Qual é a diferença entre taxa cet e taxa iof?

O sistema financeiro pode parecer um labirinto difícil de ser ultrapassado, para a maior parte dos brasileiros. Como tendem a não se informara e educar corretamente sobre seu próprio dinheiro, apresentam dificuldades em fazer boas escolhas de investimentos e também de empréstimos. Tudo porque há relevantes variações entre as taxas, como é o caso da CET e da IOF.

Na verdade, o IOF (imposto sobre operações financeiras), é uma parte do que é cobrado pelo CET, que significa Custo Efetivo Total. O CET é implementado após a inclusão de todos os juros e impostos no valor total do empréstimo negociado. Nele estão contidas todas as taxas cobradas pela instituição.

Detalhes antes de fechar o seu empréstimo

A possibilidade de realizar um empréstimo é sempre muito vantajosa, já que pode ser um alívio em situações emergenciais, para pagamento de dívidas ou mesmo para adquirir algo importante em sua vida.

Mas seja qual for a modalidade, decidir por um empréstimo não deveria ser algo feito por impulso e sem antes fazer uma boa pesquisa e avaliação de qual o mais adequado para sua realidade, inclusive se é realmente bom fazer um neste momento de sua vida.

Para quem já está endividado e acredita que um empréstimo pode ajudar a sanar a pendência, é preciso ter cuidado dobrado para não sair de um problema e entrar em outro ainda mais complicado de ser sanado. Alguns empréstimos podem mesmo ser uma escolha positiva, por oferecerem boas condições para pagamento, caso a dívida seja com cheque especial, por exemplo.

Afinal, quase todos possuem taxas de juros relevantes, que vem acompanhadas de outras variações. Inclusive, o valor limite do empréstimo, as taxas de juros e os prazos para pagamento das parcelas, são definidos pela sua renda e perfil financeiro, nem sempre se ajustando a sua real necessidade.

Como um empréstimo se tornará uma obrigação financeira por um período, muitas vezes longo, e comprometerá o orçamento do mês, toda cautela é bem-vinda. Além de pesquisar entre as instituições financeiras e cooperativas de créditos, há variações em modalidades de empréstimos que precisam ser comparadas.

Em geral, os empréstimos pessoais de agências bancárias são os que apresentam as maiores taxas de juros. Já os empréstimos consignados, que tem seus valores mensais descontados direto do contracheque de pensionistas, aposentados e servidores públicos, pelas garantias podem dar melhores condições para pagamento.

O mesmo ocorre com empréstimos com garantias, onde um imóvel ou outro bem móvel pode ser incluído. Ele fica alienado à instituição que fez o empréstimo e em caso de falta de pagamento, há o risco de ele ir a leilão. A vantagem é a taxa de juros bem mais acessível, prazos maiores e um aumento do limite.

Tanto o empréstimo consignado quanto o com garantias, podem ser adquiridos por pessoas com os nomes inseridos nas listas negativas de crédito. Tudo porque há maiores garantias de pagamento do que nos empréstimos convencionais.

Taxas inseridas em empréstimos

Se uma pessoa busca um empréstimo de dez mil reais, ao fazer a simulação esse valor é acrescido de uma série de taxas que muitas vezes ficam difíceis de entender. Não são só os juros puro e simples que está embutido na negociação, sendo fundamental conhecer o que ele engloba para entender de fato os empréstimos mais vantajosos.

Uma dessas taxas é o IOF, Imposto sobre Operações Financeiras, tributo presente em todas as operações de crédito, contrato de seguros e empréstimos, aplicações mobiliárias, câmbio de moedas, ativos e investimentos.

É um imposto de arrecadação para o Governo Federal, que vinha crescendo em arrecadação nos últimos anos, mas que ficou travado por conta da pandemia. Como ele faz parte de inúmeras operações financeiras do país, ele é considerado um ótimo indicador econômico e vem demonstrando que a economia está reagindo a pane de 2020.

Seu nome completo é Imposto Sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, implementado em 1994 junto ao plano real. Além de obter arrecadação, ele serve como um controle do governo para estimular ou frear a economia, já que no período de sua criação as flutuações financeiras eram muito grandes.

O cálculo do IOF depende de algumas variáveis, como o tipo de operação financeira, qual o valor que será feita e prazo. Em cartões de crédito e cheque especial, o cliente paga uma alíquota de 0,38% do valor total em atraso mais variável de acordo com o tempo. ,

Já em empréstimos, o IOF está sempre embutido no CET, Custo Efetivo Total, incluído em cada parcela com a alíquota de 0,38% mais a porcentagem de 0,0082% diariamente, a partir do prazo que foi combinado para o pagamento.

O CET é um custo presente em todos os tipos de empréstimo e é um valor determinado além das taxas de juros. Por causa dele, um empréstimo que aparentemente parece ser vantajoso e com baixa taxa de juros, pode ficar com uma parcela maior que outro.

Trata-se da junção de todos os encargos que incidem numa contratação de empréstimo e crédito, que podem incluir inclui o IOF, a taxa de análise de crédito, a tarifa de abertura de cadastro, seguros e outras tarifas bancárias que precisam ser discriminadas para a informação do cliente.

Como há empresas que diminuem as tarifas bancárias e as taxas de juros, o valor do CET pode diminuir bastante entre um empréstimo e outro. Hoje é possível fazer essa varredura, exatamente para entender tudo que será cobrado ao longo do processo, fazendo comparações entre as taxas de cada banco que podem cair entre 5% a 10%. O motivo também é o tipo de indexador utilizado, que é a tarifa de abertura de cadastro, que chega a ser isento para algumas instituições.

Requisitar os detalhes do CET ajuda a entender tudo que está sendo pago e até a identificar se poderá pagar mais de uma vez o mesmo imposto ou taxa. Não basta ir apenas pelo chamariz de juros reduzidos, se o valor acaba aumentando com as taxas excessivas cobradas no CET.

Caso a empresa que esteja fazendo a simulação de crédito ou empréstimo, se recuse a fornecer detalhes sobre o CET, saiba que ele é monitorado pelo Banco Central e é obrigação de toda instituição financeira oferece ao cliente, claramente, tudo o que está sendo cobrado, com detalhes. Ter consciência do que está pagando é um dos princípios do consumidor, em todos os tipos de produtos, até mesmo os financeiros.

Com isso, a instituição financeira a quem se deseja um empréstimo, precisa apresentar uma planilha com detalhes de tudo o que está sendo embutido no CET. E antes mesmo de fechar o contrato, exatamente para saber se está ou não para fazer um bom negócio. A tabela apresentada deve ser inserida no contrato, para que não ocorram contradições no processo.

Inclusive, hoje as instituições precisam incluir a informação da cobrança do CET em toda sua publicidade e não apenas a taxa de juros. Muitos clientes se sentiam enganados e lesados com a informação da diminuição da cobrança de juros, sem saber que também seria incluído o Custo Efetivo Total no valor requisitado.

O valor final do CET é encontrado através de uma fórmula criada pelo Conselho Monetário Nacional. Ela inclui o prazo do contrato, incluindo em dias corridos, o intervalo entre o empréstimo cedido e a data do pagamento da primeira parcela, os custos inseridos como taxa, juros e seguros, as datas de pagamento de cada parcela, a data de liberação do crédito e o valor total do crédito, sem as despesas.

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