Saiba como escolher o melhor método para organizar sua vida financeira

Quem deseja emagrecer, antes de encontrar o melhor método precisa identificar uma série de fatores para fazer a melhor escolha. Afinal, há diferenças físicas, de hábitos de consumo, saúde, financeiro entre outros, que influenciam diretamente no resultado da tarefa. Logo, nem tudo que funciona para um pode funcionar para outro.

O mesmo acontece com os métodos para organizar a vida financeira. Embora existam ações relevantes que todos devem seguir, é preciso traçar o seu perfil para identificar o que pode ou não trazer bons resultados. E mais do que isso, modificar a rotina positivamente, fazendo com que seja uma prática orgânica a de economizar e não ter dívidas.

Os primeiros passos para economizar

Há vários métodos para organizar a vida financeira, mas seja qual for a opção escolhida, elas partem de dois princípios: o primeiro é anotar receitas e despesas. A segunda é, a partir do valor encontrado, se propor a poupar mensamente, como achar mais adequado.

É claro que na prática a teoria se complica. É muito difícil ser fiel a tabela e colocar exatamente tudo o que se gasta durante o dia, mês e semana. Isso inclui desde o cafezinho, saídas noturnas, contas e pequenas compras. Em seguida, avaliar friamente o que pode ser cortado do consumo, para ampliar a receita e ter mais facilidade para poupar.

Muitas pessoas desistem exatamente neste momento, porque não conseguem se desvencilhar dos pequenos gastos diários. Mas se um cafezinho na padaria da esquina custa R$ 7,00, durante a semana sai por R$ 35,00 e por mês R$ 154,00 reais, sem incluir quitutes que podem ser consumidos como doces e salgados.

Deparar-se com o valor total gasto no mês com um simples cafezinho, pode assustar mas é essencial para provocar uma mudança nos hábitos de consumo. O mesmo pode acontecer com o excesso de canais pagos mensalmente na TV por assinatura, a conta de luz mais alta porque deixa luzes acesas desnecessariamente etc. Cortar gastos tem um efeito muito positivo nas finanças, mas nem todo mundo está preparado para isso.

E isso reflete muito na forma como as pessoas lidam com o dinheiro. Há um problema cultural no Brasil, em que a maior parte das pessoas não possuem acesso à educação financeira e entendem o dinheiro de forma negativa, como se ele fosse o mal da humanidade. Na verdade, o problema é exatamente não saber lidar com ele, já que a ganância e a impulsividade financeira são dois extremos que prejudicam famílias e nações.

Pessoas muito consumistas e até mesmo viciadas em compras, podem ir a falência rapidamente se não conseguirem encontrar um método adequado para se ajustarem. O importante é se controlar para tornar a economia algo presente na sua rotina.

Os primeiros passos para economizar

O planejamento financeiro permite que se pague as contas todo mês na data certa, sem se desesperar e entrar em dívidas. Parece algo quase impossível no atual momento econômico, onde os preços disparam e o salário fica cada vez mais deficitário diante dos gastos. Mas é exatamente nesses momentos em que é emergencial restringir os gastos e manter sua reserva financeira.

A verdade que nada adianta criar metas se não conseguir cumpri-las. É fundamental ter disciplina e objetivos alcançáveis para manter o foco. Entender a sua realidade, quanto realmente recebe, se há como aumentar a renda com trabalhos extras e reorganizar com o que se gasta. Só assim pode ser criadas metas, porcentagens a serem reservadas e objetivos claros a serem conquistados.

Mesmo que não exista um objetivo explícito como uma viagem, a troca de um veículo, aquisição de imóvel ou outras coisas, economizar ajuda a manter uma reserva que pode ser usada em momentos de aperto. Todo mundo passa por um ou muitos momentos de gastos extras inesperados e acaba pedindo empréstimos para saná-los. Só que empréstimo é dívida, mesmo se for com juros baixos, e vai impactar suas finanças por um bom período.

Poupar deve ser um compromisso fixo por mês, tal como pagar as contas de luz, condomínio e aluguel. Não pode ser a sobra da receita ou um dinheiro extra que apareceu. É preciso criar um hábito, entender que esse valor é muito importante para a sua saúde financeira e para poder dormir com mais tranquilidade no futuro.

