O desejo ou a necessidade de realizar a compra de um determinado bem, faz com que muitas pessoas busquem por opções nas quais possam parcelar o pagamento, isso se deve, na grande maioria dos casos, pelo alto valor destes bens, o que torna muito difícil ou praticamente impossível, o pagamento feito à vista.
Isto faz com que um dos meios mais comuns de pagamento parcelado seja buscado por estas pessoas para realizarem a aquisição de algum bem como um imóvel, um carro ou algum outro bem de alto valor: o financiamento.
No financiamento, de um modo geral, pode haver a necessidade do pagamento de um valor de entrada, sendo que o restante do valor total do bem adquirido é financiado por bancos ou empresas financeiras. Porém, este financiamento pode acarretar uma série de taxas e juros, que podem assim elevar o valor total pago pelo seu bem.
Isto significa que, em alguns casos, o financiamento pode não ser a melhor opção de pagamento, pois pode provocar efeitos negativos em sua saúde financeira, levando a um gasto excessivo que pode comprometer seu orçamento e tornar muito mais difícil controlar o seu dinheiro, uma vez que isto eleva o custo total de seu bem e pode fazer com que o pagamento se estenda por vários anos.
Por estes motivos, é essencial se atentar a todos os detalhes para saber em quais situações o financiamento pode deixar de ser uma boa opção para a compra de um determinado bem, evitando assim que se adquira uma dívida muito alta e extensa que pode trazer muito mais problemas do que benefícios para a sua saúde financeira.
As situações em que o financiamento deixa de ser uma boa opção
Como mencionado anteriormente, existem algumas situações nas quais o financiamento deixa de ser uma boa opção para a compra de um bem, fazendo com que esta opção se torne mais um problema do que uma solução para o comprador.
Confira a seguir, quais são estas situações em que o financiamento deixa de valer a pena.
– Quando os juros elevam muito o valor final do bem
Um dos maiores problemas do financiamento é o custo total muito elevado causado pelos juros e taxas deste tipo de serviço. Em muitos casos, esta elevação do valor pode fazer com que se pague um valor total de quase três vezes mais, em relação ao valor inicial do bem adquirido.
Um exemplo, que torna mais fácil a compreensão deste tipo de problema está no financiamento de imóveis. Por exemplo, um imóvel que tenha um valor de 200 mil reais pode ter um financiamento de 180 mil reais, tendo assim uma entrada de dez por cento de seu valor.
Nesta simulação de financiamento, que pode ser paga em até 35 anos, o valor total do financiamento pode se aproximar dos 500 mil reais graças aos juros. Desta forma, ao terminar de pagar seu financiamento, o comprador terá pago o valor de quase três apartamentos por um único imóvel que já não será mais considerado novo.
– Quando as parcelas comprometem a maior parte de sua renda
Outro grande problema do financiamento são as parcelas muito elevadas, que podem comprometer uma grande parte de seu orçamento, fazendo com que não se consiga guardar dinheiro o suficiente para emergências, ou mesmo tornando difícil honrar todos os seus compromissos.
Assim, o ideal é que não se realize nenhum financiamento no qual as parcelas possam comprometer mais do que 30% de sua renda mensal. Um pagamento maior do que este possui grandes chances de se tornar difícil de ser pago e causar problemas muito maiores para a sua saúde financeira durante o pagamento deste financiamento.
– Quando o prazo de pagamento não é acessível para o comprador
Um dos fatores que mais influencia na possibilidade de um financiamento ser um bom negócio ou não, é o prazo de pagamento deste financiamento. Este prazo pode fazer com que as parcelas sejam maiores ou menores, de forma que possa se adequar ou não, à possibilidade financeira dos clientes.
Em geral, os prazos de financiamento são pouco flexíveis, sendo que os financiamentos de veículos possuem prazos que variam de 48 a 72 meses para o pagamento, enquanto os imóveis têm financiamentos entre 360 e 420 meses para o parcelamento.
Estes prazos irão determinar o valor da parcela de acordo com o bem e o valor financiado, que pode variar quando há ou não um valor de entrada. Assim, se o valor estabelecido para as parcelas e o prazo não forem acessíveis dentro do orçamento, é melhor que se prefira por outros modos de pagamento para a compra do bem, ao invés da realização do financiamento.
– Quando o contrato de financiamento possui cláusulas prejudiciais ao comprador
Os contratos de financiamento, assim como qualquer outro contrato de serviço financeiro, possuem uma série de cláusulas e detalhes que podem dificultar a sua compreensão total do que realmente será pago. Na maioria dos casos, o acompanhamento de um advogado é extremamente positivo para auxiliar nesta compreensão do contrato.
Em alguns casos, existem contratos que podem possuir as chamadas cláusulas “leoninas”, que são cláusulas que podem trazer algum tipo de prejuízo ao comprador, fazendo com que o financiamento seja prejudicial e gere um pagamento ainda maior.
Desta forma, o ideal é que os contratos de financiamento sejam analisados da mesma maneira que outros pontos mais conhecidos, como as taxas de juros e valores, pois podem ser ainda mais importantes para identificar se o financiamento de um bem vale ou não a pena.
Com estas informações, sobre quando o financiamento de um bem deixa de valer a pena, fica muito mais fácil para que os consumidores saibam quando este tipo de pagamento pode ou não ser utilizado para a aquisição de um bem, seja ele de um valor maior ou menor. Este conhecimento se torna essencial para que se possa manter um maior controle de seu dinheiro, investindo em bens cujo pagamento se adequa à sua realidade financeira, não ocasionando um problema de falta de dinheiro no futuro ou comprometendo de qualquer maneira o seu orçamento.
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