisar o valor médio do produto desejado e as lojas onde é oferecido. Em seguida, é hora de pesquisas as empresas que oferecem esse consórcio, até escolher a que apresenta melhor condição, parcela e outros detalhes.

Como qualquer negociação financeira, é fundamental ter bastante clareza sobre o que está sendo contratado. Tanto o valor das parcelas quanto o período em que serão pagas, assim como é feito o sorteio, os descontos e qualquer outra informação relevante na hora de efetivar a negociação.

Outro ponto fundamental é confirmar se a empresa escolhida é autorizada pelo Banco Central a oferecer esse tipo de linha de crédito. Só assim será possível ficar protegido pela lei e não ter o risco de perder o dinheiro das parcelas pagas.

Bancos tradicionais como o Banco do Brasil oferecem o consórcio de eletrônicos, assim como outras instituições de grande porte. Porém, há consórcios muito conhecidos e que podem oferecer uma situação melhor para o consorciado.

Dentre as vantagens de fazer um consórcio de eletrônicos está a consciência em saber exatamente qual o valor das parcelas a serem pagas, do início ao fim, além de ter isenção de juros, IOF e qualquer taxa de adesão. Em geral, os contratos de consórcios são bastante flexíveis, sendo possível aderir a planos já em andamento ou alterar a escolha do produto, de sua marca ou modelo.

O valor do crédito pode ser alterado de acordo com a duração do prazo para o grupo, sendo atualizado conforme a tabela, o que também é uma ótima vantagem. O mesmo ocorre com a taxa de administração, considerada baixa quando comparada a outras negociações com créditos e empréstimos. Dessa forma, o orçamento mensal fica mais equilibrado, com total consciência sobre o que deverá ser pago.

O consórcio de eletrônicos age da mesma forma que os outros: todos os meses há contemplações através de sorteios e lances, que acontecem em assembleias com representantes do grupo. Para quem faz lances, eles são como leilões onde quem levará o produto será o que oferecer um valor maior por ele naquele momento. Já os sorteios, a escolha é aleatória.

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