Quem tem dificuldade de controlar gasto com compras desnecessárias, precisa se afastar das tentações. Ou mesmo buscar ajuda psicológica para não jogar no consumo sua ansiedade e outros problemas que podem ocasionar em vícios. Quando for ao supermercado, leva uma lista pronta, para identificar o que realmente falta na dispensa, e já vá alimentado, para evitar o desejo de comer os produtos oferecidos e levar supérfluos exageradamente. Outra questão é estar passando por algum tipo de crise de ansiedade e nervosismo, que levam invariavelmente ao impulso da compra sem razão.

Se vai a bares e restaurantes toda semana, passe a ir a cada quinze dias ou até mesmo uma vez por mês. Se precisa compra comida, busque os congelados que saem mais em conta e tem desconto com uma compra em maior quantidade. Afinal, são pequenos detalhes que já fazem uma grande diferença no orçamento.

Por isso, use sempre uma planilha para visualizar esses processos. Enquanto de um lado estão expostos todos os gastos diários, semanais e mensais, também estão inseridas as entradas financeiras. Nunca confie só na sua mente e em pedaços dispersos de papeis, ter uma planilha bem feita e organizada tem um efeito muito maior e pode ser salvo no computador ou aplicativo, para ser sempre utilizada e visualizada.

Se com o tempo é possível ver uma sobra financeira, é sinal de que está no caminho certo e conseguindo controlar seus gastos. Mas cuidado, porque nesse momento muita gente acredita que já chegou no limite e volta a consumir exageradamente e a retornar velhos e equivocados hábitos.

Quatro métodos práticos de organização financeira

Como todos os métodos requerem as fases iniciais de entendimento das finanças e corte de custos, é preciso encontrar o mais adequado ao seu perfil financeiro.

1- 50-15-35 (ou sua variação 50-30-20)
O primeiro deles é o que separa suas contas em grupos de gastos, prioridades financeiras e gastos de estilo de vida.

Depois que separar suas contas nesses grupos, destine 50% do seu orçamento para os gastos essenciais, 15% para as prioridades financeiras e 35% para o estilo de vida. Como a regra não é limitante, há a variação 50-30-20, com 50% para gastos essenciais, 30% para despesas variáveis e estilo de vida e 20% para prioridades financeiras.

O mais difícil é definir quais são as contas que entram no grupo de gastos essenciais. Mas tudo que é relativo ao seu dia a dia como a luz, água, condomínio, aluguel, internet, assim como pagamento de compras de mercado e feira, transporte, educação e saúde.

Os gastos variáveis se destinam a aquisição de planos de assinaturas, idas ao cinema, teatro, restaurante, shopping, compra de eletrodomésticos entre outros. Enquanto prioridades financeiras são os investimentos.

2- 52 semanas
As cinquenta e duas semanas correspondem a um ano para economizar e juntar dinheiro, a partir da mudança de hábitos. Sua intenção é provar que guardar dinheiro é mais simples do que parece, já que a quantidade de reserva de dinheiro é progressiva e começa com apenas um real na primeira semana, dois na segunda até chegar a cinquenta e dois reais na última.

Ao fim da proposta, se terá R$ 1.378,00 no fim do ano, sem nenhum tipo de privação para chegar a esse número. O adepto desse método pode aumentar os valores e criar variações, de acordo com seus objetivos. Só não pode perder as semanas e pagamentos, exatamente porque isso deve virar um hábito.

3 – Envelopes
Esse método é indicado para quem ainda costuma lidar com dinheiro vivo, já que são definidos envelopes distintos, cada um com uma descrição tal como “mudança de celular”, “viagem”, “pagamento de impostos no início do anos”. Sempre que entrar um dinheiro a mais, ele é distribuído para esses envelopes, na porcentagem indicada pelo seu grau de prioridade.

É uma organização financeira totalmente visual e indicada apenas para valores pequenos, já que ele não possui rendimentos e nem segurança como quando depositado numa instituição financeira.

4 – Aplicativos
No sentido oposto, os aplicativos de finanças são indicados para quem está sempre conectado a internet e precisa de agilidade e retorno rápido. Neles é possível registrar e analisar entradas e saídas, encontrar opções de investimento de alto e baixo risco, de médio e longo prazo.
Enquanto algumas opções oferecem integração automática com sua conta corrente bancária, outras são mais simples e servem apenas para informação e dicas.