Caso você esteja na dúvida sobre qual a melhor maneira de comprar seu carro, esse artigo é de grande importância. Leia até o final e esclareça suas dúvidas para tomar a melhor decisão.
Um levantamento da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (ABAC) apurou que o setor teve um crescimento de 8,3%% em 2018, em relação a 2017. A tendência não é uma novidade. Uma reportagem do InfoMoney de dezembro de 2015 apresentou dados bastante expressivos. Em novembro daquele ano foi registrada uma queda de 24,8% nos financiamentos de automóveis em relação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano, a queda era de 16%. Na contramão, o setor de consórcio de veículos teve um crescimento de 10%.
Há uma explicação bastante razoável para esse fenômeno. O perfil de consumo do brasileiro está mudando. Não se trata apenas de um reflexo da crise econômica que afeta o país nos últimos anos. A verdade é que o brasileiro vem amadurecendo enquanto consumidor, conciliando de forma mais responsável à equação “consumo x finanças”. A prova maior do interesse das pessoas pelo tema “finanças” é você estar lendo este artigo, procurando informações que o ajudem a tomar a melhor decisão.
Consumo x Finanças
Para tomar a decisão correta é preciso que você entenda essa relação entre as suas finanças, seu potencial e seus desejos de consumo. Em síntese, consumir é bom, todo mundo gosta e quer, mas isso não pode comprometer sua vida financeira. Sempre que fazemos um financiamento, estamos contraindo uma dívida. Ao contrair uma dívida que será quitada mensalmente, estamos comprometendo parte dos nossos ganhos.
A questão a ser resolvida é se as parcelas do financiamento cabem confortavelmente no nosso orçamento sem comprometer outras obrigações financeiras. Essa não é, todavia, a única questão a ser levada em consideração. É preciso levar em conta os juros. Todos sabem que ao fazer o financiamento de um automóvel acabamos, em decorrência dos juros, pagando praticamente o dobro do valor do bem ou até mais que isso.
O automóvel não é exatamente o que podemos chamar de investimento. É um bem que com o uso e o passar do tempo, se desvaloriza. Em suma, ao concluir o pagamento do financiamento, você pagou o dobro do valor do bem que valerá a metade do que valia no ato da compra. Sem contar que você teve despesas com seguro, manutenção e IPVA.
É preciso que tenhamos a compreensão de que cada compra tem suas próprias peculiaridades. Ao adquirir um imóvel, você pode dizer que está fazendo um investimento. Um imóvel pode se valorizar enquanto você paga as parcelas do financiamento. O mesmo não ocorre com o automóvel, logo é melhor baratear o custo da aquisição do bem.
A verdade é que a melhor maneira de comprar seu carro é à vista. Pagando à vista, o seu custo será o valor de mercado do veículo, nada mais que isso. É possível, inclusive, que você consiga um desconto. Sabemos, no entanto, que nem todo mundo tem dinheiro para pagar à vista por um bem com alto valor agregado, como é o caso de um automóvel. Sendo assim, a compra mais racional é aquela em que é levado em consideração o custo final da aquisição.
Há casos em que o automóvel pode ser utilizado como bem de capital. O que é um bem de capital? É aquele que gera ganhos, receitas. É aquele caso em que o automóvel é necessário para que você exerça sua atividade profissional. Neste caso, você não pode esperar pelo sorteio do consórcio e, por outro lado, o veículo vai ajudar você a ganhar dinheiro. Nesse caso, você deve procurar o financiamento mais barato e que se encaixe na sua capacidade de pagamento.
O que é consórcio de automóveis?
Você sabe como funciona um consórcio de automóveis? É muito simples. Você procura uma administradora de consórcio que vai incluí-lo num grupo. Você passará a pagar um valor mensal e entrará na fila para receber seu veículo. Periodicamente, é realizado um sorteio. Se você for o sortudo receberá uma carta de crédito e poderá comprar o bem.
Uma forma de acelerar o recebimento do bem é você fazer um lance na assembleia mensal promovida pela administradora. Caso tenha algum dinheiro guardado você pode optar por essa alternativa. Se o seu lance for o maior quando houver o leilão, você recebe a carta de crédito. O lance é uma parte do valor do veículo. Você adquirirá o bem e continuará pagando.
A boa notícia é que no consórcio não tem juros. Você paga somente o valor de mercado do veículo, porém é preciso estar atento à taxa de administração. Em alguns casos, ela pode ser tão alta que gere um ágio tão alto quanto os juros do financiamento. Caso opte pelo consórcio, pesquise bastante para encontrar uma alternativa em que você vá fazer um bom negócio, mesmo com a taxa de administração a ser paga.
Qual a melhor maneira de comprar seu carro?
Essa não é uma pergunta tão difícil de responder para quem veio até aqui. Como já foi dito anteriormente, a melhor maneira de comprar seu carro é, sem dúvida alguma, à vista. Aliás, comprar à vista é consequência de uma boa educação financeira. Significa que você economizou e se planejou.
Imagine uma situação hipotética. Suponhamos que você decidiu comprar um carro de R$40 mil. Caso você opte por um financiamento em cinco anos é muito provável que você gaste R$80 mil. Se, no entanto, você guarda R$2 mil por mês e investe no mercado financeiro é bem possível que após investir R$32 mil em menos de um ano e meio você tenha os R$40 mil na mão para comprar o automóvel à vista.
Perceba que é uma questão de colocar os juros para trabalhar a seu favor ou contra você. Ao investir o dinheiro, o custo do seu veículo será de R$32 mil. Ao fazer um financiamento, ele custará R$80 mil. Esse é o segredo!
O consórcio é uma alternativa intermediária. Talvez com a taxa de administração que é diluída nas parcelas, você pague R$45 mil. Você pode, no entanto, optar por uma estratégia mista. Pode guardar e investir o dinheiro durante um ano, por exemplo, e fazer um lance junto ao consórcio, o que reduzirá o custo com a taxa de administração e antecipará a obtenção do tão sonhado bem.
Sendo assim, do ponto de vista financeiro, a melhor maneira de comprar seu carro é economizar, investir o dinheiro e comprar à vista. A segunda melhor alternativa é o consórcio. Porém, como já foi observado ao longo desse artigo, há aquela situação em que você precisa do veículo para trabalhar. Nesse caso, o financiamento é a única alternativa.
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