Atualmente, a Bolsa de Valores tem participado dos noticiários quase que diariamente, com informações sobre sua alta ou queda a partir de algum tipo de acontecimento político e econômico do país. Muitas vezes, até mesmo uma simples entrevista do Ministro da Economia pode gerar furor na bolsa, através das especulações.
As flutuações são comuns no mercado financeiro e especialistas afirmam que não é possível ter precisão exata para acertar o momento exato para compra e venda de ações, mas um bom investidor sabe como enfrentar a turbulência. E atualmente, é preciso estar muito atento para não perder grandes oportunidades na bolsa brasileira.
Um momento difícil
É fato que a bolsa de valores brasileira não está no seu melhor momento. No fim de outubro de 2021, o Bovespa recuou e fechou em queda de 6,74%, fazendo com que o índice caia para o menor patamar desde novembro de 2020.
O acúmulo de queda vem desde julho de 2021, período em que as empresas de capital aberto, divulgam seus resultados financeiros do trimestre. Esse balanço é fundamental para se especular o que pode subir ou cair num futuro próximo. O curioso é que neste período a média superou as expectativas e mostrou crescimento.
Sem dúvida, a pandemia mundial do Covid 19 é um fator importante para a queda da bolsa. Com o fechamento obrigatório da maior parte das cidades brasileiras no primeiro semestre de 2020, muitas empresas acabaram fechando as portas pelos prejuízos provocados. As que conseguiram sobreviver, driblam as dificuldades através de investimentos e muita criatividade.
Porém, é a política o principal influenciador da queda da bolsa no último ano. Seja pela forma como gerenciou a economia durante a pandemia, pelas mensagens polêmicas, PEC dos precatórios, teto de gastos, dificuldade em fazer a Reforma Tributária, a CPI ou pelos atritos entre os três poderes que culminou com ameaça de golpes de Estado, o mercado financeiro não vem reagindo nada bem com tantas incertezas.
Somados a todas essas questões, está a elevação do Selic. Fundamental para o funcionamento do mercado financeiro, a taxa Selic é a representação dos juros básicos da economia do Brasil. Tudo porque seus movimentos influenciam todas as taxas de juros, seja na concessão de empréstimos, investimentos e qualquer tipo de aplicação financeira.
Entendendo a importância da Taxa Selic para a Bolsa de Valores
O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, a Taxa Selic, é administrada pelo Banco Central. Ela é equivalente à taxa média diária das operações de negociações de títulos públicos federais. Trata-se de empréstimos de curto prazo, em geral com vencimento de apenas um dia, feitos pelas instituições financeiras e que oferecem títulos públicos como garantia de pagamento. Por ser apurada diariamente, ela indica o percentual de juros praticado nesse tipo de mercado.
Ponto principal da política monetária no Brasil, a Taxa Selic foi criada como forma de controlar a inflação. Tudo porque ela tem influência direta na alta ou queda de consumo, nos créditos e, consequentemente, na bolsa de valores.
A flutuação da taxa de juros pode ser provocada pelo Banco Central. Em momentos de inflação alta, o Banco Central sobe os juros como forma de desestimular o consumo. Com isso, os preços de produtos e serviços tentem a diminuir com a escassez de demanda. O oposto também acontece, quando a inflação está em baixa e os juros são derrubados para facilitar o consumo.
Na prática, quando a meta da Selic é alterada para baixo, os títulos diminuem a sua rentabilidade, assim como os custos bancários e que repercute no consumidor com juros mais baixos em movimentações e empréstimos. Se ela sobre, os juros também acabam sendo repassados para o cliente.
É importante salientar que a Taxa Selic é uma média dos juros, servindo como referência. Em geral, ela está sempre abaixo ou a menor do que os juros reais praticados no mercado. Os bancos incluem a Taxa Selic nas suas taxas, além de outros tipos de impostos e da porcentagem de risco de inadimplência que cada modalidade de crédito e empréstimo oferece.
A Taxa Selic não é um tipo de investimento, como há algumas pessoas que acreditam. Também não atuam como títulos ou ações. Mas é possível fazer aplicações em ativos que são indexados à Selic, que são aplicações financeiras baseadas nas taxas de juros indicadas pela Selic.
Na bolsa de valores, simplificando o entendimento, os preços das ações são alterados conforme a movimentação de juros. Tudo porque as taxas de desconto e precificação de uma empresa influenciam no custo do capital da empresa. Logo, quanto menor a taxa básica de juros, também menor será a taxa de desconto e maiores os valores das empresas em questão.
Situação difícil no Brasil e no mundo
Muitos investidores estão com uma perspectiva negativa sobre suas ações, que podem levar suas carteiras no negativo até o final de 2021. Há também uma forte opinião de que também é o melhor momento para a compra de ações, aproveitando a queda dos preços, enquanto outros são mais comedidos e acreditam que é preciso ter muita cautela no momento.
A crise interna é nítida. E o mercado reage sensivelmente a cada movimento político do país. Basta uma promessa ou especulação, para que ocorram flutuações, especialmente voltadas a quedas. Atualmente, a crise de energia elétrica tem causado desconforto e dúvidas na Bovespa, mas é a expectativa referente às eleições presidenciais de 2022 que mais despontam entre os investidores.
Embora haja muitas situações específicas no Brasil que trazem essas flutuações do mercado financeiro, sempre tentando a queda, o momento econômico está sendo difícil em todo o mundo. A queda já vinha sendo anunciada há tempos, mas sem dúvida a pandemia foi essencial para unificar outras crises que já vinham acontecendo, como a das imobiliárias chinesas.
É hora de buscar ainda mais empresas sólidas, que ofereçam boas perspectivas para os investidores a longo prazo. Essa indicação é feita para empresas com grandes potenciais de crescimento, especialmente pela tendência econômica de suas áreas, as demandas e a forma como são gerenciadas.
Sob esse ponto de vista, no momento há ações com alto potencial de crescimento, vendidas a valores baixos. Ou seja, boas opções de investimento através de ações consideradas qualitativas. Para aprender a identificar quais são essas empresas, é preciso estar sempre atento às novidades do mercado e a informação geral, que inclua notícias não só de economia, mas de política, sociedade e comercial.
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